Por JOHN VANDIVER
Navios de guerra da Marinha dos EUA estavam operando segunda-feira no Mar de Barents, marcando a primeira vez que navios de superfície manobravam na hidrovia do Ártico ao norte da Finlândia e da Rússia desde a Guerra Fria, informou US Navy.
“Nestes tempos desafiadores, é mais importante do que nunca mantermos nossas constância no teatro europeu, enquanto tomamos medidas prudentes para proteger a saúde de nossa força”, disse a vice-almirante Lisa Franchetti, comandante da 6ª Frota dos EUA. “Continuamos comprometidos em promover a segurança e estabilidade regionais, ao mesmo tempo em que construímos confiança e reforçamos uma base de prontidão no Ártico.”
A pressão sobre o Círculo Polar Ártico é parte de um esforço da Marinha para fortalecer uma região em que a Rússia investiu pesadamente nos últimos anos e em que a China também se declarou uma potência com interesses econômicos. “Os navios de superfície da Marinha não operam em Barents desde meados da década de 1980”, afirmou o US Naval Forces Europe em comunicado nesta segunda-feira. “As marinhas aliadas e parceiras devem permanecer proficientes em todos os ambientes operacionais para garantir a segurança e o acesso contínuos ao mar”.
Três destróieres – USS Donald Cook, USS Porter e USS Roosevelt – foram unidos pelo navio de apoio ao combate USNS Supply. O HMS Kent do Reino Unido também participou de operações de segurança marítima, disse a NAVEUR.
Nas últimas semanas, os militares dos EUA na Europa procuraram enfatizar que as operações continuam, mesmo quando os serviços lidam com a pandemia de coronavírus. Enquanto o vírus reduziu inúmeros exercícios, a Marinha da Europa esteve ocupada nas últimas semanas no “norte”, segundo a Marinha, o USS Porter, USS Donald Cook e HMS Kent, completaram na semana passada um exercício de guerra anti-submarino no Mar da Noruega. Um submarino dos EUA, bem como uma aeronave de reconhecimento P-8A Poseidon, também participaram dos exercícios, disse a Marinha.
O combate aos submarinos da Rússia se tornou um ponto focal do Comando Europeu dos EUA. Ao longo dos anos, a Rússia modernizou sua frota submarina e aumentou a atividade no Ártico, chamando a atenção dos principais comandantes dos EUA. O chefe da NAVEUR, o almirante James Foggo, falando na quinta-feira na 147ª reunião anual do Instituto Naval dos EUA, destacou que 10 submarinos russos estavam navegando simultaneamente no Ártico e no Atlântico Norte no outono passado. “Esse número teria chamado a atenção do tenente Foggo no auge da Guerra Fria”, disse ele.
A Rússia “adotou uma abordagem agressiva no Ártico” e em outros lugares, acrescentou. Por exemplo, o novo quebra-gelo da Rússia, o Ivan Papanin, foi construído para transportar mísseis de cruzeiro Kalibr. “Quem coloca mísseis nos quebra-gelo? Estamos vendo navios de superfície da marinha russa e novos submarinos híbridos da classe Kilo operando com mais frequência e mais amplamente, particularmente no Mar Negro e no leste do Mediterrâneo”, disse Foggo.
Não ficou claro quanto tempo os destróieres da Marinha estariam operando nos Barents. A Marinha disse que notificou as manobras do Ministério da Defesa da Rússia para “evitar percepções errôneas, reduzir riscos e impedir escaladas inadvertidas”.
FONTE: Star and Stripes
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Não, isto não é uma provocação americana…