Convidado para falar a empresários catarinenses durante a reunião do Comitê da Indústria da Defesa (Comdefesa), da Fiesc, o vice-almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, diretor de Projetos da Marinha do Brasil, garantiu na manhã desta quinta-feira que o bloqueio de verbas do governo federal não vai afetar o andamento do projeto de construção de quatro navios da Marinha em Itajaí. Ele confirmou que o recurso previsto para a empreitada, de R$ 2,5 bilhões, está contingenciado, mas acredita que isso será revertido no segundo semestre.
“Esse projeto não tem volta. O Brasil e a Marinha precisam modernizar a frota”, afirmou.
O vice-almirante disse que as corvetas brasileiras (modelo que será construído em Itajaí) têm 36 anos e estão obsoletas. A média mundial para esse tipo de embarcação é de 30 anos de uso, com projetos de atualização na metade desse período. As embarcações são usadas em serviços estratégicos como a defesa da Amazônia Azul.
A Marinha foi a principal atingida pelo bloqueio de verbas no setor de Defesa, que soma R$ 13 bilhões. O recurso para as corvetas está com a Engepron, empresa de projetos da Marinha que negocia os termos do contrato com o consórcio Águas Azuis, vencedor da concorrência pública para construção das embarcações.
O grupo tem entre as consorciadas a alemã Thyssenkrupp Marine e a Embraer, com previsão de transferência de tecnologia – o que dará um upgrade à construção naval militar brasileira. Em Itajaí, a construção ficará a cargo do Estaleiro Oceana.
Prazo é Dezembro
A assessoria de imprensa da Thysasenkrupp Marine informou que o consórcio não vai se manifestar sobre o bloqueio do recurso previsto para a construção das corvetas. Em Florianópolis, o diretor de Projetos da Marinha disse que o prazo para assinatura dos contratos continua sendo até dezembro deste ano, como estava previsto quando foi anunciado o consórcio como vencedor da concorrência pública, em abril.
A previsão é que a construção dos navios inicie no ano que vem, com a primeira entrega em 2024. As corvetas, classe Tamandaré, terão como projeto base a corveta alemã Meko A100, adaptada às necessidades da Marinha do Brasil. Os navios terão 107 metros de comprimento, e velocidade de 14 nós.
No processo de escolha de projeto, a Marinha determinou que cada embarcação tenha, no mínimo, 30% a 40% de conteúdo nacional – o que promete movimentar a cadeia de fornecedores.
“Temos expectativa que essa quantidade aumente. Isso traz desenvolvimento tecnológico e empregos diretos e indiretos”, comentou o vice-almirante.
Expectativa
A previsão é que sejam gerados 2 mil empregos diretos em Itajaí e, no auge da produção, até 6 mil empregos indiretos. Para que isso ocorra, o desafio, agora, será desbloquear os recursos.
“Temos esperança que com as discussões no parlamento essa questão seja normalizada e tenhamos condições de assinaturas contratuais”, afirmou o diretor de Projetos.
FONTE: O Petróleo
Blablabla
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Por isso a minha decepção com os brasileiros principalmente nossas FA pois o que é normal nos outros países aqui é cantado aos 4 cantos do mundo como se fosse uma grande coisa, não temos dinheiro pra ter uma boa frota mas poxa navios onde em outros países a gente vê encomendas tipo a nossa de 4 navios sendo encerrada uns 5 ou anos após a assinatura do contrato aqui vai 7 ou 8 anos, empregos não devem ser a prioridade de nossas forças pois não são cabides de empregos nem fornecedores de empregos, devem sim construir aqui pois assim facilita muito além de gerar empregos mas isso é um benefício e não um objetivo, seria muito interessante se neste caso da marinha ela informar que devido as recentes economias feitas nos custos de estruturas (prédios e afins) e lucros obtidos com projetos e royalties ela conseguiu adquirir mais alguns meios ou o que seria munições e parelhos de ponta para os nossos parcos meios ou como no caso da aeronáutica comprar alguns mísseis para os nossos gripens mas isso não aparece nas reportagens e minha dúvida é porque ninguém tem interesse em divulgar ou utilizar esta economia (se existir) nisso ou se nossas forças não fazem economia alguma e por isso não podem utilizar desta ótima estratégia que muitas empresas estão utilizando pelo mundo todo pra se manter relevante no mercado.