Por Rodrigo Vizeu
Programa da embaixada britânica já levou mais de 20 às ilhas, entre deputado federal, servidores e acadêmicos Segundo embaixador, intenção é mostrar realidade local, e não “chatear” a Argentina, que reivindica território.
Um programa do Reino Unido seleciona brasileiros para conhecer as ilhas Malvinas ou ilhas Falkland, como as chamam os britânicos. Mais de 20 brasileiros já fizeram a viagem, entre eles um deputado federal, servidores do Congresso Nacional, jornalistas e acadêmicos. O programa não se restringe a brasileiros, incluindo personalidades de outros países latino-americanos, como Chile, Uruguai e Paraguai.
A intenção, diz o embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, é aproximar as ilhas dos países da região e aumentar o conhecimento sobre a realidade local, e não promover a tese da soberania britânica ou fustigar a Argentina.
Território britânico desde o século 19, as Malvinas são reivindicadas pela Argentina, que foi derrotada em guerra em 1982. Em 2013, os habitantes das ilhas votaram quase unanimemente por ficar no Reino Unido.
O assunto tem papel central na retórica da presidente Cristina Kirchner, com ônibus que estampam a frase “as Malvinas são argentinas” e notas de peso exaltando a soberania argentina.
Os dois governos trocam constantes acusações sobre o tema. Na semana passada, a TV argentina divulgou um plano de espionagem britânica para monitorar ações argentinas sobre as ilhas. A embaixada britânica em Brasília não confirma nem nega.
Programação
As viagens brasileiras às Malvinas começaram em 2012. Com tudo pago pelo Reino Unido, os escolhidos ficam uma semana nas ilhas, onde se encontram com líderes locais, empresários e cidadãos comuns.
Neste ano, a embaixada conseguiu levar o primeiro deputado federal brasileiro. Celso Maldaner (PMDB-SC) diz que antes não tinha posição sobre a soberania das Malvinas, mas que hoje apoia o Reino Unido (leia ao lado).
Também viajaram assessores dos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Ana Amélia Lemos (PP-RS).
Segundo Gustavo Bernard, assessor de Ana Amélia, a viagem “ampliou horizontes”. “O discurso da Argentina é muito forte na América do Sul. Quando você vai à ilha, tem outra visão”, diz. “Agora, isso gera desentendimentos porque mexe com assunto tratado com aquela coisa da paixão argentina.”
O consultor do Senado Joanisval Gonçalves, que assessora senadores na área internacional, conta ter confirmado percepção de que ali vivem britânicos com instituições do país e vínculos com o Reino Unido, mas que “ainda que súditos de Sua Majestade, vivem na América do Sul” e “gostariam de estreitar relações com os vizinhos”.
Outro participante, o professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel, diz que “facilita o trabalho dos ingleses” o contato que os visitantes têm com a população comum. “Há uma sociedade que claramente não quer que a Argentina controle as ilhas”, afirma ele, que afirma ser neutro em relação à polêmica da soberania.
Stuenkel diz considerar o programa “muito bem pensado”. “É muito melhor que o David Cameron [primeiroministro britânico] pedir à Dilma que o Brasil mude de posição. Isso não vai acontecer. Uma boa relação com a Argentina é muito mais importante que com a Inglaterra. Então, essa estratégia é o que eles podem fazer.”
De baixo para cima
O embaixador Alex Ellis diz que as visitas são um pedido das ilhas, que querem se aproximar da região e aumentar trocas comerciais e científicas. “Não é para fazer fanfarra sobre soberania, nossa posição é muito conhecida, e a da Argentina, também.”
Ellis diz que o Itamaraty não foi convidado (a posição brasileira é de apoio à Argentina). “Achamos melhor uma abordagem um pouco mais “bottom-up” [de baixo para cima], em áreas específicas onde possa haver interesse”, diz, citando a experiência brasileira em petróleo. Convidados são escolhidos, diz, por ligação com a área internacional ou com Estados próximos das ilhas.
