Por Guilherme Wiltgen
A Marinha do Brasil publicou a Portaria Nº 37/MB/MD, datada de 17 de Fevereiro de 2023, dando baixa do serviço ativo da Armada o Submarino Timbira (S 32).
Esse é o primeiro Submarino da Classe Tupi a ser desativado, é baseado no projeto alemão IKL 209 da HDW (Howaldtswerke Deutsche Werft).
O Submarino Timbira foi o segundo submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao guerreiro Timbira da nação indígena do Maranhão.
O S 32 teve sua quilha batida em 15 de setembro de 1987, sendo lançado ao mar em 5 de janeiro de 1996 no Dique Flutuante Alte. Schieck, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), tendo como madrinha a Sra. Ruth Leite Correa Cardoso.
A cerimônia foi presidida pelo Almirante de Esquadra Mauro César Rodrigues Pereira, Ministro da Marinha ná época.
A Mostra de Armamento foi realizada no dia 16 de dezembro de 1996.
Abaixo, a portaria publicada no Diário oficial da União:
PORTARIA Nº 37/MB/MD, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2023
Dá baixa, do Serviço Ativo da Armada, no Submarino “Timbira” e dá outras providências.
O COMANDANTE DA MARINHA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos arts. 4° e 19 da Lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999, e o inciso V do art. 26 do anexo I ao Decreto n° 5.417, de 13 de abril de 2005, resolve:
Art. 1° Dar baixa, do Serviço Ativo da Armada, no Submarino “Timbira”.
Art. 2° Proceder à alienação do casco do ex-Submarino “Timbira”, na forma da legislação em vigor.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor em 28 de fevereiro de 2023.
MARCOS SAMPAIO OLSEN
O primeiro Comandante do Submarino Timbira foi o Capitão de Fragata José Carlos Juaçaba Teixeira e seu atual Comandante é o Capitão de Fragata Fábio Luiz Braslavsky Leite Malta de Oliveira.
Boa noite amigo Guilherme você sabe se o Tamoio está em provas de mar?
Obrigado
Abs.
Nossa força de submarinos até a chegada no Álvaro Alberto no início da próxima década, provavelmente, será composta por 4 unidades da Classe Riachuelo e o Tikuna, ou seja, serão mantidos 5 submarinos em operação.
Sei que NÃO há verba para isso, mas nos meus sonhos mais molhados a MB possuiria 8 SSKs e mais 4 SSNs pra década de 30. Seria uma força de muito respeito!
Torço pelo melhor pra MB e que o Álvaro Alberto saia dentro do (novo) prazo.
Senhores do DAN, o S-32 foi um dos que passaram por modernização?
Não.
…creio que foram capacitados à operar com os torpedos norte-americanos Mk.48 os submarinos Tupi, Tapajó e Tikuna.
Uma pena não podermos mantê-lo, li um comentário que o S-32 estava com uma avaria grave nos TT, não compensando seu reparo, devido ao alto custo.
Esse é o problema do Tamoio.
Assim sendo, Sr. Padilha, existe a possibilidade da utilização dos TT do Timbira no Tamoio, bem como outros suprimentos, visando uma revitalização, para seu retorno à ativa ?
Até onde eu ouvi, não, mas tudo pode mudar.
Será posto a venda por meio de leilão ? Qualquer particular poderá adquiri-lo após a mostra de desarmamento (considerando ter o valor pedido no leilão) ?
Tudo tem início, meio e fim, termina, acaba…, ruim pq os novos sub de origem francês vão substituir e não acrescentar e isto é grave pq existe a falta de “meios”, p uma marinha de guerra atuar de forma abrangente.
Os equipamentos deste sub eram feitos no Brasil ou na Alemanha?!…
Os EUA estudaram muito este sub qd o Brasil faziam os exercícios militares navais em conjunto…., abraços.
Com a baixa desse submarino se inicia o fim de uma era dos submarinos alemães. O fato da Marinha considerar a alienação do Timbira significa que o mesmo não está em suas melhores formas e que o inicio da operação dos Riachuelo veio em boa hora. Como a classe Riachuelo é muito melhor (e maior), até mesmo que o Tikuna, acredito que a baixa do Timbira não faz diferença do ponto de vista qualitativo e até mesmo quantitativo já que é dado baixa em um submarino antigo tendo em operação pelo menos um que lança míssil. Em outras palavras, sai um submarino da guerra fria e entra submarinos que dispara todos os tipos de armas do Timbira mais míssil.
