O míssil não estava armado, mas oposição considera “um erro verdadeiramente catastrófico”. Primeira-ministra britânica não respondeu à acusação
O governo britânico é acusado de ter ocultado a existência de um teste nuclear, que falhou em 2016, por uma fonte anônima da Royal Navy (RN), citada pelo jornal “The Sunday Times”, semanas antes da votação da renovação do programa no parlamento.
A acusação surgiu nas páginas do jornal este domingo, uma alta autoridade da RN, sob anonimato, revelou que o teste de um míssil nuclear Trident II D5, não armado, “sofreu uma falha grave” ao largo da Florida, em junho.
“A causa permanece ‘top secret’, mas o míssil terá sido desviado da sua trajetória, dirigindo-se aos Estados Unidos após o lançamento a partir do HMS Vengeance (S 31), um dos quatro submarinos nucleares britânicos da classe Vanguard“, diz a fonte ao jornal.
“O fracasso desastroso do nosso primeiro teste nuclear em quatro anos trouxe uma onda de pânico ao mais alto nível governamental e militar”, acrescentou a mesma fonte, salientando que o governo britânico optou por “esconder” o incidente porque era sabido que “a informação seria prejudicial para a credibilidade da força de dissuasão nuclear, caso fosse do conhecimento público”.
“É um erro verdadeiramente catastrófico quando um míssil se dirige para a direção errada”, afirmou hoje o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, antigo militante anti-nuclear.
Confrontada hoje pela BBC com estas acusações, a primeira-ministra Theresa May recusou-se a dizer se estava ou não a par do incidente, quando os deputados foram chamados ao parlamento para aprovar, a 19 de julho de 2016, a renovação do programa dos quatro submarinos nucleares da classe Trident, com um custo estimado de £41 bilhões.
“Tenho toda a confiança nos nossos mísseis Trident”, disse apenas a primeira-ministra, acrescentando que os testes são realizados regularmente. Um porta-voz do Ministério da Defesa (MoD) confirmou que a “Marinha britânica realizou em junho um ensaio de rotina de lançamento de um míssil Trident não armado. O submarino Vengeance e os seus equipamentos foram testados com sucesso. Temos confiança absoluta no nosso programa de dissuasão nuclear”, acrescentou o porta-voz.
O Reino Unido é um dos três países da OTAN que tem armamento nuclear, juntamente com a França e os Estados Unidos.
FOTOS: Ilustrativas
Isso é complicado.
O míssil é caro e não se quer jogar dinheiro fora.
Ao mesmo tempo, se quer trata-lo.
Lembra-me uma piada que alguém, no mundo civilizado, descobriu acerca da existência do palito de fósforo.
E mandou uma caixa para parentes com orientaçoes de como usar.
Recebeu carta dizendo – não funcionou.
Resposta: mas como? Antes de enviar testei todos…
Agora é de lascar.
Um determinado país dispara um míssil contra um inimigo e ele cai no país de origem, somajdo-se aos disparados pelo inimigo…
Na minha opinião o titulo da materia não tem nada a ver com o que realmente aconteceu.
Não sabemos e talvez nunca venhamos a saber de todos os detalhes…por exemplo, será que o míssil não seria reservado apenas para testes e assim não estar em tão boas condições…é relativamente comum gastar mísseis antigos em testes, com maior possibilidade de falhas, mas, que certificariam o equipamento e a tripulação responsável da mesma forma poupando um míssil em melhores condições, ainda mais quando se trata de um míssil caro como um Trident.
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No caso do míssil defeituoso não ser antigo e ter sido escolhido por acaso para o teste dentro de um lote de mísseis válidos que é compartilhado por submarinos da US Navy e Royal Navy, se este míssil não tivesse sido utilizado no teste e apenas embarcado
para patrulha, talvez nunca se soubesse que ele estava defeituoso pois ele poderia ser repassado para outro submarino e
assim por diante até o fim de sua validade.
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O que se sabe é que não se tem garantia do funcionamento de um míssil seja de qualquer tipo, seja de qualquer nação, existem
especulações que uns 10% simplesmente não funcionariam de acordo e durante os anos 60/70 especulava-se que a possibilidade de falhas fosse ainda maior, mas, certeza mesmo, só lançando todos.
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É possível que tenha sido uma coincidência infeliz que justamente o míssil escolhido para testes pelos britânicos tenha apresentado defeito, pois é um míssil bastante confiável e poucos meses atrás na mesma área o USS Maryland lançou o 161 míssil consecutivo sem falhas em testes para a US Navy.
Complicado.
Mas concordo com Dalton. Não dispararam contra os EUA.
Estavam próximo à costa americana e o míssil foi na direção errada.
Mas a falha foi dá tripulação ou falha do míssil?
Já estão querendo pegar no pé dá primeira ministra.
Só porque é a favor do Brexit.
Ou ela deveria divulgar esses equívocos? De tamanha magnitude…
O fato de terem ocultado a o fracasso do lançamento, gerou mais polêmica do que a falha em si…
Parece que algum esperto não quis a divulgação deste tipo de incidente apenas algumas semanas antes da votação no parlamento britânico sobre a liberação de vultosas verbas para o programa de submarinos da Royal Navy.
Se de fato ocorreu da forma como foi descrito…não se sabe todos os detalhes, o problema não está no submarino nem na tripulação e sim no míssil…só que o mesmo tipo de míssil já foi lançado com sucesso em 160 ocasiões de submarinos da US Navy e não houve razões para pânico pois o míssil estava desarmado e pode ser destruído durante o voo.
Que piada, li em algum lugar que no teste o míssil estava apontado para a África, mas algo deu errado e ele foi na direção da Flórida rs…. Li que os tripulantes entram em pânico logo após que detectaram o erro, alguém devia estar dormindo no ponto. De nada adianta ter submarino nuclear, se não se tem uma tripulação bem treinada.
Que situação humilhante e embaraçosa pros ingleses…imagina, tentar atacar Moscou e acertar Paris.
Não foi um teste nuclear…o míssil não continha ogivas nucleares e não é que o míssil foi lançado contra os EUA, afinal o
submarino britânico encontrava-se em águas americanas onde os testes são realizados já que o míssil Trident pertence a
um lote compartilhado entre a US Navy e a Royal Navy e o SSBN britânico após embarcar os mísseis precisa retornar ao
Reino Unido para que os mísseis recebam as ogivas nucleares de fabricação britânica.
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A US Navy não apenas conta com um número maior de SSBNs como estes embarcam 24 mísseis a serem reduzidos para 20,
mesmo assim uma capacidade maior que a dos SSBNs da Royal Navy e portanto um número muito maior de testes tem sido realizados com sucesso.
A Gran Bretanha e suas “damas de ferro” sempre com problemas militares.
Depois que o Reino Unido construiu uma aeroporto na Ilha de Santa Helena gastando bilhões para não funcionar, pois não foi previsto um problema de vento que atinge o aeroporto, não me espanto com mais nada.