Na rota do carbono
Evento internacional reúne especialistas no dia 14 de novembro no Rio de Janeiro para debater implicações para o Brasil das metas globais de redução de emissões definidas pela Organização Marítima Internacional (IMO). Mais de 170 países que fazem parte da Organização chegaram ao que foi considerado o maior acordo climático do ano. Trata-se de uma meta de redução de 50% das emissões do transporte marítimo internacional até 2050 em relação aos níveis de 2008. Tal medida consolida a transição para uma nova economia, em que a competitividade será cada vez mais determinada pela intensidade carbônica. E quais as implicações deste acordo para o Brasil?
É um dos pontos que especialistas debaterão no Evento Internacional sobre Mudanças Climáticas e Transporte Marítimo. Este é o sexto encontro da série Diálogos Futuro Sustentável, realizada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pela Embaixada da Alemanha em Brasília.
Na ocasião, o comandante Fernando Alberto Gomes Da Costa, Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, representante do Brasil nas negociações internacionais da IMO comentará sobre as implicações do acordo para o Brasil na perspectiva de defesa. Ricardo César Fernandes, diretor executivo da Associação Brasileira dos Armadores Noruegueses (ABRAN) e o Comandante Mario Bastos Ferraz de Mendonça, assessor do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) falarão das implicações para o setor marítimo do ponto de vista de pesquisa e inovação, bem como as medidas a curto, médio e longo prazo para se adequar a essa nova tendência. Outros especialistas reunidos no evento incluem: Isabelle Rojon, consultora na University Maritime Advisory Services (U-MAS); Charlotte Inglis, chefe do Programa Marítimo e Ártico da Fundação Europeia do Clima.
Sinal para inovação
Reconhecido como um dos modais mais eficientes do ponto de vista de emissões, o transporte marítimo é responsável hoje por 90% do comércio internacional e apenas 3% das emissões globais. No entanto, segundo estimativas da Organização Marítima Internacional (IMO), seguindo o ritmo de crescimento atual, o setor poderia chegar a 17% das emissões globais em 2050. Diante dessa tendência, mais de 170 países reunidos na IMO definiram uma meta de redução de 50% das emissões do transporte marítimo internacional até 2050, em relação aos níveis de 2008.
Tal meta é mais ambiciosa do que a definida pelo setor de aviação, por exemplo, no âmbito da ICAO – Organização Internacional de Aviação. Portanto, a decisão da IMO, celebrada como o maior acordo climático do ano, posiciona o setor de transporte marítimo na liderança da nova economia, cuja intensidade carbônica será cada vez mais determinante para a competitividade.
O acordo também pode acelerar a inovação do transporte marítimo, representando um forte sinal para a indústria naval e fornecedores de combustível para aumentar os investimentos em novas tecnologias e sua rápida implantação, incluindo combustíveis alternativos e sistemas de propulsão.
Reflexos sobre a importância de se desenvolver a logística com a navegação de cabotagem e de longo curso sob bandeira nacional não vejo acontecer, mas esses tratados climáticos é o que não falta. Porque não destroem os vulcões também por exalarem gases tóxicos? A fragata norueguesa esta naufragada e não vi nenhuma notícia do ocorrido mas apontar defeitos dos navios vemos que se mobilizam.