Procurado, o Itamaraty não respondeu à reportagem sobre a estratégia britânica até a conclusão desta edição.
FONTE: Folha de São Paulo
Celso, não sou versado em questões de política internacional e especificamente na questão da disputa pelas Ilhas Falklands ou Malvinas, mas gostaria de ressaltar que o comentário que postei é isento de parcialidade, de preconceito , servilismo e ufanismo exacerbado.
O foco do meu comentário, enquanto cidadão Brasileiro, é o de realçar a atenção para uma
reflexão sobre uma possível evolução da situação diplomática para um conflito armado, mais uma vez na AS, como o ocorrido em passado recente.
Há julgar pelo seu comentário, embasado na sua bolinha de cristal rsrs, esse cenário estaria totalmente descartado de suas projeções. Garoto, eu? – ora meu omnisciente estrategista, quando da ocorrência do primeiro conflito armado, a população da ilha era outra, as defesas militares eram outras, as alianças políticas atuais e o os interesses comerciais ditam um novo rumo, etc, etc, portanto em caso de conflito, quais os riscos para o Brasil? Quais os prejuízos? Quais os benefícios?
Farinha pouca, meu pirão primeiro!. Há poucos dias atrás a Crimeia era parte integrante da Ucrânia, hoje, realizaram um plebiscito e querem se reintegrar à Russia. Por conta disso, o mundo fica à beira de uma guerra, não vou me estender nesse assunto, pois acho que você pode consultar sua bolinha de cristal, rsrs, fazer suas reflexões com “isenção”, se é que consegue e tirar suas próprias conclusões.
Mesmo assim, fico grato pela atenção dispensada,
Atenciosamente
Prefiro passar minhas férias em Fortaleza-CE! Se for para passar frio, sigo para Aspen-CL – mas só em sonho…
Vejo alguns comentários ridículos, a Inglaterra sempre nos sabotou, explorou e acorrentou.
É somente ter cursado o 5º ano do ensino fundamental pra saber. Por isto torço por uma América latinas para os Latinos Americanos. Quanto aos demais territórios um dia cederão enquanto isto deixemos de ser escravos da mídia!
Gente, não entendo essa defesa para que as ilhas sejam controladas pela Argentina. O Reino Unido ocupa as ilhas desde 1833 e as ilhas foram descobertas por uma expedição inglesa em 1690. Só porque elas ficam próximas da Argentina não quer dizer que devam ser dela. Ou alguém aqui vai sustentar que a Guiana Francesa deveria pertencer ao Brasil? Os cidadãos que lá vivem são britânicos, falam inglês e todo o sistema político, educacional, cultural e jurídico é baseado no modelo inglês. A Argentina cometeu um erro capital: tentou tomá-la à força num momento em que haviam negociações em andamento para que a Inglaterra cedesse a ilha. Tomaram foi uma chapuletada bem dada… pronto, acabou, não tem mais jeito. Conviva com isso.
creio que as malvinas devem continuar britanicas assim como a criméia deve continuar russa e a taiwan independente da china
pq afinal de contas é a vontade da população local que conta
Parabéns pelo equilíbrio. Tem faltado muito disso por aqui.
Foi como eu disse em meu outros comentários o brasil apoia a argentina nesta luta eu idem.
brazuca……data venia, assim como vc nao escreve pela maioria eu tbm nao me atrevo a escrever sobre apoios…mas deixo bem claro aqui q neste status atual das coisas eu nao apoio a argentina de forma alguma….e para q fique bem claro, entre fazer negocios c os Ingleses e com os Argentinos, fico 100 % os ingleses……..entregam o q prometem e pagam em dia tbm….ja os hermanos……
Pô meu ,tô chateado, não me convidaram , não sei porque não fui selecionado pra viagem rs rs rs .
