Por Tayfun Ozberk
A MEKO-A300 é uma poderosa fragata que irá portar 68 mísseis superfície-ar, 42 mísseis de defesa de ponto e 16 mísseis anti-navio. Em 30 de setembro, um representante da Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) forneceu dados sobre a fragata MEKO A-300PL que a empresa está propondo à Marinha Polonesa como parte do programa Miecznik em uma conferência promovida pela mídia polonesa Defesa 24.
De acordo com as informações e infográficos fornecidos pela empresa, as fragatas de classe MEKO A-300 serão fortemente equipadas e totalmente funcionais, capazes de combater em três ambientes operacionais: aéreo, superfície e o submarino.
A Almirer Kamerman, representante da TKMS disse: “O projeto MEKO A-300 foi desenvolvido especificamente para proteger ações em condições de alto risco, nos três ambientes, como os presentes no flanco oriental da OTAN na região do Mar Báltico”.
Sobrevivência, tecnologia stealth, letalidade e a adaptabilidade a diversas missões foram apresentadas como os quatro pontos fortes da MEKO A-300.
Design da Meko-A300:
Para melhorar a proteção contra ataques, o navio é dividido em duas zonas primárias (ilhas dianteira e traseira, um recurso já adotado na fragata classe F125 da Marinha Alemã). Além disso, o armamento e os sensores do navio são divididos em duas ilhas, a fim de manter o navio lutando enquanto também lidam com incêndios ou danos.
O mísseis, o canhão e os torpedos da fragata são especificamente zoneados. Além do sistema de antena de ECD, os sensores foram divididos ainda colocando dois radares de navegação no mastro frontal e um no mastro traseiro, por exemplo. O Centro de Informações de Combate (CIC) também foi duplicado. O CIC primário é geralmente encontrado na seção avançada, enquanto um CIC backup fica localizado perto da popa (por trás do deck do hangar).
O navio será construído com tecnologias furtivas para diminuir a seção transversal do radar e a assinatura térmica em comparação com fragatas de tamanho similar.
MEKO A-300 armamento:
As fragatas Meko A-300 serão armadas com dois sistemas VLS, de acordo com o infográficos: uma célula MK 41 VLS 4 × 8 na seção da proa carregada com mísseis Shorad / Mrad / LRAD / TBMD, e uma com 36 células VLS entre mastros lançando o MRAD. Os navios estariam armados com 2 lançadores RAM (carregando 21 mísseis cada) para defesa de ponto (CIWS). As novas fragatas serão equipadas com um sistema de defesa aérea multi-camadas que inclui uma série de SAMs. Como resultado, a fragata MEKO A-300 pode engajar dezesseis alvos aéreos simultaneamente com pelo menos dois mísseis.
Quatro lançadores quad serão montados entre dois mastros e serão usados para lançar mísseis anti-navio ou mísseis contra alvos de superfície e terra. Dois lançadores de torpedos triplos 324 mm serão implantados nas laterais para ataques a submarinos.
O canhão principal será o 127/64 mm Vulcano, juntamente com o sistema de mísseis de defesa de ponto de RAM, os navios receberão dois sistemas de laser de alta energia (HEL) (a frente e a trás), o que provavelmente será usado para combater drones. Os navios serão armados com dois canhões de 35/40 mm e dois sistemas de armas remotos de 12,7 mm.
Módulos de Missão:
Os módulos de missão são um dos componentes mais significativos das fragatas MEKO A-300. A rampa traseira no módulo fornece o lançamento e a recuperação muito rápida de pelo menos duas lanchas de fundo simples até 11 m de comprimento. Esta tecnologia fornece o uso de unidades de embarque e inspeção, comandos marítimos e outros tipos de embarcações superficiais não tripuladas.
Esses módulos também podem ser equipados com um sonar rebocado para a guerra anti-submarina.
Os módulos de tarefas são baseados em contêineres que também podem incluir lançadores de torpedos pesados de 533 mm, minas, estações adicionais para operadores de sistema de navios, componentes médicos de campo, elementos de BCI sobressalentes e pontos adicionais de embarque, entre outras coisas. Tudo é predicado nas opções disponíveis e no plano da missão.
