Por Guilherme Wiltgen
Suspendeu nesta sexta-feira (14) do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) o NPo Alte. Maximiano (H 41) para participar da OPERANTAR XXXV, que oficialmente iniciou no dia 10, quando suspendeu o NApOc Ary Rongel, e que tem por objetivo realizar apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
Os dois navios vão permanecer na Antártica durante seis meses, retornando ao Brasil em abril de 2017. Durante este período, eles atuarão nas áreas de oceanografia, hidrografia, biologia, geologia, antropologia e meteorologia. Estas atividades científicas envolvem profissionais de instituições de ensino e pesquisa de todo o País, que realizam observações de animais e coleta de amostras do solo e da água. As equipes utilizam os navios como plataforma para coleta de dados e apoio nas pesquisas de campo na região polar austral.
No navio também embarcam duas aeronaves UH-13 Esquilo, pertencentes ao 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), que compõe o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) OPERANTAR. Os helicópteros podem operar a partir de ambos os navios.
A missão das aeronaves é prover o apoio aéreo aos navios, realizar VERTREP com a EACF, bem como auxiliar os pesquisadores transportando os mesmos, e os equipamentos necessários às pesquisas, para locais de difícil acesso, onde não é possível chegar com os navios, botes ou por terra.
FOTO: MB
Neste ano, além de dar suporte ao resgate do Hércules acidentado na base Frei há quase dois anos, o Proantar também precisará apoiar as obras de construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
Conforme o INFOCIRM de abril passado (p. 7), o cronograma das obras executadas pela chinesa CEIEC está basicamente assim: 1) de março a outubro de 2016 seriam confeccionados na China os elementos de aço e de concreto pré-moldado das fundações (não houve notícias na imprensa nacional e nem no site da SECIRM sobre o progresso dessa empreitada); 2) no verão antártico que se inicia (outubro de 2016 a março de 2017), deve ocorrer a implantação das fundações e a execução da superestrutura da nova EACF. Sabe-se também que as próximas fases serão as seguintes: 3) entre março e outubro de 2017 ocorrerá na China a construção e a pré-montagem dos módulos que integrarão a estação; e 4) de outubro de 2017 a março de 2018 se dará o transporte e a montagem dos módulos, com a conclusão e entrega das obras.
O fim da vida útil –ou, pelo menos, do prazo de garantia– dos MAEs (Módulos Antárticos Emergenciais, fabricados pela canadense Weatherheaven) é em agosto de 2018,e, portanto , não há espaço para atrasos na execução das obras. No mais, é aguardar a evolução dos fatos e desejar boa viagem a todos os envolvidos.
Boa viagem, boa jornada!