O importante nesses acontecimentos é que mostra a insegurança britânica e ela tem que se esforçar e investir para provar que é dona do negócio … tá preocupada , muito bom.
As Malvinas são tão inglesas quanto Singapura ou a Índia eram no inicio do século passado.Se os habitantes se consideram ingleses então que vão viver na Inglaterra.
errado…..nao se consideram ingleses….eles sao ingleses quer vc ou outros por aqui gostem ou nao…..fim de papo.
Eles também podem se considerar ingleses e viver nas Falklands. So um idiota trocaria a cidadania inglesa por a de uma republica bananeira letrinoamericana. Ainda bem que o sentemento dos habitantes das ilhas conta bem mais que algumas opiniões soberbas e ignorantes…
Engraçado que lá a opinião e vontade do povo que vive na ilha não faz diferença para alguns aqui, mas se perguntar o que pensam do referendo que houve na Criméia vão dizer que foi feita a vontade do povo que lá vive. Nada mais comum num comuna do que isso. Dois pesos, duas medidas.
Assim que puder gostaria de visitar também as Falkland (seu verdadeiro nome). Tenho admiração pela disposição dos ingleses em defender um território tão longínquo. Como disse o amigo acima, coitado desse povo se essas ilhas fossem argentinas.
Que coisa mais cínica essa de pagar viagem de auxiliar de parlamentar de outro país para visitar as ilhas. E pior é ver que os digníssimos aceitaram o convite, o que não é de se estranhar quando vemos para quem trabalham estas pessoas. O Celso só se elegeu por conta da tradição paterna na política estadual (mais uma oligarquia brasileira surgindo); do Luiz Henrique nem se fala pois enrolou o governo federal o máximo que pode até se livrar dos precatórios e do falido banco estadual (ambos assumidos pelo governo federal), dando uma punhalada nas costas do Lula em seguida e quebrando o acordo político existente; Ana Amélia nem se fala pois até pra participar das reuniões da comissão de assuntos estratégicos do senado tem de preparar uma colinha feita por um site bem conhecido do meio, fora as denúncias que pairam contra ela no fisco e que é coisa grande. Enfim, o embaixador da Inglaterra resolveu fazer lobby no nosso congresso e escolheu o que há de mais característico naquele antro de inúteis para realizar o tour.
E duas coisas bem curiosas: (1) o Itamaraty não foi convidado, o que beira o absurdo já que é ação de diplomata em país que trabalha; (2) porque (aparentemente) convidaram parlamentares apenas do sul do Brasil?
Convidar o Itamaraty para que? O RU conhece bem o nível do “itamaravilha” e seus miquinhos amestrados, já fizeram cacacac que chega.
Quanto a convidar o pessoal do Sul, é porque nós somos vizinhos dos Argies e conhecemos bem a postura comercial, política e ética desta gente, que igual a zero.
O Brasil serviu até agora de rufião, para preparar a “égua” (Argentina) para o garanhão (China), ou seja na hora do bem bom do negócio é com quem oferece mais vantagens não para quem segurou os pepinos deles por tantos anos e ainda por cima por causa desta deles perdemos o bonde de fazer acordos comerciais bi laterais com meio mundo.
Grande abraço
Convidar o Itamaraty pra que? Porque esta é a praxe diplomática internacional para mostrar que não se está fazendo nada no país sem o conhecimento do governo local. Sem isso levanta-se todo tipo de especulação como foi o caso ocorrido a alguns meses atrás quando os venezuelanos fizeram a mesma coisa. A não ser que você ache que britânicos sejam melhores do que sulamericanos e possam fazer o que quiserem por aqui.
Sobre sua opinião sobre os argentinos melhor nem me estender frente a ela. Essa bobagem sobre vantagens de acordos bilaterais é coisa pra lá de tacanha e atrasada, típica de baba ovo que gosta de parecer mais civilizado o que os outros.
