O soldado brasileiro Geraldo Barbosa Luiz, 21, do Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Haiti, morreu na madrugada desta sexta-feira.
Segundo informou o Exército por meio de nota, o soldado disparou contra a própria cabeça com um fuzil dentro do quartel em Porto Príncipe. Ele foi encaminhado com vida ao hospital e morreu 45 minutos depois.
Antes de ir ao Haiti, o militar trabalhava no 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado em Ponta Porá (MS). Segundo o Exército, a família do militar já foi informada do fato e está recebendo apoio.
“As providências administrativas visando ao translado do corpo já foram iniciadas. Será instaurado um inquérito policial militar para apurar o fato”, diz a nota do Exército.
Em nome do governo, o Itamaraty lamentou o ocorrido. “O governo brasileiro lamenta, com grande pesar, o falecimento, no dia de hoje, do soldado. O governo brasileiro transmite suas manifestações de consternação e tristeza aos familiares do soldado pela perda pessoal que sofreram e reitera seu compromisso de longo prazo com o Haiti”.
Em janeiro de 2006, o general Urano da Matta Bacellar, então comandante das tropas da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), suicidou-se no hotel onde morava.
FONTE: Folha de São Paulo
No treinamento que essas tropas fazem aqui os soldados passam por algum acompanhamento psicológico e mesmo lá no Haiti . Não é todas as pessoas que suportam a pressão de ficar longe de casa bate a saudade a depressão o estres. Quando está longe de casa costuma se dizer o filho chora e a mãe não ver.
Caso terrível.
Na cidade onde moro já saíram dois contingentes para o Haiti e é possível ver a expectativa de parentes, com o esperado retorno do familiar ao fim da missão. Mas todos sabendo da responsabilidade e dificuldade da tarefa. O retorno é sempre festivo. Espero que, de alguma forma, os familiares do rapaz encontrem algo em que se confortar.
E achei positiva a postura da nota do Exército, divulgando a informação rapidamente. Só não gostei que citaram o nome do soldado. Já trabalhei com casos de suicídio e o que mais afeta os familiares é o transtorno que causa a divulgação do nome de quem comete tal ação. É uma perturbação sem fim.