Frota poderá ser ampliada; plano da Defesa, porém, esbarra em problemas graves na Aeronáutica
O reforço da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) não deve se limitar a compra de 36 caças Gripen NG, da empresa sueca Saab, por US$ 4,5 bilhões, conforme anunciado anteontem pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. O plano do ministério prevê a aquisição de mais 100 caças nos próximos anos e, segundo informou ao GLOBO um militar da Defesa, a preferência será da Saab, vencedora da disputa pelas unidades que devem ser entregues até 2028.
O negócio dependerá, no entanto, do desenvolvimento do acordo relacionado estritamente ao lote de 36 unidades, cujo primeiro avião deve ser entregue em 2018. E, obviamente, da disponibilidade de caixa para ações militares. Hoje, por exemplo, enquanto o governo comemora o que classifica de grande realização, a FAB convive com alguns problemas básicos. Em recente audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, representantes da Aeronáutica traçaram um quadro dramático do sistema de defesa do país.
Das 624 aeronaves da FAB, 346 delas estavam paradas para manutenção. Ou seja, 55% da frota estava fora de serviço.
— O que foi dito é que faltava recursos até para abastecimento. Isso não é normal — disse o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores.
Orçamento pela metade
E, apesar dos novos desafios que se apresentam, o orçamento da área militar não deve sofrer grandes alterações em 2014. Enquanto a FAB contabiliza a necessidade de R$ 8,8 bilhões para despesas que excluem o pagamento de servidores, o valor disponível é de R$ 4,8 bilhões.
Para Ferraço, a compra do lote de 36 caças só foi possível porque a Saab ofereceu como vantagem o financiamento do negócio. O governo brasileiro só vai começar a pagar pelo primeiro caça depois de receber a trigésima sexta unidade.
O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, acredita que a Saab facilitou o negócio porque está de olho no mercado da América do Sul. Segundo ele, a partir da produção dos Gripen NG no Brasil, a Saab poderá ampliar seus negócios para outros países da região. O Brasil se tornaria uma referência positiva para a empresa.
Vencedora de uma das mais acirradas disputas da indústria militar, a Saab tem pressa em dar sequência as negociações. Na próxima semana, representantes da empresa devem chegar ao Brasil para começar a alinhavar com uma comissão da Defesa os detalhes do contrato da compra dos 36 primeiros caças. A partir daí, é que se definirá as obrigações para a tão almejada transferência de tecnologia.
Caça dos anos 70 vai operar
O governo decidiu comprar os caças Gripen NG no momento em que a frota de Mirage 2000 está para ser desativada. Os Gripen só devem começar a voar em cinco anos. Mas o ministro Celso Amorim afirma que, ainda assim, o espaço aéreo brasileiro está devidamente protegido. Para suprir a falta imediata dos Mirage, a Defesa deverá recorrer a 45 caças F-5, produzidos nos anos de 1970 e que passaram recentemente por processo de modernização. A FAB contaria ainda com mais 11 outros F-5, que também serão reformados. Se for necessário, a Saab deverá emprestar ao país caças C/D, as versões atuais do Gripen.
— Nós não estaremos desprotegidos. Ganharemos reforço significativo com a compra dos novos caças. Mas, até lá, há a possibilidade do uso dos F-5 e dos caças C e D da Gripen — disse Amorim.
Fonte: O Globo – Jailton de Carvalho
A questão dos outros 100 caças eu acho que vai ficar comoumacarta namanga, um trunfo brasileiro para forçar a SAAB a cumprir o prometido em relação aos montante de transferencia de tecnologia aoa Brasil! E não acho que a FAB, fechou asportas no futuro para outros acordo e negociações comoutros fabricantes, pois após esse primeiro passo com os suécos, terminada a entrega dos 36 caças, com certeza estaremos bem mais aptos a receber outras tecnologiasno nosso parque aero=industrial. Achoque essa seria uma boa estratégia e caso os suécos cumpram com o combinado não vejo motivo de não continuarmos essa boa parceria e desenvovermosanova geração do gripen que pode até ter dois motores!
Se os caças ainda nem foram fabricados, se, como dizem, o Gripen NG ainda é um caça “de papel”, como estarão obsoletos em 4 anos apenas, quando chegarão ao Brasil ????? Tem gente que fala demais………
Como parte do negócio, os suecos prometeram transferir mais tecnologia que os concorrentes. Segundo o diretor do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança (Cetris), o critério é passível de crítica. “Os novos aviões que já estão na linha de fabricação chegarão antes que possamos ter uma tecnologia madura”, afirma Salvador Raza, ressaltando que os caças suecos já estarão obsoletos quando chegarem ao Brasil.
Eu ainda estou feliz pela compra dos caças, tenho fé e acredito que tudo dará certo,pois temos pessoal capacitado para desenvolver o caça BR.
Por favor, alguém pode me dizer se “Salvador Raza” tem razão no que diz?
” Terão Preferencia” ?
Como assim?
Tirem este termo dai.
Preferencia nada. O complemento para mais 100 unidades devem ser fechados com a SAAB e pronto.
Este termo coloca em dúvida todo o trabalho e estudo que foi feito visando o menor custo de logística pretendido pela FAB e MB ao operarem a mesma plataforma.
Caso sejam abertos novos processos a concorrentes do mercado para uma aquisição de complemento, significa que o trabalho não foi sério e nem esta sendo.
Pelo amor de DEUS, outro frio na barriga como o longo tempo que esperamos, não é justo vir com “entrelinhas” nesta altura do campeonato.
amigos, se 36 caças demorou 16 anos para ser aprovado, 100 então pelas minha contas vai demorar mais uns 50 anos pelo menos !!! brincadeira, tomara que venham mesmo, pois logo os f-5 começam a dar baixa…
Amigo. Serão 124. Os 36 são o início de um futuro que espero, passe longe da mingua que a FAB passa hoje. Após os 36, outros lotes serão encomendados para ir suprindo a baixa gradual dos F5.
Boa tarde!
Mas então será na média de 124 para a FAB e para a Marinha quantos seriam em estimativas?