Por Luiz Padilha
Após o anuncio feito pelo Secretário de Defesa inglês que confirmou no Parlamento que cinco navios de guerra da Marinha Real (Royal Navy), serão desmanchados como uma medida de economia de custos, surgiram especulações de que haveria um acordo junto à Marinha do Brasil, que estaria interessada no LPD HMS Bulwark, porém essa informação não foi confirmada, nem pela Royal Navy nem pela Marinha do Brasil.
No ano passado também surgiram rumores de que a Marinha do Brasil teria analisado a aquisição de um dos navios tanque da classe Wave da Royal Fleet Auxiliary (RFA), porém, a aquisição não se concretizou.
O fato da Marinha do Brasil ter adquirido o ex-HMS Ocean, hoje NAM Atlântico, pode fazer com que navios que realmente são interessantes para a Marinha do Brasil, sejam especulados e convenhamos, um Navio Tanque com as capacidades da classe Wave e um LPD como o HMS Bulwark, cairiam como uma luva na nossa esquadra.
Um ponto interessante é que o HMS Bulwark está equipado com o Radar Artisan 3D e com o Combat Management System (CMS) DNA2 da BAE Systems, que equipam o NAM Atlântico da Marinha do Brasil. Atualmente a Marinha do Brasil possui um contrato de manutenção junto à BAE Systems para manter em operação o radar Artisan 3D e seu CMS.
Mas… (sempre existe o mas), existem muitos fatores que precisam ser analisados antes de se fechar a aquisição de navios com mais de 20 anos de uso (ambos navios mencionados possuem 24 anos de uso).
- Custo de aquisição;
- Estado atual do navio;
- Custo para colocar o navio em condições operacionais;
- Espectativa de vida útil do navio e
- Custo de Manutenção do navio
Os fatores colocados acima não são os únicos que uma Marinha interessada deve observar, pois o estudo para aquisição é muito mais complexo.
Dos fatores mencionados, o custo de manutenção do navio é no meu ponto de vista o mais importante, pois é ele que determinará se a aquisição terá o custo/benefício que a Marinha interessada terá. De nada adianta adquirir um navio que para se manter operando junto à esquadra, irá absorver “rios de dinheiro” do orçamento da Marinha interessada.
Isso posto, se a Royal Navy realmente estiver interessada na venda desses navios, e suas condições atuais estiverem dentro do nível considerado “aceitável”, se a Marinha do Brasil possuir condições para adquiri-los, será um grande incremento na capacidade operacional da esquadra brasileira.
Agora, só nos resta aguardar para ver se esta aquisição se tornará realidade ou os navios serão realmente escrapeados/desmantelados pela Royal Navy.
Não, obrigado.
Foco em novos navios e negócios com Indianos e Chineses.
Bom.dia.
A aquisição do HMS Bulwark me parece interessante, o problema é o custo de manutenção de um NDD deste porte.
A RN gasta ,9 milhões de libras por ano para ele ficar PARADO. Quanto será seu custo de operação?
Já o Wave é um trambolho de 30.000 toneladas, fora da realidade e da necessidade atual da MB. Um Napalog com metade do seu descolamento estaria de bom tamanho.
O foco hoje são escoltas que vamos ficar sem nenhuma e Napaocs.
O Brasil em hipotse alguma deve comprar, ou mesmo pensar nessa possibilidade. Nossas forças não devem ser sucata da Europa. Está na hora de investir nos estaleiros nacionais, somos plenamente capazes de não apenas fabricar, mas também desenvolver esses tipos de embarcações, somos capazes até mesmo de fazer navios mais complexos, como porta-helicópteros, porta-aviões e destróires, simplesmente basta investir. Já possuímos um dos maiores orçamentos do mundo, mas boa parte dele é apenas para pagar regalias, muitas dessas herdadas da ditadura, é urgente uma investigação de corrupção nas forças bem como uma reforma geral, para ontem
Simples assim: “basta investir”. Tá e cadê o tal investimento? O “mento” aqui é outro, chamado contigenciamento! É mais fácil o governo construir mais 12 estádios do que comprar dois desses navios cogitados. Afinal, se preocupar com soberania nacional não dá voto. Não se trata de capacidade e sim de vontade política (e porque não militar!).
É claro que seria bem melhor construir essas categorias de navios, mas a realidade nacional não vê dessa forma. E o nosso foco deve ser na realidade e o conceito de sucata é uma cultura muito persistente nos participantes de site de defesa. Se fossem navios novos haveria outra crítica.
Resumidamente é isso Marcelo: vivamos a realidade, essas pretensões patrióticas são importantes mas não tangíveis. Em outras palavras, quem não teve Prosuper também não terá produção em estaleiro nacional de qualquer categoria. As Tamandaré são premio de consolação, do tipo “se quiser”.
Como se diz por aí, “quem tem um, não tem nenhum. Quem tem dois, pode ter um”.
