Por Guilherme Wiltgen
Segundo o site G1 publicou ontem (21), o vice-presidente Hamilton Mourão, que está no exercício da Presidência da República, tem previsão de viajar nesta quarta-feira (23) para Lima, no Peru, viagem que deve durar até a sexta-feira (25).
O vice-presidente teria sido convidado pelo governo peruano, para uma audiência com o presidente Martín Vizcarra, tendo em vista que o Brasil e o Peru vão assinar um acordo que prevê a troca de embarcações entre as duas Marinhas.
“Vou ao Peru na quarta-feira de tarde, em princípio, se tudo estiver tranquilo. Fui convidado pelo governo peruano, tem um acordo que vai ser assinado lá entre a nossa Marinha e a Marinha peruana para uma troca de embarcações. Vou me encontrar com presidente do conselho de ministros e com o presidente peruano”, disse Mourão.
Segundo a agenda do Comandante da Marinha, AE Ilques Barbosa Junior, ele e o vice-presidente tiveram uma reunião hoje (22) as 11 horas. No final do dia, o AE Ilques viaja para o Rio de Janeiro.
Troca de embarcações
Especula-se que a Marinha do Brasil (MB) poderia ceder dois submarinos da Classe Tupi por um LPD (Landing Platform Dock) da Classe Makassar construído no Peru, cuja Marina de Guerra del Peru opera o BAP Pisco (AMP-156), construído localmente pelo estaleiro SIMA (Servicios Industriales de la Marina S.A.), sob licença do estaleiro sul coreano Daesun.
Ainda não foi divulgado como vai se dar essa negociação e nem se vai haver algum tipo de pagamento, pelas partes envolvidas, para a conclusão da negociação das embarcações.
Primeiro eu acho que pela diferença de preço e complexidade das unidades envolvidas ou são duas negociações paralelas.
Um LDP da Classe Massakar só pode entrar como abate (pequeno) na cessão de dois submarinos IKL mesmo antigos.
Um submarino, mesmo convencional e mesmo antigo é uma unidade naval extremamente mais complexa e mais cara que uma jaboticaba comercial coreana…
A Classe Massakar embora seja um projeto do estaleiro coreano DaeSun não é operado pela Marinha da Coréia do Sul, seus clientes são Indonésia, Felipinas (via Indonésia), Peru e agora o Brasil (via Peru).
A Marinha Peruana adquiriu os planos e licença para construir duas unidades no estaleiro peruano SIMA com orientação técnica da DaeSun.
Construiu a primeira unidade BAP Pisco (AMP-156) e estava com o grande pepino de como “desistir” da segunda unidade encomendada sem incorrer com as despesas já incorridas na construção da segunda unidade em andamento e eventuais multas se não recebesse a segunda unidade e evitar os prejuízos ao seu estaleiro SIMA.
O interesse da MB nesta jaboticaba coreana foi a salvação da lavoura de maca peruana…
A Classe Massakar é, por projeto, uma unidade de baixo custo, baixa tecnologia e mal armada. Que nem foi considerada para uso no país de origem…
O Brasil se junta as Filipinas como parceiro de segunda mão desta tralha…
Deus salve a Marinha do Brasil e seus nautas…
O preço de um Makassar novo é a metade do valor de um IKL usado. Espero que a MB não faça um negocio as pressas, ate pq pode vender esses subs no mercado asiático a um preço melhor.
Prefecto , un buque makassar actualmente no baja de los 80 millones de dólares y en el Perú tampoco ven bien el que intercambiemos un buque nuevo por dos submarinos viejos y dónde además tendremos que pagar por su modernización , como vez en todas partes hay disconformes
Até onde sei, a troca de embarcações visa a substituição do nosso navio escola. Portanto, se vier este navio já está de bom tamanho.
Pois é. Os almirantes não conseguem dar Cocktail em conveses de submarinos…
Aguardar o desenrolar desta informação mas se o PR está viajando e VP tb vai viajar ao exterior, quem será que assume a presidência interinamente? PC? Situação estranha para uma transação ainda inicial…existe necessidade disto?
Essa é uma situação mais do que rotineira. Assume o presidente da Câmara dos Deputados. E como vc pode saber se a situação é inicial? A discussão entre as marinhas e os governos dos dois países devem ter, no mínimo, seis meses
Vamos aguardar primeiro as informações oficiais antes de criticarmos !
Outro navio anfíbio? Vamos invadir Cuba?
*assalto anfíbio
Não sabemos se será um Makassar made in Perú por 2 submarinos usados. Vamos aguardar para então comentar.
Quais embarcações o Peru teria a oferecer além das makassar’s Padilha?
Veja que o Makassar ainda terá que ser construído. Não vejo realmente outra opção para uma troca.
Que eu saiba o acordo Peru-DaeSun previa o licenciamento para construção de 2 unidades e a construção da segunda unidade já teria se iniciado.