Como parte do programa, a Polônia formou um consórcio compreendendo o Grupo Polonês de Armamentos e o estaleiro Naval PGZ para comprar três fragatas para a Marinha. De acordo com o cronograma, o teste de qualificação da fragata de protótipo único está planejado para ser concluído até 2028 de junho. A segunda fragata deverá ser entregue à Marinha Polonesa em 2033, seguida pelo terceiro navio em 2034. Foi anunciado no início de agosto que três estaleiros, TKMS da Alemanha, Babcock do Reino Unido e Navantia da Espanha foram pré-selecionadas pelo governo polonês para preparar um conceito de design e viabilidade como parte do projeto Miecznik.
A TKMS anteriormente propôs o design MEKO A-300 para a Grécia, no programa da Marinha Helênica. Esta proposta no entanto, parece ter sido malsucedida após o anúncio de um MOU entre o governo grego e o grupo Naval Group francês para 3 fragatas.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Naval News
“Concluído até 2028 de junho” ficou engraçado rsrs. Não foi mencionado que tipo de helicóptero esse navio suporta, embora se entenda que ele deve ser capaz de receber os principais (ou todos) helicópteros da OTAN. Helicópteros são ferramentas muito importantes para esses navios a ponto de serem um braço armado das escoltas por serem capazes de lançar torpedos e mísseis, reconhecimento e inteligência (coleta de dados) e transporte de tropas especiais. Um data-link com a Força Aérea também é de grande apoio operacional e estratégico.
Eu pegaria a FREMM com construção no nordeste (e olha que eu sou de SC). O sul fica com a construção das fragatas de 3500 toneladas e o nordeste com FREMM de 7 mil toneladas.
A ideia é diversificar a indústria naval, sair do RJ e fomentar mão de obra na área.
O Rio também precisa de empregos!
Nelson, o RJ já tem empregos…a MB inteira esta no RJ, a MB deve ser a maior geradora de empregos militares no RJ. A única coisa que falta são os navios (sem querer ser engraçado).
Concordo com você.
Não se deve colocar todos os “ovos” em uma única cesta (TKMS). Diversificar a cadeia de produção em regiões; onde a MB poderia aproveitar a compra dos blindados Centauros 8X8 da Iveco e trazer no pacote 02 FREMM já ofertadas, estas em contrato de Governo à Governo, com a opção de construção de outras 02 no estaleiro da Fincantiere no nordeste, que se não me falhe a memória em Pernambuco (me corrijam), 04 + 02 opicionais FCT em Itajaí, 01 NApAnt (Navio de Apoio Antártico) no Espirito Santo e se tudo der certo com a reativação do AMRJ, a construção dos Nap de 500 t e até os NapOc de 1.500 t
Concordo plenamente Cavalli e acrescento que poderíamos aprofundar mais um pouco a relação Brasil/Itália e desenvolver quem sabe uma versão brasileira do Aríete ,tbm aproveitando a fábrica da Iveco aqui em MG consolidando ainda mais a região como a “capital” dos blindados (pela ótica da fabricação ok). Aproveitar o AMRJ pra construir os NaPa 500 BR é uma boa idéia desde q modernizem as instalações.
Problema das italianas é o preço salgado.
Muita gente sonhando com essas fragatas lindas.
Espero que a MB possa concretizar esse sonho.
A não ser que a A 400 seja mais linda e poderosa.
Excelente proposta pra uma evolução da Tamandaré incorporando, inclusive, uma versão naval do MTC. Precisamos de defesa aérea de área também.
Qual o deslocamento previsto para essa fragata?
A foto de perfil parece uma mini F-125. A TKMS já informou que ela deverá ter entre 125 e 130 mts com aproximadamente 5.500 tons….mas ela parece ter sido “pensada” pra MB; ideal para um lote grande de 12 fragatas, usando a maior comunalidade possível de equipamentos e sistemas com a classe Tamandaré.
Os 32 VLS, canhão de 127 mm e RAM na proa são mais do que a marinha jamais teve; os 36 VLS a meia nau parecem ser tipo cogumelo (se fosse possível trocaria pelos ExLS) com apenas 12 VLS (3 módulos quádruplos) já fariam mais mísseis que todos os cogumelos.
Tirava 2 lançadores de mss (16 mss acho exagero) e deixava o espaço para containers; tira o RAM sobre o hangar e põe um 40 mm.
Pronto, a MB tem sua fragata multiproposito por 30 anos.
