Por Francisco José
O que mais me causou surpresa foi a publicação de um decreto sem a devida coordenação interna no Ministério da Defesa (MD). O Presidente da República (PR), assina este tipo de documento por indicação do ministério pertinente e segue o que lhe é assessorado, portanto, não há o que se falar do PR, mas de quem colocou o documento para que ele assinasse sem ter feito o trabalho de casa.
No que tange ao apoio aos Pelotões de Fronteira na Amazônia, a FAB sempre procurou fazer seu trabalho, entretanto, vivi na pele a experiência de ficar mais de 20 dias esperando um avião para nos resgatar após muitos dias de operação na selva e ele não chegava porque a Força Aérea Brasileira (FAB) não consegue, e nem tem como olhar as tarefas que estão fora do escopo de Força Aérea no campo de batalha. A doutrina acaba por se refletir na realidade do apoio à Amazônia (antigo PAA). Entre cortar esforço aéreo da caça, que tem a hercúlea missão de defender o espaço aéreo brasileiro e cortar o esforço na aviação de transporte ou de helicóptero, fica lógico que a caça terá sempre a tendência de ser mais preservada.
Por isto, as aeronaves de transporte da FAB são grandes demais para diversas missões táticas no campo de batalha e, por extenção, no apoio miudinho das operações na Amazônia.
Com todo o respeito, discordo do Ten Brig Rossato ao falar de recursos. Aeronaves de asa fixa de tamanho adequado para a Aviação do Exército (AvEx) atuariam em complemento à FAB, com recursos próprios Força, sem diminuir o orçamento da FAB. Também iriam cumprir missões que a FAB realiza com dificuldades, nem sempre por faltar recursos, mas simplesmente por não estarem no escopo natural de suas tarefas operativas, de caráter estratégico. E a nação vai economizar muito dinheiro, pois quando a FAB não consegue atender, persistindo o problema o Exército Brasileiro (EB), vai mesmo de helicóptero. Cansei de cumprir missão na Amazônia voando quatro vezes mais em translado do que na área de operações!
Dizer “em vez de comprar mais avião, nos dêem recursos que a gente voa pra eles”, foi o mesmo argumento utilizado em 1985, quando a FAB também se opôs à asa rotativa no EB, mas o Presidente Sarney mesmo assim assinou aquele decreto de 1986, hoje morto e ressussitado.
Só que a aplicação doutrinária do helicóptero no EB é muito diferente do que na FAB. A FAB e a MB ensinaram o EB a voar helicóptero, mas ninguém discorda que a AvEx tem doutrina de emprego própria e completamente adequada à doutrina de emprego do Exército.
Cito apenas um exemplo doutrinário, que é o estabelecimento da cabeça de ponte aeromóvel, estado final a ser obtido pelo assalto aeromóvel da AvEx e Força de Sperfície (F Spfc), formando uma Força Tarefa Aeromóvel. Até a junção, o Exército precisa manter as linhas de suprimento para dentro da cabeça de ponte e, como não tem asa fixa de médio porte, continua a empenhar seus helicópteros, sendo que outras partes da frente de combate terão que esperar até que se possa realizar a junção, desincumbindo os meios de combate da AvEx.
Tendo asa fixa do tamanho do Sherpa (aliás, apenas uma solução de oportunidade), o Cmdo da AvEx pode liberar seus helicópteros, que são o seu maior patrimônio de combate, para atuar em outra parte da frente. Isto é aumento do poder de combate!
Esta missão de apoio logísto tático não é coberta por nenhuma tarefa de Força Aérea e portanto, o EB está sozinho nessa, assim como muitas outras missões táticas.
Li comentários animados sobre EB ter C-390 para lançar a Bda Pqdt e não depender da FAB. Com todo respeito à opinião diversa da minha, isto não tem nenhum cabimento. Envolvimento Aeroterrestre é uma missão estratégica e está no escopo de qualquer Força Aérea do mundo.
Voltando à realidade dos PeF, com a aposentadoria dos Búfalo, a FAB não tem (e nem deve ter) aviões de médio porte para este tipo de missão, daí a dificuldade e é por isto que, respeitosamente, discordo do Brig. Rossato.
Se quizermos falar em otimização de recursos, por que temos três escolas de formação de pilotagem básica de helicópteros?
