Governo da Suíça, que é sócio da empresa, pede a suspensão de projeto em Pernambuco para evitar repercussões negativas. Ministério da Defesa ainda não foi oficialmente informado
Por Paula Pacheco
São Paulo – O Brasil é um país tão violento que está prestes a perder o projeto de uma fábrica de munição. A decisão de suspender e de provavelmente cancelar a construção de uma unidade de produção de munições em Pernambuco foi anunciada na última quinta-feira pelo Conselho Federal da Suíça (o Poder Executivo daquele país) e comunicada à direção da Ruag, multinacional suíça de defesa, do qual o governo é o principal sócio.
Segundo informou o governo da Suíça, contrário à construção da fábrica de munição de baixo calibre, o projeto, conduzido pela subsidiária Ammontec, poderia acarretar em repercussões negativas para a imagem do país europeu e para a própria empresa da qual é sócio.
O anúncio do projeto foi feito em dezembro do ano passado e a expectativa era de que a linha de produção teria capacidade anual para 20 milhões de unidades. Na ocasião, quando foi assinado um protocolo de intenções entre a Ruag Ammontec e o governo pernambucano – com direito a participação do então ministro da Defesa e agora titular da Segurança Nacional, Raul Jungman, também de Pernambuco – falava-se de um investimento de 15 milhões de euros para colocar a unidade em operação e a partir dela fechar contratos tanto na esfera governamental quanto com empresas de segurança do Brasil e até exportar parte da munição para mercados como o americano.
Com o aporte, a multinacional, que também atua no segmento aeronáutico, seria a primeira estrangeira a operar no mercado brasileiro de munição depois de o governo do presidente Michel Temer ter colocado fim ao monopólio brasileiro. A Ruag tem autorização da Comissão de Nacionalização do Exército para operar em território nacional desde maio de 2017.
A decisão do Conselho Federal suíço é uma resposta a dois parlamentares, Priska Seiler e Angelo Barrile (ambos do Partido Socialista), que vinham questionando o projeto. As críticas começaram a se intensificar a partir de abril, quando 16 entidades privadas pediram ao governo da Suíça para enterrar o projeto brasileiro, sensibilizadas pela morte da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro. A representante carioca do Psol vinha denunciando o envolvimento de policiais do estado com as milícias enfronhadas nas favelas da cidade.
Procurada pela reportagem, a Ruag confirmou por meio de e-mail ter sido informada sobre a recomendação suíça para suspender o projeto brasileiro, mas foi imprecisa na resposta. “Decisões ou recomendações do governo são, claro, aceitas pela Ruag. Portanto, não podemos dizer mais nada pelo momento”, escreveu Kirsten Hammerich, porta-voz da multinacional, que não disse se de fato o investimento no Brasil deixará de ser feito.
Em declaração publicada em abril passado, a Ruag dava indícios de que poderia não levar em frente a decisão de desembarcar no Brasil. Na ocasião, um porta-voz afirmou que estavam sob avaliação vários cenários, inclusive “se” o investimento seria feito, “como” e “quando”.
No entanto, essa dúvida não era a percepção que se tinha por aqui. Também em abril, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Raul Henry, disse em um evento que a Ruag havia confirmado que construiria a fábrica de munição. Segundo ele, a produção começaria ainda em 2018, de acordo com o que estava previsto no protocolo de intenções assinado entre as duas partes. Faltaria ainda definir a cidade que abrigaria a unidade fabril. Depois da decisão do governo suíço, a secretaria informou que o governo pernambucano cumpriu o que previa o protocolo de intenções.
Apesar de a decisão do governo suíço ser pública, o governo brasileiro não foi oficialmente informado, seja por meio da Embaixada da Suíça, em Brasília, ou pela Ruag. “Sobre este assunto, informamos que até o momento, o Ministério da Defesa não recebeu qualquer notificação”, disse o departamento de comunicação da pasta. No entanto, não foi explicado se a Defesa pretende buscar detalhes sobre a suspensão do projeto ou se vai esperar por algum comunicado.
FONTE: Estado de Minas
Até que faz sentido; num pais onde mentem (chegando inclusive a forjar provas) culpando o presidente pela morte da tal da Marieli (desconhecida com ligações comprovadas com a bandidagem carioca), dizer que a Suíça estaria “matando os brasileiros” por conta de uma fábrica de munições seria fácil, fácil.
Os próprios comentários daqui da página (chamando Suiça de pais vagabundo etc) já mostra que chamar a Suíça de “país assassino” seria facinho, facinho. Depois de lhes tomar algum dinheiro, é claro.
Não foi a violência e sim a carga tributaria!
Sério que uma fabrica de munições e o governo de um pais que é um paraíso fiscal estão preocupados com sua imagem devido a violência do Brasil? Seria melhor a empresa mudar de ramo!
Os bilhões que entram e saem dos bancos Suíços, o dinheiro SUJO, isso sim matam mais que as balas. Contra isso a esquerda socialista de lá não faz nada ? Os PC e sua hipocrisia ….
Suíça país vagabundo, que se enriqueceu à custa de lavagem de dinheiro de bandidos, roubou o dinheiro dos Judeus na Segunda Gerra Mundial etc. Continua lavando dinheiro de toda espécie de criminosos vem querer dar lição de moral aqui!
Simplesmente abram concorrência para outro, se não querem dinheiro! O Brasil é sim bem violento, mas “manchar a imagem dos suíços”?? Como? Se acontecesse algo à fábrica por causa da violência nós é que ficariamos com a imagem mais manchada ainda, não dá pra entender essa nova onda de governos frouxos europeus, nos EUA se fazem reportagem toda hora sobre armas usadas por assassinos em escolas e nunca “manchou a imagem” de nenhuma delas…
Como sempre um pra ajudar e mil pra estragar, porque em vez de reclamar não foram ajudar a resolver o problema da violência, porque em vez de ir pro exterior pra falar mal do Brasil não foram cobrar e ajudar na política de segurança pública já que são políticos que estão fazendo isso, é mais fácil reclamar e fazer tudo andar pra trás do que ajudar a fazer o que é certo, este tipo de gente tinha que ser eliminada do planeta e como se faz isso, não é com violência e sim com mais educação e conhecimentos pois uma direita sem esquerda não serve pra nada precisamos dos dois lados trabalhando pro mesmo objetivo que é desenvolver o país e seu povo e não trabalhando pra fazer o contrário, isso só mostra que o nível do brasileiro esta indo de mal a pior em todos os segmentos e lados.