Por 1º Tenente (RM2-T) Juliana Affe
A Operação “Ágata Oeste 2024”, concebida pelo Ministério da Defesa e executada pelo Comando Conjunto Oeste, conta com as Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF) nas faixas de fronteira de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Dentre as 23 embarcações da Marinha do Brasil (MB) empregadas, destaca-se o emprego do Monitor “Parnaíba”, navio de guerra mais antigo do mundo ainda no serviço ativo.
Além de viaturas e aeronaves, a MB atua como Força Naval Componente com 536 militares do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) e nove navios, que operam com embarcações menores, no Rio Paraguai, em ações preventivas e repressivas, como patrulhamento fluvial, inspeção naval e estabelecimento de postos de bloqueio e controle de vias fluviais.
O “Monitor Parnaíba” é um dos navios empregados na operação para atividades de abordagem em proveito da segurança marítima, que contribui na segurança da população. “Ele foi projetado para operar em rios de baixa profundidade, como é o caso do Rio Paraguai. Ao longo dos anos, sofreu modernizações, a fim de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, incrementando suas capacidades operativas. Atualmente, é equipado com avançados sistemas de navegação e armamento que, atrelados às características projetadas no passado, resultam em um navio moderno, robusto e versátil, capaz de atuar nos diversos campos do poder naval”, ressaltou o Comandante do Monitor “Parnaíba”, Capitão de Corveta Robson de Freitas Reis.
Durante visitas às estruturas das Forças Componentes Conjuntas, da MB e do Exército Brasileiro, no período de 5 a 9 de setembro, a comitiva do Comando Operacional Conjunto Ágata, após sobrevoar a área operacional em aeronave da Marinha, componente do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste, pousou no convés de voo do “Monitor Parnaíba” e teve a oportunidade de conhecer seus principais compartimentos e capacidades operativas.
Sobre o Navio
No dia 6 de novembro de 1937, um navio, com projeto tão somente brasileiro, estava pronto no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, marcando a retomada da construção naval no Brasil, no século XX. Hoje, aos 86 anos, o Navio “Monitor Parnaíba” traz, em seus conveses, histórias e episódios que fazem deste navio patrimônio cultural da Marinha do Brasil; e embarca, em cada compartimento, herança, cultura e tradição de gerações.
O batimento da quilha (primeira fase do navio) ocorreu em 11 de junho de 1935, na Ilha das Cobras (RJ), marcando o início oficial da construção do casco e, finalmente, 17 meses após intensos trabalhos, o Navio “Monitor Parnaíba” flutuou pela primeira vez e abriu o caminho para novas construções na indústria naval brasileira.
Em março de 1938, o navio foi incorporado à Flotilha de Mato Grosso e, em abril de 1943, foi para a Força Naval subordinada ao Comando Naval do Leste, em Salvador (BA), a fim de escoltar comboios e patrulhar o porto durante a Segunda Guerra Mundial. Em maio de 1945, retornou a sua sede, Ladário (MS), onde permanece até hoje.
Operação Conjunta “Ágata Oeste”
A Operação integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal. Em 12 dias de operação, as ações das Forças Armadas e órgãos de segurança resultaram em prejuízo de mais de R$ 100 milhões ao crime organizado.
O balanço final da Operação “Ágata Oeste” engloba ações realizadas em solo brasileiro, que somaram mais de R$ 20 milhões em prejuízo ao crime organizado, e os mais de 15 milhões de dólares (R$ 84 milhões na conversão), fruto da operação espelhada “Basalto III”, realizada pelo Exército Brasileiro no mesmo período.
Nesta edição, são empregados cerca de 2 mil militares e utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permite uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Achar que ter uma navio tão velho na ativa é motivo de orgulho é fechar os olhos para o sucateamento da esquadra Brasileira e por conseguinte, em determinado momento, falta de operacionalidade.
O Parnaíba passou por uma profunda revitalização por volta dos anos 2000 e é um meio de alta confiabilidade e suas obras vivas ainda permitem novas reapotencializações se a MB julgar necessárias.
Os almirantes do teclado estão criticando a embarcação unicamente pela sua idade.
Essa afirmação de que o Parnaíba é o navio mais velho em operação é objetivamente falsa. Somente na América latina temos o exemplo de 2 navios mais velhos que ele ainda na ativa (Os monitores da classe Paraguay – Tacuary e o Paraguay, ambos com mais de 100 anos) que operam na marinha de guerra daquela nação. Na marinha russa existe ainda outro navio igualmente velho com mais de 100 anos desde seu batimento de quilha até a presente data (um navio de socorro submarino e auxílio de mergulho cujo nome agora não me recordo).
Aquela VERGONHA QUE SÓ O BRASIL SABE PASSAR, falta de vergonha na cara
Enquanto o Legislativo e o Judiciário desperdiçam bilhões de reais pagando salários nababescos a senadores, deputados, vereadores e juízes que não merecem ganhar nem um terço do que ganham, nossas FFAA, dedicadas ao serviço da Pátria, estão quase na miséria. É por isso que o Brasil nunca passará de uma republiqueta bananeira.
86 anos, muita experiência, é inegável essa vantagem, estamos em ótimas mãos… acredita…
Pertinente essa indagação. Curiosamente fiz uma rápida pesquisa e percebi a possibilidade de ter sido pelo litoral sudeste-sul até Montevideu, acessando o Rio Uruguai, Rio parana guazu, rio Paraná, Rio Paraguai, até chegar em Ladario MS.
Pergunta de leigo, se falta $ pra colocar um canhão decente, e tb talvez não compense pelo cenário operacional pagar por um canhão moderno, …. daria pra adaptar uma torre de Cascavel 90mm no lugar desse arcaico de 76mm??
esse navio resume o estado da MB.
Muitas vezes via história de que foi construído no RJ e incorporado no MT, mas nunca soube como ele chegou lá, se por meio marítimo/fluvial ou terrestre (trem/rodovia). Seria interessante uma informação para tirar essa dúvida. Talvez haja um bom relato aí.
É um navio bem grandinho para ir por ferrovia ou rodovia, ainda mais as brasileiras do século passado.
O Rio da Prata não se conecta até ali? Se sim ele deu a volta no Uruguai.
Normal navio velho,em quanto os militares continuar fazendo vista Grossa para politico e juiz ganhando 400 mil por mês as forças vai continuar operando sucata.