Por Adry Torres
Os militares colombianos fizeram sua maior apreensão de cocaína em dois anos quando apreenderam quatro toneladas de cocaína de um submarino de um milhão de dólares cruzando o Oceano Pacífico em sua costa e carregando um traficante de drogas caçado pelos Estados Unidos por quase três anos.
O carregamento de drogas, com um valor estimado de US$ 145 milhões, teria como destino a América Central quando foi interceptado no domingo, disse um porta-voz das Forças Armadas da Colômbia a repórteres na terça-feira.
Quatro homens foram detidos, incluindo um cidadão equatoriano identificado como Jorge P.B., procurado por um tribunal federal dos Estados Unidos por acusações de tráfico de drogas.
O tribunal distrital dos EUA solicitou formalmente sua extradição ao governo do Equador em 16 de agosto de 2019. Jorge P. B. e os colombianos foram entregues à Procuradoria Geral da Colômbia e acusados de fabricação, posse, tráfico de drogas e uso, construção, promoção e posse de semissubmersíveis ou submersíveis.
Imagens de vídeo divulgadas pelas Forças Armadas da Colômbia mostram um soldado de pé sobre o navio e apontando um rifle para o submarino depois que sua escotilha foi aberta.
A cocaína foi dividida em 4.000 pacotes de plástico que foram embrulhados e colocados em 200 sacos grandes. O carregamento, que foi apreendido a 120 quilômetros da cidade portuária de Tumaco, em Nariño, foi suficiente para ser dividido em 10 milhões de doses de cocaína.
Autoridades colombianas disseram que o submarino movido a diesel estava equipado para transportar pelo menos 5.000 quilos de cocaína. Os militares acrescentaram que pelo menos oito toneladas de cocaína foram confiscadas de um navio semelhante em setembro de 2019.
Os militares disseram que as drogas pertenciam a um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) conhecido como Bloco Ocidental Alfonso Cano, que está sob o comando de Allende Perilla Sandoval, que trafica drogas de Tumaco.
Perilla Sandoval também foi ligado pelos militares a 4.256 quilos de cocaína apreendidos em duas lanchas na costa de Punta Remedios, El Salvador, em janeiro. Essa remessa tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 166 milhões.
A mais recente quebra de recorde ocorre poucos dias depois que a nação sul-americana e principal parceiro dos Estados Unidos na guerra às drogas, anunciou que estava introduzindo uma nova estratégia para combater o narcotráfico.
O ministro da Defesa, Diego Molano, disse na quinta-feira que o plano visa controlar o ciberespaço para combater grupos criminosos envolvidos no comércio de cocaína, bem como bloquear suas transações financeiras.
A iniciativa ‘Esmeralda’, apresentada na cidade caribenha de Cartagena, terá o apoio de 36 países, incluindo os Estados Unidos.
“Esperamos desenvolver táticas novas e inovadoras nos próximos anos na luta contra o flagelo global das drogas”, disse Molano no III Congresso Internacional Antidrogas.
A inteligência artificial também será usada para monitorar a venda e o tráfico de ingredientes químicos usados na fabricação de drogas, para proteger as vendas legais, mas impedir o uso em narcóticos, acrescentou.
A Colômbia é considerada o maior produtor mundial de cocaína. Grupos armados ilegais, incluindo guerrilheiros de esquerda e gangues criminosas descendentes de paramilitares de direita, estão profundamente envolvidos na produção e no tráfico.
O país sul-americano reduziu o tamanho das plantações de coca, principal ingrediente da cocaína, em 7% em 2020, mas a produção potencial aumentou 8%, para 1.228 toneladas por ano, segundo as Nações Unidas.
As autoridades colombianas apreenderam um recorde de 672 toneladas de cocaína no ano passado.
TRADUÇÃO E ADA´TAÇÃO: DAN
FONTE: Dailymail