Vejam o que faz a França, por exemplo, onde todos os pilotos de asa rotativa (Marinha, Exército, Força Aérea e Gendarmeria) são formados na École d’Aviation de l’ALAT em Dax e depois seguem para as respectivas escolas de aplicação, no caso da Armée de Terre (Exército) em Le Luc (École d’Aplication Genéral Lejay), pois voo básico é tudo igual, o que muda é a aplicação do meio em cada Força.
Se otimização de recursos é o mote, que tal começar com uma economia bem simples, como padronizando o camuflado? Sim, o camuflado!
- Por que os Fuzileiros Navais usam camuflado com tons de cinza, o EB, com tons de verde e a FAB com tons de azul?
- Por que cada Força utiliza um tipo de fuzil?
- Por que cada uma das Forças possui uma estrutura de compras no exterior?
- Por que cada uma das Forças, que operam modelos de helicópteros semelhandes na sua maioria, não têm um centro único de estoques e manutenção?
- Por que a Escola de Especialistas de Guará não forma mecânicos para todas as Forças?
- Por que existem médicos da MB, do EB e da FAB?
Saibam que a França tem um corpo de oficiais chamado de Médecins des Armées, pois médico é médico! Por ques e mais por ques…
Definitivamente, argumento de economia de recursos não se sustenta e parece não ser a razão verdadeira da reação da FAB que, por sinal, é filha do EB, por mais que se queira negar a história, ela está aí… são irmãos de sangue, brigando para ver quem leva o maior pedaço do bolo feito pela “vovó no dia de festa”.
Desculpem minha franquesa, em especial me desculpe o Brigadeiro Rossato, que merece todo o respeito de uma brilhante carreira e da posição que ocupou como Comandante da Aeronáutica (a FAB é uma parte da Aeronáutica, para quem não sabe ou não se lembra…)
Comentários:
1) A FAB é filha do EB e da MB;
2) Existem fora da FAB a Aviação do Exercito e a Aviação Naval;
3) Os mesmos problemas de transporte logístico e tático do EB precariamente atendidos (ou simplesmente não atendidos) pela FAB, acontecem também para a MB;
4) Como já disse, o decreto da Aviação do Exercito não foi ressuscitado pelo novo decreto, morreu revogado e este governo juridicamente incompetente faz de conta que o restabeleceu com este decreto seguinte juridicamente CHULO que editou posteriormente;
5) Entendo o argumento da logística dos pelotões de fronteira, é o argumento mais forte do EB. A verdade histórica militar é que a reserva de mercado da asa fixa para a FAB só foi primeiramente questionada pela MB nas guerras da década de 60 com a MB quando da necessidade da asa fixa a partir da criação Força Aeronaval, Base de São Pedro da Aldeia e do grupo de aviação do NAeL Minas Gerais. Que acabou com a imposição das asas rotativas à MB e a reserva da asa fixa à FAB até o governo de FHC.
6)MAS para mim, o que interessa é estabelecer uma realidade estratégica militar. A reserva de asa fixa só para a Arma Aérea só faz sentido em países de pequena extensão territorial ou (no caso do Brasil) países que historicamente dão pouca importância ao desenvolvimento militar e/ou tem baixos gastos militares sendo claramente minimizados abaixo da sua necessidade. Para prover a logística básica, tática e estratégica em TODAS AS MISSÕES MILITARES POSSÍVEIS do EB e da MB em um país da enorme da dimensão do Brasil, cada uma das forças tem de ter acesso de mando, comando e obtenção dos meios de transporte EM TODOS OS MODAIS DE TRANSPORTE. Por exemplo a marinha tem de ter aviões para esclarecimento e abastecimento logístico de distritos e para envio de equipamentos aos navios fora de sua sede que estão com avarias de monta e o Exército além de meios aéreos aqui discutidos teria de possuir, por exemplo, barcos orgânicos tipo as CB 90 suecas para deslocamento tático rápido dos pelotões no TO da Amazônia…
Basicamente este velho argumento de “economia” e “integração” se destinam a ajudar o governo federal em manter o eterno sub-financiamento das forças militares e ao cumprimento, impondo restrições desnecessárias, as missões das demais forças militares que não atingem de forma alguma a FAB…
E em muitos casos lhe dá (de fato) um poder de VETO sobre necessidades das outras forças que simplesmente ficam desassistidas ou tem de utilizar uma solução inferior, não ideal ou mais demorada para atender as suas necessidades nas suas missões.
Excelente!! Fiquei uns 2 dias procurando as vozes do EB , até que enfim surge de forma sensata e equilibrada.
