Por Luiz Padilha
O Brasil possui uma área oceânica aproximada de 5,7 milhões de km², classificada como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), uma área que equivale a cerca de 67% do território brasileiro. A Marinha do Brasil (MB) devido à sua importância estratégica e riquezas naturais, passou a chamá-la de “Amazônia Azul”.
Os principais campos de petróleo atualmente na Bacia de Campos estão localizados a uma distância entre 120 e 150 quilômetros da costa, e os poços de exploração do pré-sal estão, em geral, a uma distância ente 200 e 300 quilômetros.
Amazônia Azul: como a Marinha do Brasil poderá ampliar seu patrulhamento?
A primeira resposta segue direto para um aumento do número de meios para executar a tarefa, porém, como atualmente a MB dispõe de reduzido número de Navios Patrulha e Navios de Patrulha Oceânico e a baixa capacidade de operar on station por muito tempo, uma opção já pensada pela Petrobras para suas operações talvez seja interessante para a Marinha.
“Hub” (termo em inglês que significa ponto de conexão), é algo que já acontece na Bacia de Campos, onde as plataformas fazem a distribuição de óleo diesel aos Navios Tanque que ficam atracados em zona próxima às plataformas.
Empresas internacionais estão propondo Hubs específicos para o Monitoramento, Defesa e Suporte para meios navais, onde, esses Hubs estando posicionados além das 200 milhas, poderiam:
- Manter os Navios Patrulha operando por um tempo muito maior do que atualmente operam;
- Realizar a troca de suas tripulações via aeronaves da Marinha, reduzindo a necessidade de ir e vir para a base, salvo para manutenção de nível estaleiro;
- Com a instalação de radares com capacidade 3D, monitorar grande área e se necessário, enviar um Navio Patrulha muito mais rápido seja para realizar um SAR ou mesmo coibir ilícitos dentro de sua zona de cobertura;
- Manter os Navios Patrulha abastecidos para que possam realizar suas missões sem a necessidade dos mesmos retornarem a base para fazê-lo.
- Ter um Centro Médico para atender aos tripulantes da plataforma, do Navio Patrulha caso necessite, e, no caso de uma Busca e Salvamento (Search & Rescue – SAR), prestar um primeiro atendimento de alto nível.
Evidentemente que o exposto acima não é de fácil realização, necessitando de estudos profundos para que essa infraestrutura seja colocada em prática, e essa ideia não é nova, já tendo sido defendida, porém sem ter sido levada adiante.
Ter no meio do mar um ponto de interconexão é algo que certamente já foi pensado, porém, talvez apenas no âmbito civil. O que coloco é a possibilidade de se expandir esse pensamento para a Defesa, onde, de forma dual, uma plataforma atenderia a Petrobras e a Marinha do Brasil.
Há diferentes modelos de mecanismos de ligação entre as plataformas e os navios, chamadas de “gangway”. Um dos modelos é um similar a uma rampa, com uma escada articulada que é mantida estabilizada para o embarque e desembarque dos tripulantes.
Hubs para a US Navy
A empresa Gibbs & Cox desenvolveu o conceito de plataforma de defesa/depósito (MODEP) onde além de radares, o Hub possui a capacidade de estocar armamentos e lançar mísseis, dependendo do cenário onde este hub estiver instalado. A altura das plataformas que giram em torno de 45 a 90 metros acima da linha de água fornece visibilidade e vigilância ideais aos sensores instalados.
Criado como um ponto avançado para a defesa de mísseis balísticos e a demanda da Marinha dos EUA por uma solução de recarga no mar, a MODEP é um produto dos esforços de pesquisa interna da Gibbs & Cox que busca alavancar o espaço e a capacidade das plataformas offshore comerciais para atuarem de forma dual.
De acordo com a Gibbs & Cox, uma plataforma convertida poderia suportar missões de defesa aérea ou ataques com uma capacidade cinco vezes maior do que a de um Destróier da Classe Arleigh Burke.
Sonho ou realidade?
Ao questionamento acima, deixo para que os leitores façam uma reflexão. É possivel? Na minha modesta opinião, sim. Só de imaginar os navios da Marinha operando on station por periodos maiores do que operam atualmente, ante a troca de tripulantes que operam a mesma classe de navio, e os mesmos sendo reabastecidos em alto mar atravéz desses Hubs, já vale a pena a reflexão.
Prezado Luiz Padilha,
Boa Tarde!
