Por Nick Allen e Edward Malnick
A Marinha Real (Royal Navy), poderia se expandir para o ártico canadense em um esforço para conter os rivais estratégicos Rússia e China.
O general Sir Nick Carter, chefe do pessoal da defesa, disse que o Reino Unido estava “interessado em cooperar” com o Canadá para aprender a lutar no frio, no monitoramento do gelo derretido e, “ajudando no que o Canadá precisa fazer como país ártico”. Ele fez os comentários na sequência do Pacto Aukus sob o qual os EUA e o Reino Unido fornecerão a tecnologia para submarinos movidos a energia nuclear à Austrália.
O envolvimento britânico maior no Ártico seria visto como uma maneira de conter a Rússia e a China, na região, continuando o realinhamento pós-Brexit da nova política externa da Grã-Bretanha. O Ártico é visto como uma prioridade estratégica devido as rotas de transporte e valiosos recursos naturais.
Em março, um vídeo do Kremlin mostrou três submarinos quebrando o gelo vindo a superfície com 1.000 pés de distância um do outro, e a Rússia vem modernizando suas bases da era da guerra fria.
Em uma entrevista com a Canadian Broadcasting Corporation (CBC), Nick disse: “Temos capacidades militares no domínio marítimo e certamente nossa ciência seria útil para o Canadá, e operar ao lado do Canadá vai ser bom para ambos os países”. Ele estava falando antes que o acordo Aukus fosse a público.
O Canadá tem apenas submarinos diesel elétricos, comprados do Reino Unido na década de 1990, que não podem operar por longos períodos sob o gelo ártico.
Um relatório do Instituto MacDonald-Laurier disse que o controle do Canadá de seu vasto domínio marítimo seria testado nos próximos anos e “questões sérias permanecerão” sobre se ele terá submarinos prontos quando necessário, entre 2036 e 2042.
A Grã-Bretanha tem uma base de treinamento em Suffield, ao sul de Alberta,, mas fica a mais de 1.000 milhas ao sul do círculo ártico.
Rob Huebert, um especialista em segurança do Ártico da Universidade de Calgary, disse à CBC: “Não temos a capacidade de engajar submarinos russos ou submarinos chineses no Ártico, se isso se tornar uma realidade. Essa é a capacidade que os britânicos trariam para o Ártico”.
Um porta-voz do Ministério do Defesa disse que iria “continuar a trabalhar com todos os nossos aliados, incluindo o Canadá, para conter as ameaças a nossa segurança.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE:
Acredito que a fala do general possa ser interpretada como um convite aos canadenses para se juntarem ao projeto australiano. Se os australianos podem, certamente os súditos americanos de vossa majestade também podem.