O que o EB quer é uma logística basica para sustentar seus PEF eliminando um problema sério de tempo de resposta em suas operações de defesa da soberania brasileira da Amazônia e outros teatros op.
Que todos se entendam e façam se entender. Infelizmente o MD e o Ministro da casa Civil que analisa tudo antes de passar para o PR deixaram a desejar em libera o texto. Bom que o MD reconheceu o erro do texto. Creio que um novo decreto será aprovado.
Parabéns pela excelente matéria!!!! Sou especialista em aviação regional (civil) e estava procurando informações sobre a proibição de asas rotativas no EB. O seu texto explica o cerne da questão, parabéns!
Sempre fico pensando na Amazônia e seus 15.000 rios, a maior concentração do planeta. E porquê o EB não opera também aeronaves Anfíbias que possuem autonomia muito maior que um helicóptero e podem pousar em praticamente qualquer rio?
Pela proibição, infelizmente, o EB ficará refém da FAB nessas operações de apoio.
Saudações,
Claudio Lemes Louzada – LinkedIn.
As 4 forças deveriam ter individualmente capacidade de transporte tático, com aviões tipo c212 e c295 (modelos apenas para ilustração).
Para transporte estratégico formariam um comando conjunto com aviões de grande porte, tipo kc390 e c17.
O problema e o bafafá tomou estás proporções porque EMA e um puxadinho do Mindef. Deveria ser o coordenador destas tarefas mas e hoje um cabide de empregos.
O EB adquirir um aeronave velha, obsoleta, e fora de linha vai piorar aquilo que já está ruim. O dinheiro para criar toda uma estrutura de OM a nível de esquadrao vai sair do orçamento do EB, e como ele não vai aumentar, este $$$_ vai sair de outra área, ou seja,vão desvestir um santo para vestir outro.
Enquanto isto o contribuinte Brasileiro paga bubalinanente seus impostos e assiste está patuleia.
Gente este papo de o Exército não poder ter asa fixa é só pra encher linguiça como dizemos aqui no Sul, de objetividade e realidade não tem nada, se fosse eu chegava pro presidente e o chefe maior da Aeronáutica e dizia na cara “Mas o pessoal da aeronáutica esta com toda razão o exército não pode ter asa fixa e com isso também não queremos mais estes Sherpas seja lá como é chamado, o que queremos é os M22 de transporte dos EUA que não são asa fixa aqui que a gente vê é o braço que segura o rotor”, kkkk queria ver a cara deste pessoal depois de uma fala destas. Brincadeiras a parte isso é só disputa de migalhas que não leva a nada a Fab que vai cuidar da sua aviação de caça e ve se consegue colocar mais gripens ou outro meio mais mortal ainda e deixa as outras forças fazer o mesmo.
Parabéns pelo excelente texto Francisco José. Eu defendo que tanto o EB como a MB tenha aeronaves de asa fixa e também um centro de treinamento e manutençao e logística integrados. Sobre as aeronaves que o EB e a MB poderiam operar seriam as seguintes: (Caso a comprar dos Sherpas nao tivesse ocorrido).
AvEx:
1-C-295 seria ideial para as missoes que o EB precisa cumprir e aproveitaria a linha logística que a FAB possui e treinariam com a mesma aeronave otimizado custos e compras de peças de reposiçao de forma conjunta.
2- O ATL-100 mesmo que ainda esteja em desenvolvimento se mostra promissor. Um substituto dos C-95, tanto a FAB e o EB operando essas aeronaves para missoes de ligaçao e etc. Seria mais um treinamento conjunto e economia de recursos e reposiçao de peças.
3- Phenom 100 a FAB já opera designado de U-100. Seria usando para treinamento multi-motor, EVAM e etc. Pelo EB. 4- Phenom 300 para missoes ISR
MB:
1- KC-390 porque? Seria usado para as missoes de transporte/REVO para os A-4M, lançamento de paraquedistas e transportar seus Astros FN para a regiao amazonica.
2-Phenom 100 treinamento multi-motor, EVAM e etc.
3-A FAB poderia repassar os P-95M/P-3AM para a MB, assim liberando FAB para outras operaçoes até que cheguei a hora de substituir ambas por uma plataforma mais moderna e capaz por exemplo uma versao PM do E-190 E2.
