Por Luiz Padilha
Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente francês Emmanuel Macron, ocorreu hoje (27/3) a cerimônia de lançamento do submarino Tonelero ao mar.
O submarino Tonelero é o terceiro de quatro submarinos da classe Riachuelo e como o Humaitá, foi construído 100% no Brasil pela ICN – Itaguai Construções Navais, empresa criada para receber a transferência de tecnologia do construtor francês Naval Group.
Cerimônia
Presentes à cerimônia o alto comando da Marinha do Brasil, além da presença de ex-comandantes da Marinha, autoridades políticas e representantes de diversas empresas ligadas ao PROSUB, com destaque para o CEO do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet acompanhado do CEO of Naval Group do Brasil, Jerome Brocq.
O hino francês foi entoado pela banda da Marinha e na sequência o hino nacional brasileiro, para o grande momento da cerimônia. O batismo do submarino Tonelero!
A primeira dama Sra. Janja Lula da Silva, e o comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, se dirigiram ao dispositivo onde a primeira dama realizou a tradicional quebra da garrafa de champagne no casco do submarino.
“Eu te batizo submarino Tonelero. Que Deus abençoe este submarino e a todos os marinheiros que aqui navegarem!”
Após o batismo, o comandante da Marinha acompanhado dos presidentes Lula e Macron e pelo Ministro da Defesa José Múcio Monteiro Filho, acionaram o shiplift que colocou o submarino no mar.
Como o processo leva em média 30 minutos, foi a hora das autoridades discursarem, e foi o comandante da Marinha que iniciou a série de discursos agradecendo a presença de todos em um momento tão importante para a Marinha.
Em seu discurso, Olsen enfatizou a necessidade de mais investimento para a modernização dos meios navais para que programas como o PROSUB não sofram restriçoes orçamentárias prejudicando seu desenvolvimento.
Mais uma vez, destacou a importância da obtenção do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear, submarino que irá incrementar a capacidade brasileira de dissuasão e fazendo o Brasil alcançar estatura político-estratégica compatível com seu tamanho.
O comandante da Marinha na oportunidade, fez uma pequena, porém importante homenagem ao Almirante de Esquadra (RM-1) Alfredo Karam, submarinista como ele, que completará 100 anos em 2025.
Durante os discursos, os presidentes Lula e Macron conversaram bastante com a ajuda de um tradutor, provávelmente já alinhando o encontro em Brasília no dia seguinte. Espera-se que boas notícias surjam para o setor de Defesa aproveitando este momento tão especial para os dois países.
O Ministro da Defesa, José Mucio em seu discurso enalteceu a Marinha e a Indústria pela competência em tocar o PROSUB e que o lançamento do Tonelero é uma entrega do Estado brasileiro para a sociedade, destacando o número expressivo de empregos diretos e indiretos gerados pelo programa.
O presidente Macron em seu discurso afirmou que o submarino leva o nome de uma grande vitória que está gravada na memória brasileira. “Mais uma vez, Tonelero será sinônimo de uma vitória brasileira, mas pacífica, industrial, tecnológica. Incontestavelmente uma vitória”, reiterou o Presidente francês.
Para ele, esta é uma ambição que, em 2008, podia parecer desmedida, mas que surpreendeu com os resultados. “Vocês tinham razão de acreditar e nós tivemos razão de apoiar vocês. Este terceiro submarino é testemunha concreta daquilo que nossos países são capazes de realizar juntos, uma verdadeira parceria estratégica. Jamais compartilhamos tanto nosso know-how do que com o Brasil, e os impactos positivos deste estaleiro, em termos de empregos gerados, vocações suscitadas e universidades associadas vão além do que se pretendia: vão permitir multiplicar por dez seu alcance na superfície, muito além das profundezas submarinas”, garantiu.
Fechando a cerimônia, o presidente Lula lembrou os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países que serão comemorados ano que vem. Lula lembrou que 95% do comércio exterior transita pelo Atlântico Sul, onde existem recursos naturais e rica biodiversidade ainda inexplorados. Da Amazônia Azul, retiramos 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no nosso país, e a proteção desse patrimônio natural e a manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação são vertentes centrais da política externa brasileira. Ao longo dos últimos 150 anos, esses objetivos nacionais se tornaram realidade com apoio francês”, celebrou.
Colaboraram: Naval Group e Agência Marinha de Notícias
que bom que não quebraram a garrafa diretamente no domo carríssimo do Suibmarino. Colocaram antes uma cunha onde a garrafa é quebrada e o líquido espirra na cobertura cerimonial sobre o domo da proa…
MAS A MELHOR NOTÍCIA que eu espero é um adendo ao contrato atual para construção de mais 4 Riachelos convencionais… Para nos equipararmos aos Indianos que tem 9 submarinos Scorpènes…
P.S. É bom o Presidente Lula se comportar direitinho pois no vídeo fica bem claro que D. Janja tem um ótimo swing com aquela garrafa que se espatifou sem dó nem piedade….
A Muié não é fraca não…
O senhor Macron alfinetou os australianos e espanhoes com “verdadeira parceria estratégica”, ou só eu percebi isso? Lembrem-se que a Espanha também fez lambança com os franceses assim como os australianos tomando para si o Scorpéne, mas que não conseguiram colocar “seus” submarinos na água porque não poderiam voltar a superfície caso emergissem. Se dois países (europeus) passaram a perna neles outros dois países o ajudam: Brasil e Índia.
Parabéns, e que novos acordos sejam assinados.
O que será feito com toda a estrutura montada para fabricação dos 4 submarino? O investimento na qualificação de mão de obra especializada será tambem perdido?