Ficamos muito interessados no assunto e obviamente na sua ideia.
Teria alguma fonte disponível para aprofundar e estudar o assunto?
Desde já agradeço,
Franc Cruz
Caro Francisvaldo, eu apenas li o artigo no Naval News e recebi um artigo sobre a iniciativa da Petrobras para uso próprio, ou seja, 0% sobre Defesa.
Busque na internet o assunto pois eu não tenho como colocar aqui. OK?
Essa idéia eu alimentava para quando eu chegar à presidente da República. A idéia seria muito mais ampla. Que droga!!!
A Ideia é excelente, para compensar a imobilidade, elas poderiam ser armadas com drones suicidas de vigilância subaquáticas e defesa antiaérea padrão Cruzadores de escolta de Grupos de batalha Americano. Poderiam ter uma ala aérea de Drones de ataque
Os custos são muito menores que navios. Mas as vantagens estratégicas são evidentes
A ideia é excelente!!! A questão de virar ou não alvo é irrelevante já que tudo que gera receita em uma nação em guerra é um alvo a ser batido para minar a fonte de recursos e tornar a guerra impraticável.
Prezado Padilha, se não me engano, as plataformas da baía de Campeche, no México, já possuem equipamentos para auxiliar no monitoramento da área marítima adjacente… essa parte da ideia é muito interessante, pensando no conceito do SisGAAz… quanto às demais sugestões, válidas por sinal, devem ser objeto de análise jurídica, operacional e logística pela Petrobras e MB…
Bom dia XO. Como eu coloquei no texto, é uma ideia. Se colocar um radar 3D que pesa 185kg e que consegue diferenciar um drone de um pássaro por exemplo, é difícil/complicado, eu não sei. Apenas vi a ideia dos americanos e percebi que poderia ser adaptada aqui no Brasil. Sei inclusive que não é uma ideia nova, mas o que foi pensado antes não focava em monitoramento. Vamos ver se um dia acontece.
Prezado Padilha, concordo plenamente com a ideia. Seria um suporte a mais para a MB em diversos sentidos. Principalmente no que diz respeito ao abastecimento de todos os tipos e no atendimento médico emergencial como também no auxilio tanto por sonar como por radar. Resta saber se algum dia teremos recursos para implementar essa que é uma excelente ideia para quem não dispõe de muitos recursos navais para efetuar patrulhamento, ainda mais no nosso caso que temos uma vasta área para executar a tarefa de proteção das nossas riquezas oriundas da Amazônia Azul.
Pergunta de um amador: as plataformas de petróleo produzem óleo diesel?
Plataforma não, mas tem capacidade de armazenar.
A ideia é interessantíssima sem sombra de dúvidas.
Só pelo fato de poder servir como base de apoio a navios patrulha, aumentando em muito o tempo de missão destes já é algo que agrega tremendamente em capacidades de vigilância e proteção. E para este tipo de atuação, os investimentos não serão tão caros e complexos, ao contrário, é algo que pode ser implementado sem dificuldades.
A dificuldade maior será em relação a dotar estas plataformas com sistemas de vigilância, radares de longo alcance e outros equipamentos, inclusive para ataque e autodefesa.
Mas o aumento da abrangência da área coberta por radares será tão grande e com tudo funcionando em rede, que será algo que valerá o investimento, principalmente para uma marinha com poucos navio como a nossa e consequentemente, com pequena capacidade de vigilância.
Obviamente que em caso de guerra estas plataformas serão alvos prioritários, mas como qualquer outro meio. Mas isto não invalida as tremendas vantagens que base deste tipo em pleno oceano vão agregar.
É uma ideia que na minha opinião merece muito a atenção e análise por parte da MB.
Antes de pensarmos em meios estratégicos como esse é necessário levar em consideração outros fatores mais complexos que viabilize esse tipo de projeto: Política de Estado de defesa, governante vigente, recursos de toda ordem – financeiro, pessoal, material, tecnologia disponível ou a se desenvolver etc.
A Política de Estado está associado a planejamento estratégico do Estado Brasileiro, portanto de longo prazo, em relação a defesa e não uma política de governo transitório, no sentido de independentemente do presidente em vigor o projeto precisa ter continuidade não apenas em relação ao dinheiro empregado mas também a mão de obra desperdiçada caso o novo governo cancele os trabalhos iniciados em outra gestão. Portanto Projetos de Estado são demorados, caros e não podem ser interrompidos.
