Por Coronel Frederico Caldas
A menos de um ano da realização das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016, o infame atentado que fez 129 mortos e 352 feridos em Paris deve elevar o nível de alerta para as autoridades brasileiras responsáveis pela segurança dos Jogos.
A marcha crescente do terrorismo, em nível global, demonstra a complexa gravidade que envolve o cenário internacional para os próximos anos. Com a ascensão e fortalecimento do Estado Islâmico no Oriente Médio, com suas práticas de “terrorismo ostentação”, o mundo se vê diante de seu maior desafio no século XXI, ainda maior do que a crise econômica e as preocupações com o meio ambiente: construir um sistema transnacional antiterror capaz de conter atos cada vez mais sofisticados e surpreendentes.
Como é sabido, o Brasil não tem histórico de ações terroristas, embora se suspeite da existência de um núcleo ligado a extremistas na região da tríplice fronteira. Dado o seu caráter pacífico, o país não apresenta, a priori, qualquer indício de que possa ser alvo de atentados semelhantes aos perpetrados na capital francesa. Também pudera. Já temos problemas demais com a violência da criminalidade urbana no Brasil.
Há, contudo, um fato capaz de mudar esse cenário: a realização do maior evento do planeta no próximo ano, aqui no Rio de Janeiro – as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016. Por reunir num período tão longo de competições autoridades, milhares de turistas, 15 mil atletas de 206 países e, sobretudo, a imprensa internacional, um megaevento acaba por se transformar no maior e mais importante palco para ações de terror, dada a sua visibilidade, ainda mais abrangente em tempos de redes sociais. Somente na cerimônia de abertura, no dia 5 de agosto, em torno de cem chefes de estado e de governo têm presença confirmadas.
Durante as Olimpíadas de Munique, na Alemanha, em 1972, houve a primeira demonstração dos riscos de um grande evento. O atentado terrorista na madrugada de 5 de setembro de 1972, quando o grupo Setembro Negro, ligado à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), invadiu a Vila Olímpica e sequestrou nove integrantes da delegação israelense, inaugurou a era do pensamento estratégico para a segurança de grandes eventos.
Por isso, é fundamental que não só as autoridades brasileiras façam de maneira adequada o seu dever de casa, mas é preciso também uma elevada dose de participação popular. Em razão da ausência de casos de terrorismo no Brasil, as pessoas não têm enraizada uma cultura e desconhecem protocolos capazes de despertar a suspeição de um veículo ou objeto que possam ser utilizados para ações de terror.
O exemplo de Nova York é revelador: na madrugada do dia 2 de maio de 2010, a Polícia de Nova York desarmou uma bomba que estava dentro de uma van estacionada na região de Times Square, entre a Rua 45 e a 7ª Avenida. Um vendedor que trabalhava na região avisou à polícia, depois de ver fumaça saindo do veículo. No interior da van havia cilindros de gás propano e galões de gasolina, assim como fogos de artifício. Certamente, uma tragédia de proporções incalculáveis foi evitada. É preciso preparar um cidadão comum para identificar uma eventual ameaça, mas devo admitir, contudo, que o equilíbrio entre o estágio de atenção e a paranoia nem sempre é algo fácil de exigir da sociedade.
É fato que o Brasil organizou com particular êxito grandes eventos nos últimos anos: os Jogos Mundiais Militares, em 2011; a Rio + 20, em 2012; a Copa das Confederações e a visita do Papa Francisco, em 2013, e a Copa do Mundo de 2014, foram experiências bem sucedidas em termos de segurança e credenciam o país a receber o maior evento do mundo com boa dose de credibilidade. Mas também é indiscutível que o cenário internacional mudou drasticamente nesse ano em termos de terrorismo.
Assim, o governo brasileiro deve colocar as ações antiterror no patamar de prioridade absoluta, consolidando a rede de compartilhamento de informações de Inteligência e de cooperação internacional dos organismos policiais. É certo que o plano de segurança já formulado precisa ser revisado. Os protocolos estabelecidos nos três eixos – Segurança Pública, Defesa e Inteligência – devem ser intensificados e receber os ajustes necessários, assim que os detalhes dos atos terroristas em Paris forem analisados.
Um grande desafio será promover a necessária integração entre a Polícia Federal, as Forças Armadas, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e as polícias estaduais, para que façam um compartilhamento de informações nem sempre alcançado, fruto da conhecida disputa por aporte de recursos e poder. Não duvido de que os investimentos em intercâmbio internacional, capacitação de pessoal e aquisição de programas e equipamentos sejam adequados, mas temo que a falta de experiência em um cenário de riscos tão elevados possa potencializar as nossas vulnerabilidades.