São 4 navios cujos custos serão invariavelmente muito abaixo do que a MB teria que arcar se fossem novos, como projetado no atual planejamento naval até 2040.
Sejamos honestos. O dinheiro que a MB tem, ou pode ter, em diálogo com o governo, para a aquisição e\ou modernização desses navios é fácil de arrumar. Basta utilizar os argumentos certos.
E para a politicagem tupiniquim o argumento mais certo é: o que eu ganho com isso.
Dinheiro o Brasil tem só q é mau administrado, exemplo:
As reservas em dólares são muito mais altas q dos outros países,
O próprio presidente do banco central disse na imprensa q o Brasil precisa de reformas administrativas,
Se a taxa de juros, selic fosse mais baixa, atrairia pessoas q queiram fazer empreendimentos como empresas, lojas escritórios e assim geraria mais empregos e tiraria pessoas do bolsa família ou bolsa- bolsa….
O Brasil paga altos valores de juros p investidores interessados em ganhar dinheiro fácil aqui….
No governo do presidente Fernando Henrique, q fez o Real, os economistas diziam q a taxa de câmbio ou dólar tem q ser 1×1, fiscais do governo multaram estabelecimentos q cobravam preços altos e q produziam inflação….
Então, existem várias condições p surgir ou melhor aproveitar os recursos financeiros no Brasil e assim da p investir na defesa e imagem do país.
Abraço
Miséria atrai Miséria….
Tem q pensar grande, p atrair coisas grandes e boas….
Com equipamentos militares novos modernos e atualizados, eleva o moral da tropa e deixa de ser militares da caverna ou pré históricos por terem armas e equipamentos antigos e ultrapassados….
O Brasil faz parte do grupo brics, e muitos países do grupo têm bons equipamentos e armas novas e modernas, e não podemos ficar p trás…
“Quando se é convidado p um casamento ou festa ou reunião tem q ir bem vestido….”, no caso das forças armadas, elas representam a imagem delas e do país.
Abraço
Para mim, o Brasil por ter uma imensa costa litorânea, deveria ter no mínimo 2 portas helicopteros convencionais e 2 nucleares. Um porta aviões nuclear, e no mínimo 2 fragatas pesadas nucleares, fora os sub nucleares e também um navio de desembarque nuclear.
Os portas helicopteros, porta aviões e o navio de desembarque, funcionariam como bases flutuantes a longa distância da costa, com tripulações reduzidas.
Em casos de exercícios navais, a longas distâncias e por serem embarcações grandes e pesadas o consumo e gasto com ” combustível fóssil “, seria nulo ou baixo e dispensado navios de auxilia ou tanque.
Penso assim, penso no futuro, e o ciclo atômico no Brasil tende a evoluir se fizer bons acordos com outras nações como Rússia, China e Índia por exemplo.
Abraço
O Brasil teria a única Marinha do mundo a operar navio de superfície como fragata, navio de desembarque(?), porta-helicoptero nuclear sem nenhum interesse territorial além das 200 milhas náuticas A TROCO DE QUÊ?
Quando falam que submarino nuclear fica 20 anos sem abastecer, ele ainda emerge pra encontrar os navios logísticos em alto mar. Militar também come, precisa de remédio etc. Talvez você não tenha se atentado a esse detalhe. Se não precisa da frota logística porque tão muito próximos da costa, então não precisam ser nucleares pelo mesmo motivo.
Seria uma frota nuclear muito maior que a da Índia (PIB maior que o Brasil, razoavelmente maior, com mais gente pra dividir essa conta), um país que já domina essa tecnologia há mto mais tempo (a parte de desenvolvimento é a mais cara, mas a manutenção da tecnologia nuclear é muito cara também).
Energia por combustível fóssil é muito mais barata que energia por combustível nuclear. Não é porque a pastilha é pequena que ela é barata. Pra ela chegar naquele estado, muita gente especializada e muita máquina cara passou por ali. Fora a manutenção de todo o processo que é feito por gente muito especializada com conhecimento muito restrito.
Se energia nuclear fosse barata, todo mundo usaria usina nuclear. Não é só medo de desastre Chernobyl não. Antes de 86 já era caro (e continua até hoje).
Aliás, raramente um país muito pobre vai ter uma usina nuclear nele (que pode ser comprada). Vai ter de carvão, óleo, gás.
Mas, enfim. Discordo da sua opinião.
Na minha ótica, o Brasil deveria rejeitar estas embarcações velhas (+ 20 anos), e fazer encomendas de navios grandes novos modernos, atualizados, de estaleiros chineses, personalizados a gosto, ou franktein.
O saldo da balança comercial entre Brasil e China favorece a nós e assim ficaria fácil fazer as transações e pagamentos.
Os chineses são ligeiros nas construções, menor tempo de entrega.