TIMBIRA RIACHUELO
Torpedo Torpedo
Mina Mina
Missil
Fuzileiros e Grumec para ambos.
Então não vejo a retirada desse submarino como um problema pelo menos enquanto o Riachuelo estiver ativo. A título de comparação Roberto, os F5 são totalmente inferiores aos Gripen tanto que se 4 F5 der baixa tendo pelo menos um Gripen em plena operação seria trocar seis por meia dúzia do ponto de vista quantitativo, já que um Gripen vale por 4 F5 (pelo menos é o que disse um ex piloto da FAB que tem um canal no You tube).
O Meteor está para os Gripen como o Exocet está para o Riachuelo, por isso a retirada em operação desse submarino não deve fazer diferença. Isso mostra que quantidade, dependendo da estratégia adotada, não é relevante para um cenário tecnológico. A doutrina chamada “consciência situacional” e pouso em pista curta dos caças são exemplos de novas táticas e emprego de meios atuais, condição que o Timbira talvez não tenha capacidade de atender em relação aos meios navais. A Marinha precisa substituir a classe Tupi construindo novos “Riachuelos”, ou seja, colocando na ativa novos submarinos e não se preocupar mais com os Tupi e o Tikuna. Enfim, missão cumprida Timbira: descanse em paz!
Tentei fazer uma tabela entre o Riachuelo e o Timbira mas não eu certo. Mas a ideia era apenas mostrar que os mísseis do Riachuelo o colocam em vantagem a classe Tupi, demonstrando que a baixa do Timbira não tem o peso que alguns comentam.
André,
Bacana por se interessar pelo meu comentário, depoimento, desabafo…
O importante é participar, estar junto…
Existe um filósofo q ensina q quando você conhece a si mesmo, conhece o seu inimigo/adversário, e o campo de batalha, a sua vitória é certa…
Outra, qd se tem a ferramenta certa, você fará o trabalho direito…
Se você diminuir os equipamentos militares por fadiga, exaustão, danificado/avaria, obsolescência, na contabilidade é chamado depreciacao/amortização, terá q por outro logo no lugar, mas no caso do Brasil, a falta de equipamentos e armas militares novas e modernas é grande pelo tamanho e extensão.
Foi muito bem citado por você, q equipamentos e armas modernas são superiores às antigas, mas depende, se a outra parte tiver vontade, desejo, pode surpreender o adversário, exemplo, a guerra do Vietnan, Afeganistão…
A paz é o melhor caminho, e é melhor estar preparado p tudo e todos. A instabilidade contemporânea do mundo, e as riquezas do nosso país, obriga, o Brasil se preparar melhor, ou “previnir” p o futuro…, abraço.
“Os EUA estudaram muito este sub qd o Brasil faziam os exercícios militares navais em conjunto”
A autoestima… O incrível e supermoderno submarino baseado num projeto antigo, operado por várias marinhas e construído por um país integrante da OTAN. Fico imaginando o desespero no Pentágono com essa arma magnífica.
Essa aposentadoria não tá meio prematura não?
Devido ao fato de não ter tido sucesso na sua venda, e o que sobra do orçamento da MB para investimento e manutenção ser insuficiente, a lógica é mesmo dar baixa do mesmo, para que se possa ter suprimentos para os que estão ativos, assim como acontece com os meios de superfície, e tentar leiloar o casco, para desmanche.
Sr. Wiltgen, existe diferença entre baixa do serviço ativo e mostra de desarmamento ?
Koprowski,
Tem sim!
Quando se encerra a vida de um navio (nesse caso do submarino), ele é desincorporado por “Baixa do Serviço Ativo” da Esquadra. Posteriormente, há cerimônia de “desincorporação”, quando acontece a “Mostra de Desarmamento”.
Abs
Obrigado.
E quando chega nessa fase, ele ainda pode ser útil para outra marinha, ou já é depenado?
Erikson,
Salvo melhor entendimento, “alienação do casco” significa a desmobilização dos equipamentos e sucateamento.