Iniciado em 2008, PROSUB prevê a fabricação de quatro submarinos convencionais e um nuclear. Empresa jaraguaense ficou responsável pelos motores elétricos
Não bastasse o seu peso na economia – com 1,3% do mercado acionário do país – e seu posto como uma das 10 maiores empresas do país no mercado internacional, com fábricas em 29 países, a WEG também desempenha um papel estratégico na defesa nacional: a empresa é uma das fornecedoras do maior programa de capacitação industrial e tecnológico da indústria da defesa brasileira, o PROSUB.
Mas qual papel estratégico seria esse? Simples: a fabricação de motores elétricos e de peças para a manutenção destes motores nos novos submarinos convencionais (não nucleares) da Marinha.
Por questões contratuais, a empresa não pode comentar sobre o andamento ou os detalhes do seu papel no projeto além do que foi divulgado pela Marinha.
Nascido em 2008 em um acordo entre Brasil e França, o PROSUB prevê a construção de quatro submarinos convencionais e o primeiro submarino nuclear brasileiro, englobando 104 subprojetos e representando € 400 milhões em offset (contrapartida na transferência de tecnologia) para capacitação das empresas. O programam também incorreu em € 100 milhões nas encomendas de sistemas, equipamentos e componentes dos submarinos convencionais. A primeira unidade do programa, o S-40 Riachuelo, deve ser lançado ao mar no segundo semestre deste ano.
Foram quase duzentas empresas nacionais a serem estudadas pela Marinha para a produção dos 90 itens que seriam adquiridos internamente. Na construção do Estaleiro da UFEM (Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas) e Base Naval (EBN) para o programa, foram envolvidas mais de 600 empresas, com 95% de componentes nacionais.
Segundo a Marinha, as empresas e laboratórios nacionais têm absorvido conhecimentos específicos para desenvolver componentes e sistemas não só para a defesa nacional, mas para o mercado internacional. O programa atende interesses estratégicos não só da defesa como do mercado, eliminando a dependência brasileira de contribuição externa para projetos de submarinos e permitindo a exportação de tecnologia.
Outro interesse das empresas participantes é a aplicação destas tecnologias em outros setores da economia. Várias tecnologias com raízes bélicas já foram apropriadas pelo mercado civil – entre elas, radares, microondas e a própria internet – com impactos que vão muito além da área militar.
FONTE: OCP
FOTOS: MB
Bom muito bom
Melhor que a WEG não aparecesse, ou logo será comprada por alguma multinacional,
Foi exatamente a primeira coisa que pensei assim que li a notícia. Improvável, mas, infelizmente, não impossível.
Ótinas notícias…
fotos lindas estas. Permitem ter uma ideia da grandiosidade deste projeto. Aí está uma prova que trasnferência de tecnologia é possível, que gera empregos e que deve ser utilizada pra tudo inclusive deixar de “reformar” veículos de combate e adquirir novos nestes moldes.
Interessante ver a estrutura que fica embaixo do convés do submarino na primeira foto!
Será que um dia veremos esses submarinos prontos?
a sensacao é que nunca evolui..
“fechado acordo”
“comeca a fabricar”
“fechada parceria”
O sr. parece não ter entendido. O Scorpene é um projeto intelectual francês e a Marinha terá de pagar royalties pesados por cada unidade adicional produzida. Assim, a necessidade de produzir mais 2 unidade é meramente a de consolidar a absorção de tecnologia transferida e aperfeiçoá-la. Após isso, deve-se usar o conhecimento adquirido para projetar e construir uma nova classe nacional de submarinos.
Concordo, a aquisição de mais dois submarinos scorpenes seria o ideal para consolidar totalmente a transferência de tecnologia, coisa que com apenas 4 eu teria minhas dúvidas. O que deveria ser feito é a MB adquirir mais dois scorpenes lá por volta de 2020/2021
A Marinha não precisa de construir mais submarinos desse modelo Augusto, tanto pelo motivo que você citou como pela óbvia necessidade de desenvolver um novo projeto, já que o Scorpene não é um submarino desenvolvido especificamente para o Brasil (um submarino legítimo da Marinha), além de se defasar com o tempo com novas doutrinas de emprego e projetos dos submarinos. Chega de submarinos “made in” Europa/Estados Unidos. Se não for assim o Prosub não atenderá o objetivo para o qual foi concebido. A longa experiência da Marinha na operação e manutenção de submarinos devem pesar na decisão de uma nova classe para substituir o Tikuna (a classe Riachuelo substitui os Tupi), algo que já poderia ser pensado quando o Prosub for concluído.
Além disso, entre essas mais de trinta unidades que o José Luiz considera, os submarinos devem ser divididos em duas classes (diesel e nuclear), que por sua vez tem custos diferentes. É sempre importante ter em mente o peso orçamentário para manter esses navios, sem falar de outras prioridades e custos dessas prioridades que inclui um porta-avião.
vamos fazer um scorpene com AIP, junto com o SNBR alvaro alberto.
A produção de Submarinos deve ser permanente e não mais dois ou três ou quatro, caso contrário todo os investimentos serão jogados no Lixo e precisamos de mais de 30 Submarinos e não Dez ou Doze !
O desejo da marinha é por mais 2 subs nucleares, você precisa de 3, um de prontidão, um em manutenção, e um navegando, é a lógica.
Quem tem um, tem nenhum.
Começa a fabricar? Olhando o cronograma, é certo que o primeiro já deva estar instalado no Riachuelo e o segundo entregue e instalado ou em vias de ser entregue.
De todo modo, é muito bom saber que o propósito inicial, de inserir as empresas brasileiras no processo, está sendo cumprido. A empresa Rondopar, de Londrina, está encarregada da importantíssima produção das baterias, com gradual transferência de tecnologia da alemã Hagen, até completar um índice de 100% de nacionalização no 4o submarino convencional.
Por tudo isso, é essencial que a Marinha encomende ao menos mais um par de submarinos convencionais, a serem produzidos com diversos itens que já foram totalmente nacionalizados nesta primeira fase do PROSUB, de modo a consolidar e manter o conhecimento adquirido.
agora vai!