Coronel Frederico Caldas, MBA em Gestão da Segurança Pública, pela FGV/RJ e Pós-Graduado em Gestão da Segurança nas Organizações, pela Universidade Estácio/RJ
FONTE:Linkedin Pulse
Temos tropas preparadas, pessoal técnico e equipamentos de última geração, os EUA, França e Espanha também tinham e deu no que deu.Somos a única nação da América Latina que possui tropa qualificada para situações de guerra QBN,confio em nossas Forças Armadas que serão as responsáveis pela segurança das olimpíadas.
Temos tropas preparadas, pessoal técnico e equipamentos de última geração, os EUA, França e Espanha também tinham e deu no que deu.Somos a única nação da América Latina que possui tropa qualificada para situações de guerra QBN,confio em nossas Forças Armadas que serão as responsáveis pela segurança das olimpíadas.
Eu definitivamente não boto Fé na politica de segurança e contra terrorismo do Brasil , já prenderam gente ligada a Al-Qaeda no Brasil (entre eles um libanês) , este ano a policia Federal prendeu 6 pessoas em SP supostamente ligadas ao Estado Islâmico que inclusive foram soltas por não termos lei anti-terror….o Brasil corre sim risco!
Eu definitivamente não boto Fé na politica de segurança e contra terrorismo do Brasil , já prenderam gente ligada a Al-Qaeda no Brasil (entre eles um libanês) , este ano a policia Federal prendeu 6 pessoas em SP supostamente ligadas ao Estado Islâmico que inclusive foram soltas por não termos lei anti-terror….o Brasil corre sim risco!
Não tenho dúvidas de que até o encerramento das olimpíadas todos os protocolos conhecidos pelas autoridades mundiais acerca de combate as ações terroristas estarão à disposição das autoridades brasileiras responsáveis pela segurança nos mais diversos locais onde ocorrerão os eventos e nas cercanias dos hotéis, pousadas, aeroportos, portos, shoppings centers, etc,etc.
Mas nunca é tarde para lembrar que é o Brasil o país que sediará as olimpíadas e o Rio de Janeiro é apenas o epicentro do evento, portanto os demais Estados da federação não estarão isentos de um potencial atentado terrorista, o terrorismo não tem limites geográficos ou fronteiriços. É preciso que a população esteja muito atenta em todas as capitais e cidades importantes, principalmente onde houver concentração de massa popular para assistir aos jogos ou realizar comemorações. Não se trata de promover o pânico coletivo ou infundado, mas de se adotar uma postura coletiva prospectiva no sentido de se promover uma consciência crítica de autoproteção e gerar um efeito sinérgico. Tanto faz um atentado no Rio de Janeiro como em Vitória (ES) ou em Manaus, o Brasil teria o seu nome inscrito no livro negro da mesma forma e de quebra ainda arrastaria a todos para a mesma guerra. Portanto, brasileiros e autoridades, acautelai-vos!!
Nós seremos atacados nas olimpíada
eu tambem to achando que as chances de um ataque são grandes nas olimpiadas, nossos aeroportos tem uma segurança ridicula, nem scaner possuem.
Só não pode contratar o motorista do Papa que se perde no Rio.
kkk
Não tenho dúvidas de que até o encerramento das olimpíadas todos os protocolos conhecidos pelas autoridades mundiais acerca de combate as ações terroristas estarão à disposição das autoridades brasileiras responsáveis pela segurança nos mais diversos locais onde ocorrerão os eventos e nas cercanias dos hotéis, pousadas, aeroportos, portos, shoppings centers, etc,etc.
Mas nunca é tarde para lembrar que é o Brasil o país que sediará as olimpíadas e o Rio de Janeiro é apenas o epicentro do evento, portanto os demais Estados da federação não estarão isentos de um potencial atentado terrorista, o terrorismo não tem limites geográficos ou fronteiriços. É preciso que a população esteja muito atenta em todas as capitais e cidades importantes, principalmente onde houver concentração de massa popular para assistir aos jogos ou realizar comemorações. Não se trata de promover o pânico coletivo ou infundado, mas de se adotar uma postura coletiva prospectiva no sentido de se promover uma consciência crítica de autoproteção e gerar um efeito sinérgico. Tanto faz um atentado no Rio de Janeiro como em Vitória (ES) ou em Manaus, o Brasil teria o seu nome inscrito no livro negro da mesma forma e de quebra ainda arrastaria a todos para a mesma guerra. Portanto, brasileiros e autoridades, acautelai-vos!!
Nós seremos atacados nas olimpíada
eu tambem to achando que as chances de um ataque são grandes nas olimpiadas, nossos aeroportos tem uma segurança ridicula, nem scaner possuem.
Só não pode contratar o motorista do Papa que se perde no Rio.
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