Portanto é possível que esta unidade esteja na condição de obra parada ou semi-paralisada no estaleiro SIMA no Peru.
O que fica claro é que o Peru desistiu ou estava buscando uma maneira de desistir da segunda unidade e que o problema maior deve ser não “quebrar” o estaleiro que deve ter se preparado e assumido comprometimentos grandes para construir duas unidades.
Seria muito bom averiguar se esta segunda unidade já teve sua construção iniciada (ou não) e qual seu estado se iniciada, se parada (quanto tempo) ou semi-paralisada (em marcha lenta e qual a proporção da obra já realizada).
Este detalhes quase sem importância. (SQN)
De qualquer forma, em qualquer destas situações de obra já iniciada, é uma típica receita de desastre seja pela descontinuidade do serviço e/ou pela mudança das exigências do novo cliente (a MB vai com certeza fazer modificações numa unidade a ser construída ou em construção) que podem gerar inúmeros problemas na unidade finalizada…
É mais ou menos como comprar um carro que foi produzido numa época que a fábrica teve paralisações por greve de trabalhadores , vários itens esquecidos de serem instalados, peças mal colocadas, mal ajustadas e falta de vedações… Um relatório de discrepâncias de várias páginas.
Principalmente se a fábrica de automóveis em questão fica na Bahia…
Se é que vocês me entendem nesta história baseada em fatos reais…
Esses assuntos são pano de fundo; o que deve ser tratado pouco ou nada é realmente divulgado!
Até bem pouco tempo atrás tinha um cruzador lá….alguns devem estar babando com a ideia…
Aquele velharia já deu baixa
Calma pessoal, devagar com o andor que o santo é de barro, a marinha nem fez troca ainda nem foi divulgado como vai ser feito se vai ser taco a taco ou se vai vir algo a mais então vamos aguardar pra ver. Outro dia li sobre este assunto e o objetivo da marinha era fazer desde navio um navio escola já que o que temos hoje esta no fim da vida e com alguns problemas que não foi divulgado então ao meu ver se temos um navio que nem pra escola mais esta servindo e vamos substituir ele por outro novinho e com possibilidade de ser usado pra guerra se for necessário já é um começo e se o objeto de troca são dois submarinos que precisam de manutenção e a mesma vai ser condicionada a ser feita aqui com o custo sendo cobrado da outra marinha, ou seja, dando dindim pra nós ainda então na minha opinião de entusiasta acho que é um bom negócio o que não podemos e ficar com dois submarinos parados no cais porque não temos dinheiro pra arrumar e prefiro muito mais que a marinha se desfaça de todos estes IKL’s e construa mais um lote igual de Scorpenes pois ai sim estaremos andando pra frente pois quem anda de lado é caranguejo e trocar 6 por meia dúzia não serve pra nada pois se ficarmos somente neste lote não evoluímos só andamos de lado, temos que ter mais meios novos e que usem menos pessoas pra ficarmos mais eficientes.
Trocar navios de combate por navios de ….
Pra que mais um navio desses e pelo visto, não tem praticamente defesa de ponta nenhuma.
E porque não ficar com os submarinos já que os vejo com muito mais utilidades.
É aquilo como sempre, os comandantes das forças armadas brasileiras, só gastão dinheiro com material velho ou ultrapassado, haja visto que esses dias um daqueles caças de ultima geração caiu.
É incrível a gente ver a IRRESPONSABILIDADE, do comando de nossas forças armadas onde se contenta com migalhas.
Enquanto isso, a maioria dos nossos vizinhos estão se armando e nós como sempre ficamos na situação como ficamos a pouco tempo, onde umns paises da Europa nos ameaçou enviar tropa devida as queimadas.
Concordo plenamente com o comentário. Já temos o Bahia que dá conta do recado para o perfil existente hoje na ala anfíbia da marinha como suporte aos fuzileiros navais. Nossos submarinos ainda tem um bom tempo para uso, já que não temos ainda uma esquadra de superfície atualizada, esses submarinos são a defesa ideal e necessária para nossa defesa do litoral, porque mal temos condições de passar do litoral.
Concordo com você José Lorival , parece ser uma condição indispensável os Meios serem ” MAL ARMADOS ou DESARMADOS” .
São Helicpteros Desarmados , Navios BANGUELOS ,carros de combate Velhos ( SK -105 ) , é uma tragédia .
E digo mais isso tudo tem, a anuência de Grande Parte das Mídias Dedicadas a NOTÍCIAS MILITARES BRASILEIRAS , que enxergam as coisas e se fazem de cegos ,surdos e mudos .
Concordam com tudo e se calam , sei lá o PORQUE !
A Marinha tinha que se envergonhar em Gastar um dinheirão em modernizar um avião como o A-4 , Lento e Obsoleto.
E os Aviões C1 TRADER , que estão pra chegar da MODERNIZAÇÃO os E.U.A. , é de chorar ?