Claro que tudo isso iria requerer uma enorme quantidade de recursos mais a médio/longo prazo deixaria as FFAA padronizadas e um alto índice de comunalidade de aeronaves e custos reduzidos e uma linha de peças de reposiçao e treinamento conjunto bem organizada e controlada. E com 80% de aeronaves produzidas pela Embraer. Obs: (Meu teclado está com problemas de por acentos). Essas aeronaves nao afetariam as operaçoes da FAB, mais sim somando e apoiando entre si.
Se o EB alega que tem dinheiro para bancar as horas de voo, aquisição e manutenção das aeronaves, estrutura e pessoal para a região, que ele abra uma licitação para tentar atrair alguma empresa civil voltada fazer a logística dos PeF. Já passou da hora disso acontecer!
Se a empresa não cumprir o contrato, enfia uma multa do tamanho do mundo pra cima dela. O EB não tem que se treinar e manter ninguém. Não vão ter de comprar aeronaves mortas/desativadas a meia década e com logística pífia em solo nacional, pensando em voar os piores 10/15 anos do ciclo de vida a um preço irreal, que só serviriam de trampolim pra gastos ainda maiores e irreais. Não vão ter de manter pessoal que depois vai pesar pra sempre na conta dos inativos do EB, quadro que é uma total vergonha e afronta a todo assunto que permeia o tema “racionalizar recursos”. Tomem vergonha na cara.
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O problema todo é a questão do atendimento dos PeF. Não tem NADA com relação a doutrina de combate e afins. É um esforço puramente logístico.
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Integrar logística de treinamento e manutenção das asas rotativas e outras coisas citadas como melhores atitudes… Seria muito lindo, em um mundo ideal e sem o bairrismo atual. Alguém já reuniu as 3 forças e fez elas concordarem em cortar essas boquinhas e essas estruturas dos seus feudos? Quem fizer isso, vai certamente ouvir o mesmo mimimi na linha do que o EB está fazendo. Alguém não vai ser bem atendido, e isso e aquilo, missões diferentes e blablabla.
Ótimos argumentos. Com efeito, cruzar a Amazônia de helicóptero por 2, 4 horas passa bem longe da dita economia de recursos profanada pelo brigadeiro Rossato. É caríssimo e diminui consideravelmente a vida útil do equipamento.
Quanto ao comentário do colega acima sobre os Sherpas, eles virão em 8 para 4 ficarem operacionais. Virão em condições muito favoráveis, tem baixo custo operacional, foram pouco voados apesar da idade e é o que cabe no bolso do EB.
As 4 forças deveriam aeronaves táticas de asas fixas, para serem utilizadas de acordo com suas necessidades ímpares.
As aeronaves estratégicas ( do kc390 para cima) deveriam ser utilizadas em um comando conjunto.
Esse e exatamente a opinião que eu sempre tive! Nunca entendi pq pra fazer uma coisa parecida precisa de 3 outras, parabéns pra esse cara disse tudo!
Falou tudo o que eu queria falar e não sabia como. Parabéns pelo equilíbrio e principalmente sem os “mimimi” comuns nesse tipo de discussão.
Boa tarde, excelente colocacao sobre a necessidade logística operacional do nosso exército, demanda que não pode ser atendida pela FAB com os vetores que ela possui. Suas prioridades (justificadas) acabam deixando o EB em segundo plano. Com os Sherpa o EB terá a independência de planejar suas atividades com maior efetividade e economia, liberando os helis para aumento do poder de combate!
Ótima argumentação e questionamentos que, há muito, se faz e estes mesmos ex-comandantes não fizeram nada para reverter o problema… Querer mais orçamento, sem fazer o seu próprio dever de casa, apenas mirando o orçamento do outro mostra o quão irresponsável, egocêntrico e hipócrita foi o posicionamento da FAB, bem como do seu ex-comandante…
Mostra, também, que o MdD voltou a ser um mero protocolador de demandas de cada comando, um claro exemplo do rabo abanando o cachorro. Isto é um exemplo claro da péssima opção de se colocar um militar a frente da pasta, pois tende a ser corporativista e não atacar os reais problemas da falta de integração e padronização (quando oportuna e necessária) crônica que as FFAA brasileiras têm desde sempre… A escolha de um militar para comandar a pasta é tão danoso à proposta do MdD, quanto colocar um civil que nada entende ou teria interesse sobre o tema (o que também já ocorreu).
Concordo plenamente com o senhor! Estendo essa necessidade também a marinha, principalmente ao CFN. Já operei na Amazônia e uma possível obtenção de meios de transporte e logístico de asa fixa de médio e grande porte orgânico, seria de um avanço enorme.
