O Presidente de Portugal anunciou que em 2022, Portugal e Brasil vão celebrar o centenário da primeira travessia do Atlântico Sul.
O Presidente da República prestou nesta quinta-feira homenagem à aviação naval portuguesa, criada há cem anos, e anunciou que em 2022 Portugal e o Brasil vão celebrar em conjunto o centenário da primeira travessia do Atlântico Sul.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas falava durante uma cerimônia comemorativa dos cem anos da aviação naval, em Belém, Lisboa, junto ao monumento da travessia aérea realizada por Sacadura Cabral e Gago Coutinho no hidroavião “Lusitânia”, em 1922.
“Quero realçar, pela sua esmagadora grandeza e valor científico, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que celebraremos em conjunto com o Brasil em 2022, levada a cabo por dois ilustres oficiais da Marinha: os heroicos, então comandantes, Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
Antes, o acadêmico Cyrne de Castro, que foi aviador nos anos 50, pediu que essa efeméride seja devidamente celebrada: “Este centenário merece que nos empenhemos numa melhor conscientização do significado daquele feito aeronáutico e do que ele contribuiu para o prestígio de Portugal e para o desenvolvimento da segurança na navegação aérea em todo o mundo. Cinco anos é daqui a pouco tempo”, salientou o comandante, membro da Academia de Marinha.
O Presidente da República referiu a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, “mais do que atravessar o Atlântico num pequeno hidroavião, comprovaram o rigor do seu sistema de navegação, pioneiro entre os demais e precursor do irreversível progresso da navegação aérea. Por isso, aqui lhes rendo, mais uma vez, em nome de Portugal e de todos os portugueses, a minha homenagem, não esquecendo o crucial papel do primeiro no lançamento e direção no quadro da nova aviação naval”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que a aviação naval portuguesa nasceu “naqueles anos da Grande Guerra”, quando “os submarinos devastavam no Atlântico e no Mediterrâneo” e foi necessário “empregar as máquinas voadoras também para garantir a guarda e o uso desse mar. Apesar da agitação política da época, dos avanços e recuos institucionais e das dificuldades que pareciam intransponíveis, o ttabalho e a perseverança de meia dúzia de homens que foram o sustentáculo da aviação naval que se esboçava, tornaram possível voar sobre o mar português”, prosseguiu, elogiando os “muitos e notáveis os serviços prestados ao país” até à sua integração na Força Aérea.
Na presença do ministro da Defesa Nacional e das chefias militares da Força Aérea e da Marinha, o Presidente da República concluiu: “Duas épocas distintas, a mesma notável Armada, a mesma Marinha, servida por pessoas competentes e temerárias. Mais uma vez se prova, e nunca é demais frisá-lo, que o valor das instituições assenta na excelência das pessoas que nelas servem”.
O chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Silva Ribeiro, defendeu a “importância prática” da Marinha possuir capacidade aeronaval e apontou o trabalho conjunto como a Força Aérea como “exemplo virtuoso e paradigmático de cooperação institucional”, afirmando que tem sido feito “de forma notável, sem mácula, sem replicação de meios e de tarefas, e com economia de esforço e de recursos”.
Durante esta cerimônia, que incluiu um desfile militar e acrobacias aéreas, foi descerrada uma placa comemorativa e depositada uma coroa de flores em memória aos mortos em serviço.
Também esteve presente, como convidado, o antigo ministro Paulo Portas, acompanhado pela sua mãe, Helena Sacadura Cabral, que é sobrinha de Artur de Sacadura Cabral.
A Marinha voltou a ter asas em 1993. E, tal como no passado, rapidamente cresceu e afirmou, com afinco e determinação, uma significativa aviação naval. Neste quase quarto de século de existência do helicóptero naval, a Esquadrilha de helicópteros da Marinha é e continuará sendo uma unidade fundamental para as nossas operações navais”, considerou o Presidente de Portugal.
FONTE: Observador
FOTOS: Ilustrativas
Que legal… acho que poderiamos trazer esse avião que hoje está exposto em algum museu lá na Terrinha num translado cheio de pompas na barriga de um KC-390 e deixá-lo em exposição aqui em algum shopping ou aeroporto por um determinado tempo… Deixem suas ideias.. rsss