Por Guilherme Wiltgen
O mais novo porta-aviões da Royal Navy (RN), o HMS Queen Elizabeth (R 08), está nesse momento suspendendo de Rosyth, na Escócia, para iniciar os seus testes de mar.
Os testes iniciais serão realizados em duas fases no Mar do Norte, principalmente entre Moray Firth e Fair Isle. A Fase 1 está prevista para cerca de 6 semanas e se concentra em provas de propulsão, energia e dos sistemas auxiliares. O navio precisa de espaço no mar para os ensaios e também distância do olhar do público, permitindo que o Ministério da Defesa possa controlar informações sobre seu progresso.
Isso também inclui os olhares atentos dos russos. Para isso, o navio será acompanhado por dois destróieres e uma fragata. São esperados pela Royal Navy navios e aviões espiões para tentarem colher informações, bem como submarinos para identificarem a sua assinatura acústica.
Outro marco significativo será o primeiro pouso a bordo, que será realizado por um helicóptero Merlin Mk2 do 820 Naval Air Squadron, que deve ocorrer em torno do quarto dia de mar.
Concluída a primeira fase, o navio retornará para Rosyth para que os construtores possam corrigir quaisquer problemas descobertos durante os testes. Essas verificações devem levar alguns dias, pois o navio partirá novamente para a Fase 2, que incidirá sobre os sistemas de missão, radares e comunicações. Espera-se que dava levar cerca de cinco semanas.
Ao fim da fase 2, o navio seguirá para Portsmouth para fazer uma grande entrada em seu porto pela primeira vez. O trabalho de dragagem, a construção do novo cais e a Base Naval de Portsmouth estão prontos para receberem o navio.
O novo porta-aviões da RN deverá manter-se em Portsmouth por cerca de 8 semanas. Estão previstos a realização de ensaios no Atlântico Norte no primeiro trimestre de 2018, e espera-se que o HMS Queen Elizabeth atinja a capacidade operacional inicial até o final de 2020.
Falando em escoltas, é importante que durante os testes de mar grandes navios como os porta-aviões sejam sempre protegidos?
Essa é a primeira oportunidade em que o porta-avião e sua escolta tem o primeiro convívio, o que não deixa de ser um teste de integração com sua equipe de apoio. Mas não se tratou do primeiro embarque de avião nessas fases e nem em qual fase se dará o teste. O pouso de helicóptero em um porta-avião não me parece ser grande coisa: quem pousa até em OPV não terá dificuldade em pousar em uma pista gigantesca dessa.
Quanto ao Ocean Gabriel, essa é mais uma daquelas aquisições que dividem opiniões. Se comprar está certo por ser relativamente novo ou se comprar será mais uma dor de cabeça para mantê-lo sendo que não temos escolta pra ele e precisa de passar por um pmg. Enfim, vêm aí (ou não) a mais “nova” novela do Brasil.
Novidades sobre o HMS Ocean ?