É a falta de cobranças por parte dessas Mídias “especializadas” ou sua conivência com esses absurdos , nos trazem onde estamos e porque estamos com essas Qualidades .
Não é a Mídia balançando a cabeça como Vaca de presépios ,que estarão ajudando as Forças Armadas Brasileiras , é preciso ser FIRME e autênticos e não vejo isso .
Carlão, o fato de vc não concordar com os programas de modernização das aeronaves, não quer dizer que nós tenhamos que concordar com você. Nós entendemos que os programas são válidos, dai não haver razão para critica-los. Para isso existe o espaço para comentários, onde os leitores podem criticar ou não as opções das FFAAs, portanto, não misture as estações. OK? Obrigado.
Tá certo tem que criticar mesmo! nem com críticas e com avisos a coisa sai direita. E as mídias são na maioria omissas e de acordo com tudo senão não tem informações.
Seria porque a atualização de meia vida tem quase o mesmo custo do que eles valem e não tem verba para executar, a opção é deixar enferrujando uns 10 anos e vender como sucata depois.
Descordo José Lorival: tivemos a baixa do Rio de Janeiro e do Ceará, além do longo período de manutenção do Mattoso Maia. Inclua nessa defasagem uma eventual baixa do Garcia D’ávila e do Almirante Sabóia esse ano. O Bahia precisará passar por PMG em algum momento de sua operação e o Atlântico não pode lançar Clanfs e Piranha. Isso significa que pelo menos mais um navio anfíbio, a pelo menos médio prazo, seria importante. Além disso quantidade também é um fator de dissuasão para uma costa do tamanho do Brasil, e isso sem falar de uma suposta Segunda Frota que precisaria de mais unidades submarinas e de superfície.
O Brasil não possui caça naval de última geração José, o avião que caiu é antigo. Ser modernizado não quer dizer ser evoluído apenas reconfigurado/atualizado. É sangue novo em artéria velha! A culpa dessa situação das Forças Armadas é principalmente do governo que não permite que a categoria receba 2% do PIB em investimentos fazendo com que os militares se virem com o que recebem. E isso não é de hoje! É cultural. Os submarinos não podem contribuir em assistência humanitária e hospitalar por exemplo e a tropa que eles lançam é limitada e pontual (grupos especiais).
E aí Carlão, a Marinha vai comprar caça naval com que dinheiro sendo que são contigenciados? E não basta comprar mas também tem o custo de operação e manutenção das aeronaves – vide a concorrência do FX que debateu constantemente esse aspecto acabando por escolher o Gripen (entre outros fatores) por sua hora de voo adequada á FAB.
Vocês pensam que nas Forças Armadas basta ter força de vontade e tudo se materializa como em um conto de fadas? Se fosse fácil assim não teríamos esses problemas! O Jose acha dispensável o uso desses navios em favor apenas do uso de submarinos e isso basta para chamar a Marinha de irresponsável. Menos senhores, bem menos!
Um site noticiou que os dois submarinos poderiam valer de 200 a 300 milhões de dólares nos últimos anos a MB vez bons negócios.
Vamos ver quanto a MB vai receber de volta nessa “troca”, porque cada Makassar zero-bala é cotado em torno de 38 US$ / 45 US$ milhões de dólares. Porque não é possível que a MB vai fazer uma troca dessas elas por elas…. Dois Subs relativamente “novos” como os IKLs brasileiro e ainda que precisando de um PMG com certeza “valem muito mais” que “um Makassar”…
Grato
Caro amigo esses valores estão completamente errado, 45 milhões não compra se quer um Napa 500 desarmado. O preço desse navio e 133 milhões de dólares totalmente operacional, sem armamentos de defesa de ponto e radares.
Vamos ver o tipo de negócio vai sair dessa troca .
Lembrando que o Makassar não tem RADAR aéreo e suas Defesas de ponto são pífias .
Lá vamos nós de Novo , adquirir “”NAVIOS BANGUELOS'” .
Um navio desse tipo não tem que se defender Carlão: a exemplo dos porta-aviões eles são meios ofensivos, para a defesa deles existe uma categoria de navios chamada navios escolta constituídos desde corvetas até cruzadores (o que no caso do Brasil infelizmente se limita a, no máximo, fragatas). Esses sim tem sistemas, velocidade e armamento para defender alvos de valor importante como os navios anfíbios. O submarino também poderia ajudar enfrentando outra ameaça submarina. Navios militares tem suas funções separadas em categorias das mais diversas formas de atuação, portanto tem os meios adequados para atacar e os meios para defender quem ataca.
Perfeito Carlão. Principalmente numa marinha como a nossa que é totalmente deficiente em escoltas. Se esse navio vai ser fabricado, pelo menos espero que venha com motores mais potentes que possam desenvolver 25, alem de radares 3D e uma boa desfesa de ponto.