A Minustah, iniciada em 2004, após um levante derrubar o então presidente Jean Bertrand Aristide, foi comandada militarmente pelo Brasil em toda sua duração.
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove, nesta quarta-feira (25), uma audiência pública para discutir a situação do Haiti após a conclusão da missão das Nações Unidas de estabilização daquele país.
O objetivo do debate, proposto pela presidente do colegiado, deputada Bruna Furlan, é fazer um balanço dos 13 anos da presença das Forças Armadas brasileiras na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). No dia 31 de agosto, o Brasil terminou sua participação na missão, encerrada oficialmente pela ONU no dia 15 de outubro.
“O Brasil exerceu o comando da missão durante todo esse período e empregou mais de 37 mil militares em operações de manutenção da paz, mas também de caráter humanitário, prestando auxílio às vítimas de furacões e do terrível terremoto de 2010, que vitimou mais de 300 mil pessoas”, ressaltou a deputada.
O assunto será discutido com o general Ajax Porto Pinheiro, que atuou em duas oportunidades no Haiti. Primeiro, como comandante do batalhão brasileiro, e, por último, como líder das tropas da ONU no terreno. “Coube ao oficial brasileiro implementar a transição entre as forças de paz das Nações Unidas e o contingente civil que assumiu com o objetivo de proporcionar a completa estabilidade política e jurídica do Haiti”, disse Bruna Furlan.
Para a deputada, o Brasil imprimiu novo modelo de missão de paz, muito mais humanista e voltada ao resgate da dignidade do povo haitiano. “Não por acaso, o Brasil tem sido objeto de consultas permanentes por parte da ONU para atuar em outras frentes de conflito no mundo”, acrescentou a parlamentar.
O debate está marcado para as 9 horas, no plenário 3.
FONTE: Câmara dos Deputados