A simples dimensão continental do Brasil e a diversidade de ambientes – incluindo este mundo à parte que é a Amazônia – justificaria o emprego de aviões pelo EB, inclusive maiores que o Sherpa.
Pra mim, o autor está certo E errado nas suas assertivas. Errado quando defende uma plataforma obsoleta adquirida em números insuficientes para ser operada eficientemente. Comprar rebutalho no exterior e esperar ter uma capacidade mínima operacional é risível. Diferentemente do que ele coloca, se estivéssemos em situação de guerra real muito provavelmente, ao fim de 10 dias todos os materiais de reposição desta “frota” minúscula já teriam sido consumidos e ele de nada serviriam. A FAB tem escala para manter o serviço logístico operacional, o EB, não. O que se faz necessário é um mecanismo contábil para que o EB possa ressarcir o orçamento da FAB pelas horas de vôo despedidas em seu proveito. Hoje, se não tem disponibilidade nos aviões da FAB o EB paga o serviço a uma empresa civil. Mas ele jamais paga nada à FAB. Para que o EB (e cor extensão, a MB, também) fique confortável em usar os “serviços” de logística aérea da FAB a unidade que alica os meios logísticos precisa estar subordinada ao Ministério da Defesa, não mais à FAB. O mesmo deve valer para os caminhões e vagões de trem do EB e dos navios de transporte da MB. Uma força armada que opera conjuntamente deve ser administrada conjuntamente. O autor no entanto, está certo ao apontar as outras áreas de potencial de consolidação nas FFAA todas muito válidas. A estrutura de nossas FFAA muitas vezes reflete influências de outras forças e bternacionsis no seu período de formação, períodos muitíssimo distintos da realidade atual com suas poderosíssimas ferramentas de integração de dados digitais, por exemplo. Para mim, o pior exemplo da tentativa de postergar o inevitável mundo “Joint” Aqui no Brasil está no programa H-X da Helibras. O mesmo modelo básico de helicóptero recebeu três códigos e três nomes distintos em cada uma das FFAA, H-36 Caracal, HM-4 Jaguar e H-15 Super Cougar. Realmente me faltam adjetivos pra dizer o quão absurdo esse detalhe é pra mostrar mim…
Parece que o senhor não esta bem informado. O EB paga sim as horas voadas em seu proveito, assim como a extinta Aviação Embarcada era custeada pela MB.
Anos atrás o EB caiu no conto do vigário e comprou 300HDV ano de C-95 para a amazônia. A FAB até colocou o logo do EB e pintou Exército Brasileiro na cauda. Mas tudo era FAB, tripulação e gestão do esforço aéreo.
O EB pagava antecipado e não levava. Tudo era motivo de indisponibilidade e os três banderas nunca estavam na linha de voo.
Sugiro ao senhor que leia mais, e se informe melhor antes de escrever sobre o que desconhece.
Achei muito interessante essas propostas de redução de gastos e acho que todas deveriam ser implementadas. Sou completamente a favor do EB operar aviões tipo Sherpa para um transporte de ”baixa intensidade” porém o decreto permitia ao EB operar aviões de ataque leve do porte do Tucano e para mim isso não faz sentido algum, se alguem do EB com experiencia quiser me explicar o porque o Exercito precisaria desse tipo de avião ficarei muito feliz em aprender.
Super-Tucanos servem para apoio aéreo aproximado. No entanto, o normal pelo mundo é que o CAS por aeronaves de bombardeio em asas fixas seja operado pelas respectivas Forças Aéreas.
No entanto, o decreto não tinha nada expresso sobre Super-Tucanos. Aliás, não tinha qualquer limitação expressa sobre nada, com texto vago que dizia “que se destina à operação de vetores aéreos necessários ao cumprimento das missões do Exército Brasileiro”.
A atualização do decreto é necessária, até pela questão dos drones (que evidentemente não existiam em 1986). Mas o texto do decreto estava muito ruim, necessitando ser mais bem trabalhado, além de ser bem mais alinhado internamente no MD.
Abraços.
Verdade. Parece que é isto mesmo que o autor da opinião quer dizer. Foi um decreto muito aberto dando margem a leituras diversas. O autor também comenta isto, deveriam ter trabalhado mais a questão internamente antes de levar a despacho do Presidente.
Boa tarde ! Eu acho que o Exercito Brasileiro tem o direito de ter aviação de asa fixa e precisa para não alugar usar aviões civis.