E eu também moro no sul do país e nem por isso me acho “O” europeu como muitos frustados arrogantes daqui que se consideram a última cereja do bolo apenas por terem o sobrenome cheio de consoantes.
Abs
Completamente correto e lúcido.
pois eh…parece q nao tem nada de mais importante para resolverem aqui em nosso pais e ainda ao filar uma boia la nas ilhas……assessores parlamentares….putz….deputados….putz……..sangue sugas , bando de mallandros………me tira o tubo…..Sds
Esses pífios depoimentos de visitantes custeados pelo governo inglês em nada modificam o status dos verdadeiros interesses político-estratégicos de ambas as nações em litígio nesse momento.
É como diz o velho ditado: Isso é coisa para inglês ver. O arquipélago, além da sua suma importância militar e geo-estratégica, é também de fundamental valor para as relações comerciais(turismo, pesca, pesquisas científicas) dos ingleses por via marítima, bem como dos seus aliados. Sem esquecer, é claro a probabilidade de existência de vastas reservas de petróleo de boa qualidade.
Portanto, não se trata apenas de construir, reformar, pintar e ocupar casinhas parecidas com as de conto de fadas, mostrá-las para uns poucos suspeitos ou fazer um plebiscito ilhéu com algumas centenas de pessoas e achar que tá tudo dominado. Há muito mais em jogo.
Os interesses políticos sul-americanos estão em jogo, o nosso futuro e o futuro dos nossos estão em jogo. É preciso fazer algumas reflexões com isenção e criar uma conscientização sobre o que é menos prejudicial hoje e amanhã aos nossos interesses, à nossa qualidade de vida, ao nosso desenvolvimento e sobretudo à segurança do nosso continente.
Na verdade ambos países tem praticamente as mesmas intenções com relação a conquista e exploração do arquipélago. O diferencial, o fiel da balança, hoje, está pendendo para os ingleses face ao seu poderio militar instalado e mobilizável e sobretudo aos seus aliados político-estratégicos mais próximos. Todavia, essa situação pode se inverter, pois a Argentina não demonstra ter aceito o presente cenário.
Maxteddy…..o status atual eh bem claro e aceito internacionalmente pela ONU…..as ilhas sao da Inglaterra e seus habitantes assim votaram democraticamenmte, nao querem ser governados pela republiqueta da argentina…….quer vc goste ou nao, nao fara nehuma diferenca………..nao sao centenas de ilheus como vc define tentando denegrir seus habitantes….sao pelo menos uns 3500 descendentes diretos de antigos cidadoes ingleses e portanto tem o passaporte Britanico….simples assim…….reservas de petroleo ainda nao estao confirmadas, porem reconhece-se o tremendo potencial pesqueiro q a regiao no seu entorno tem…..sem duvida…….o cenario como vc cita eh um sonho….nao vai se inverter mesmo…..ja to velho, mas aposto contigo q antes de me ir dessa para a melhor isso ano acontece….nem em 100 anos……pode esperar sentado pra nao se cansar rrsrrsrsrs…..nosso continente esta muito mais protegido com os ingleses ali encostados nas ilhas, do que com os hermanos no continente…analise por outra otica esta situacao….eu prefiro a cobertura militar dos ingleses do q as da argentina…..e lembre-se q na hora do bem bom (negocios), eles correram pros bracos dos chineses….ateh ai tudo bem, estamos nos livrando de tremendos caloteiros q ninguem sabe se e qdo irao pagar o q…eh c estes q vc e outros tem q se preocupar nos proximos 100 anos……os chinas ja compraram um pedaco da petrobras (emprestimos) e ninguem fala nada sobre isso…….abra o s olhos garoto
Baixo esse prima, Crimeia é da Russia
Onde esta a ONU para reconheçer isso, vamos ser sinceros a ONU morreu faz tempo quando USA atropelou ela, somente não foi enterrada por falta de algo melhor, porém ela já não serve para nada.
Digo: baixo esse prisma.