Amigos,
A classe ‘Tamandaré’ foi a escolha da MB. Ponto… Que não seja o navio projetado inicialmente, é ao menos o melhor possível dentro do que foi proposto para o programa. E honestamente, que fique como está… Seu porte ao menos garante um navio apto a nossa ZEE.
O melhor a fazer, de momento, é buscar padronizar os meios da Marinha, garantindo assim ao menos uma linha logística racional.
Francamente, se até o final desta década houverem pelo menos as quatro escoltas novas e outras em encomenda, já será um avanço a tanto.
E não se enganem… Mesmo que haja uma recuperação econômica do País, esses próximos anos serão de vacas magras, e já será excepcional se, além das novas escoltas programadas, a classe ‘Riachuelo’ estiver completa e houver pelo menos um navio de assalto anfíbio encomendado para substituir o Atlântico e o Bahia, além de um NaApLog.
“A MEKO-A300 é uma poderosa fragata que irá portar 68 mísseis superfície-ar, 42 mísseis de defesa de ponto e 16 mísseis anti-navio”.
Viesse para o Brasil, duvido muito que ficasse nessa configuração, certamente iriam diminuir até a metade esses mísseis Superfície-ar e esses 42 de defesa de ponto…
Gostei!
Lindo “brinquedo”! Umas três ou quatro dessas lá pra 2030, + umas 6 ou 8 Tamandarés…
Está aí os nossos “destroyers” rsrr….
Nada mal umas 3 belezuras dessas !
muito bom , bem armada , agora imaginemos o que poderia ser uma ( meko – 400 )
teria este mesmo armamento com mais quantidade , mais autonomia e mais capacidades.
.
porque uma marinha forte precisa não só de submarinos capazes , mas também
de navios capazes.
dizem que é o sonho do almirantado , vamos esperar para ver…!
Interessante navio para uma eventual segunda fase do projeto Tamandaré.
6 Tamandarés, 4 A-300 e fecha a conta!
Merecíamos mais, mas ainda assim teríamos a melhor frota de superfície do hemisfério sul.
Com 20% de redução do quadro de pessoal da MB até o final da década, isso seria possível e ainda sobraria dinheiro pra outras aquisições…
Da América Latina*, não se esqueça das 9 classe Hunter (Type 26) da Austrália. Mas com certeza estaríamos muito bem servidos! Acrescente uma boa flotilha de navios patrulha de 500t e navios de patrulha oceânica de 1700t e vamos estar em plenas condições de proteger nossas águas.
Realmente Matheus. A australia é a mais poderosa do hemisfério Sul e assim continuará. Não esquecendo que eles já possuem 3 novíssimos destroyer da classe Hobart.
Acredito que uma fragata da classe Tamandaré para cada DN mais uma adicional para DN com fronteira para países estrangeiros seja o ideal. E como eventualmente algumas entrarão em manutenção uma ou duas adicionais para cobrir os PMG’s.
Isto seria, na teoria, sustentável para um país como nossa quantidade de recursos naturais. Mas economicamente e administrativamente, não vejo como a MB possa manter esta frota, em conjunto com os submarinos da classe Riachuelo, e investindo ainda na TKMS e DCNS com mais encomendas.
Referente a primeira, estive e Itajaí a três semanas e, infelizmente, nenhuma obra no estaleiro iniciou. Segundo funcionários, o que existe é apenas “um” projeto.
Eu também sou da opinião que o próximo passo da parceria com a TKMS seria um navio baseado na A 300 de 5.500 ton.
Acredito que seria possivel a MB ter 8 FCT que e a previsão inicial destes navios e 4 A300.
A intenção da MB na época em que foi feita a escolha do projeto do consórcio Águas Azuis era de que pra década que vem poderíamos encomendar e construir localmente a A-400, que é uma evolução da F-125. Só que se já vai ser complicado financeiramente encomendarem mais 4 Tamandarés, imagina belonaves que deslocam mais de 7 mil toneladas…
Um colega lá em cima falou uma verdade: tudo isso seria possível se a Marinha do Brasil fizesse uma redução em seu quadro de pessoal. Olhe a Marina Militare, por exemplo. Equipamentos no estado da arte e em grandes quantidades pra proteger uma costa enorme, mas com menos da metade dos nossos 80.000 homens… O orçamento é gigantesco, mas os custos desse quadro inchado também são!