Sob a liderança do comandante do submarino U-33, capitão de fragata Jens Grimm, começou no último dia 16 de Fevereiro, o exercício binacional “Smart Hunt 2015”.
Várias unidades alemãs e italianas estão juntas neste exercício. O objetivo deste exercício internacional é o de melhorar a cooperação entre submarinos, navios de superfície, aeronaves de combate e metas subaquáticas.
O início da primeira semana de treinamento foi muito tempestuoso. Mas isso não prejudicou a motivação e comprometimento das equipes. A cooperação entre as duas nações, com a fragata italiana Margottini e o submarino italiano U212 Scire e o alemão U212 U 33, o tender Main e do navio de pesquisa Planet foi desde o início com sucesso.
Já é possível falar de resultados positivos. Na primeira semana, muito esforço foi empreendido para a futura exploração de novos métodos de detecção. Para este projeto, foi utilizado o próprio navio de pesquisa alemão Planet. Estes novos métodos aumentam o alcance de detecção de submarinos muitas vezes. No entanto, isso requer um alto grau de coordenação no objetivo ao desenvolver nessa manobra.
Depois de cinco dias, o conteúdo científico da manobra foi concluído. Os resultados impressionou a todos e será de grande benefício aos participantes. À noite, o navio de pesquisa deixou a área do exercício e foi, com uma breve escala no porto de Catania, de volta para a Alemanha.
Agora, a fase tática da manobra começou. Cada equipe precisa mostrar o que podem fazer com suas unidades. É muito emocionante ver os resultados gerados e as conclusões das tripulações. Este será um exercício naval de elevado nível por causa da boa situação educacional de alemães e italianos. Depois dos sucessos iniciais das unidades de superfície em 22 de fevereiro ocorreu um pêndulo, que oscilou em favor dos submarinos. Por uma mudança significativa nas condições climáticas, com a velocidade do vento entre 40 e 50 nós, as unidades de superfície foram repetidamente atacadas pelos submarinos.
Todo mundo está ansioso para a segunda semana de manobra e da boa cooperação germano-italiana no Mar Jónico.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Bundeswehr-Deutshland
Exercício de alto nível
Muita informação de qualidade em exercícios desse tipo, com naves tão especializadas assim.
O Brasil deveria costurar acordos para exercícios navais fora do eixo da commonwealth, e treinar com França, Alemanha, Itália, Suécia, Rússia etc….ter várias experiencias mundiais e melhorar a doutrina da guerra naval moderna
Não vejo como um submarino possa realizar qualquer tarefa de uma escolta. O máximo que um submarino pode fazer é o lançamento de mísseis de cruzeiro contra alvos em terra ou caçar outros submarinos que ataquem a esquadra, nos dois casos com emprego bem diferente. Vale lembrar que submarinos convencionais não conseguem acompanhar os navios capitais que as escoltas devem proteger. Quanto aos SSNs, um Astute custa duas FREMMs.
Submarinos x escoltas. Esta é uma discussão muito interessante. O texto porém relata uma conclusão, a dos submarinos atacando, repetidamente, as escoltas. Espero que isto sirva de subsídio para o nosso MD tomar suas decisões. Li em algum lugar que a MB pretende ter 26 submarinos. Assim, o número de escoltas não precisa chegar a tanto. Algumas de suas funções pode ficar à cargo dos submarinos.
Ricardo,
Essa embarcações tem funções completamente distintas…
Um submarino não pode se defender de meios aéreos; e logo, não está preparado para combater na superfície. Assim, não pode fazer o trabalho de uma escolta. No que diz respeito a combate naval em si, submarinos são armas de negação do mar, e não de domínio do mar, posto que atuam predominantemente sob a água e estão normalmente limitados ao que seus sonares lhes revelam ( já que uma comunicação com a superfície é sempre intermitente, de modo que a consciência situacional é mais limitada )…
Escoltas, por outro lado, podem negar o espaço aéreo e realizar tarefas de esclarecimento de forma mais abrangente, cobrindo o espaço a sua volta com seus sensores mais performantes e exercendo ASW. Logo, estando munidas de helicópteros ASW, podem exercer o domínio da superfície do mar, sendo uma arma mais indicada para conferir proteção próxima vasos de alto valor, que navegam na superfície. Também são mais indicados para exercer vigilância sobre o tráfego comercial e zonas de interesse, pois mostram bandeira e se fazem presentes o tempo todo em que estão atuando na zona.
Em verdade, diria que ambos se complementam, cada um estando no seu papel…
Cito dois exemplo de uma provável cooperação:
– Numa operação de negação do mar ao trafego comercial, os submarinos podem ir a zonas de espera previamente designadas, sendo abastecidos com informações provenientes das escoltas quando for possível uma comunicação.
– Em uma missão de defesa de um comboio, as escoltas formam um circulo interno de defesa, e varrem o espaço com seus sensores e com os sensores de seus helicópteros, podendo, caso haja comunicação, designar alvos para submarinos, que acompanhariam o comboio num circulo externo de defesa. E se a situação exigir, a própria escolta engaja o alvo com seus mísseis ou com torpedos, usando preferencialmente seus meios aéreos.
Lindo esse submarino U212