A China faz parte do brics, e isso garantiria boas relações entre as partes p acordos e negociações futuras.
Namastê
Abraço
Cerca de 01 ano atrás o ministro da Defesa britânico veio ao Brasil assinar um contrato de financiamento de 1 bilhão de libras. Quem sabe já não está tudo devidamente acertado para a aquisição desses navios?
Havia sido aprovada a modernização do NT GM. Com seu cancelamento, o valor alocado deve custear a aquisição do Wave.
What?
Resumindo, são navios necessários para a mb, porém como ressalta a matéria, tem que se levantar os custos totais envolvidos. O Atlântico foi um caso a parte porque estava recém modernizado, estes aí não.
E o mais necessário atualmente é direcionar verbas para um segundo lote de Tamandarés, mais Scorpene e os Navios Patrulha de 500 e 1.500 Ton.
Um Navio Tanque com as capacidades da classe Wave e um LPD como o HMS Bulwark, cairiam como uma luva na nossa esquadra.
Você total razão,ajudaria muito a repor as baixas de navios e manter a MB operacional .
Se o governo e a marinha se esforçar da para comprar parcelado sem atrapalhar o governo e a MB.
Só o Wave Ruler seria interessante…
Definitivamente e uma oportunidade de ouro para a Marinha , soluciona 2 problemas/lacunas com uma compra so…. NDD e NT …so temos o ”Bahia” e o ”NT GM’ ,esse ja bem envelhecido … 2 NDDs + pelo menos 1 dos ”Wave” , dinheiro se arruma com financiamento externo . novo ? esquece nessa geração
É na verdade a oportunidade perfeita para o Chile e o Brasil homogeneizar as frotas de LPD com um vendendo um navio da classe Froude e assumindo essa classe. Ficando assim um com a classe Froude e o outro com a classe Bulwark…
Um navio tanque desse nível seria excelente pra MB.
Uma oportunidade de ouro assim pode não passar novamente em nossa porta…
Quem se lembra das duas FREMM novinhas oferecidas pela Itália ao Brasil no início de 2019 a 1,5 bilhão de euros?
Num acordo governo a governo isso teria sido parcelado em trocentas parcelas ou pago em commodities. Neste momento a MB estaria confortável com 2 fragatas pesadas e aguardando com tranquilidade a entrega das 4 Tamandarés…
Para uma marinha como a brasileira que tem no CFN uma de suas principais tropas profissionais estes dois navios seriam essências, principalmente se considerarmos que o Matoso Maia foi retirado de serviço no final do ano passado e o Almirante Sabóia já conta com quase 60 anos de serviço e deverá sair de serviço em breve. Além disso o navio tanque Gastão Motta possui imitações operacionais por ser um navio de casco simples e já conta com cerca de 30 anos de serviço… Então a possibilidade de contar com navios com cerca de 20 anos construídos nos anos 2000, seria um avanço enorme para a MB. Ainda mais ambos se tratando de unidades polivalentes com grande capacidade de apoiar tanto operações militares típicas como de defesa civil… Penso que valeria o esforço do governo em arranjar o dinheiro necessário haja vista que estes navios da RN costumam ser excelentes compras de ocasião.
Dispenso. Foco nas fragatas tamandare, não comentam o mesmo erro do almirante britânico que tentou colocar o chapéu onde a mão não alcança e agora está nessa aí….
Dispenso o dispenso! (“cancelem o cancelar”) – não é só de navios de combate que se opera uma Esquadra Dodô, tanto os navios escolta como o Bahia e o Atlântico [e supostamente um dos navios Bulwark] precisam de apoio logístico. Os próprios submarinos podem precisar de ajuda de um navio destinado a apoiar a frota com ou sem o uso do Guilobel. Lembrei do Kursk em que foram empregados até o Kiev.
Caso o Atlântico seja convidado a participar de um exercício internacional ele precisará desse acompanhamento. E se ocorrer uma crise como a do Rio Grande do Sul a ajuda humanitária que um navio do porte do Wave (ou o próprio Bulwark) seria de grande importância. Lembrando que o Atlântico está em estado de PMG, se acontecer uma calamidade que exija ajuda desse navio ele não estará a disposição mas tendo os 2 navios cogitados e o Bahia a indisponibilidade do Atlântico seria compensada. Em outras palavras: ter 1 navio é o mesmo que não ter; tendo 2 teríamos 1 sempre. No caso do Guilobel se ele também precisar entrar em PMG o Wave precisaria apoiar a frota submarina convertendo algum espaço do convés para operações próprias para apoio de submarino.
Enfim, considero indispensáveis esses navios.
Boa noite Padilha esses navios se vão pra desmanche a RN deve vender a preços acessíveis para MB?
Obrigado
Abs.
Quem sabe?
Dinheiro 💰 ,
Não tem dinheiro
Será que vocês são Zé Ruelas ?
Dinheiro tem pra “outras prioridades”…….