Esse tipo de estrutura, Padilha, é muito vulnerável ao ataque de submarino e seria necessário a proteção de navios escoltas em prontidão exclusivamente para protege-lo (e em último caso até de outro submarino), o que do ponto de vista brasileiro é inconcebível. Imagina! É como se fosse uma mini força tarefa composta pelo meio principal e sua escolta. Quanto custa essa conta? Os recursos para a defesa é escasso: recebe pouca verba e a pouca verba ainda é cortada. Deveríamos ter uma base naval no norte e de preferência também outra no sul para, inclusive, dar apoio ao Programa Antártico Brasileiro mas nem isso o governo se interessa. Outro navio importante mas agora para abastecer os próprios PCs são os navios de apoio logístico, onde deveríamos ter no mínimo 5 (entre ativos, de prontidão – no sentido de revezamento com os ativos – e em manutenção) mas o único que temos não pode nem visitar outros portos porque não possui casco duplo (e é velho!). O fato da Marinha Americana vislumbrar esse projeto não quer dizer necessariamente prático para nós Padilha já que o poderio deles não se compara com o nosso, os recursos deles não se compara com o nosso. A simples noção deles terem mais de 10 porta-aviões (que por si só já é ilustrativo!) e todos nucleares – sem mencionar os submarinos – demonstra o abismo entre nós e eles. Em outras palavras isso é para países que sabem da importância da soberania nacional.
Portanto Padilha, e com todo o respeito, a resposta para sua pergunta no final é não! É impossível para um país como o Brasil colocar em prática um projeto dessa magnitude, sendo carente de navios escolta. Perceba que não tem nem previsão de se construir um novo lote de submarinos nem que seja para manter a mão de obra qualificada do estaleiro de Itaguaí, ou seja, mesmo estando com a faca e o queijo na mão o Estado Brasileiro prefere deixar todo esse trabalho virar um elefante branco – no máximo mantendo a manutenção dos submarinos e alguns meios o que deixa a UFEM inoperante/improdutiva. Você não mencionou quantidade mas em um cenário pacífico é inviável pelo custo de se manter vários PCs ao mesmo tempo (lembra da “mini força tarefa?”) e do ponto de vista de conflitos os recursos podem ser usados em uma estratégia mais adequada dependendo da situação deparada. Grandes estruturas exigem grandes investimentos: só o déficit anual para a manutenção dos meios da Força Aérea é de R$ 1,31 bilhão, que dirá operar um projeto que se assemelha a plataforma de petróleo.
“Sonho ou realidade?”, sejamos realistas: com certeza sonho.
Caro leitor, entendo que sua interpretação foi na direção do que a Gibbs&Cox idealizou para os EUA.
Se vc ler com cuidado, quando coloco a ideia, ela é bem mais simples do que a empresa americana pensou.
Muito se falou nos comentários sobre ser alvo e etc e tal. Mas eu pergunto: atualmente temos várias plataformas da Petrobras em atividade. Alguma foi atacada por alguém? Não. Colocar um radar para ajudar o monitoramento da Amazônia Azul e servir de ponto de apoio para os Navios Patrulha não é interessante na sua opinião?
Eu não sugeri transformar uma plataforma em um meio de guerra, coloquei a importância da mesma em apoiar a Patrulha Naval.Se o amigo entendeu diferente, minhas escusas.
Caro Padilha, minha ideia é mais voltada para o lado financeiro do projeto do que necessariamente prático, já que sabemos da situação crônica de nossas Forças Armadas em relação a investimento (independente de quem governa o país). Por isso que já no primeiro parágrafo chamei atenção para essa necessidade.
Já do ponto de vista prático, e respondendo sua pergunta sobre ponto de apoio, todo auxilio a patrulha naval é fundamental dada a área inóspita, instável e desafiadora que é o oceano e essa estrutura seria importante até mesmo para salva guarda da vida humana no oceano seja atendendo ocorrência de naufrágio (incluindo de submarino), barcos a deriva e até queda de avião etc. Por ser uma estrutura robusta poderia atender emergências de grande porte. Mas vemos no Oriente médio o risco que navios civis também correm por causa de conflitos na região sendo alguns deles atacados ou sofrendo bloqueio, então esses fatos exemplificam o risco que as embarcações civis (incluindo plataformas) correm em situação de crise, o que prejudicaria sua sugestão em apenas usá-lo como apoio da Patrulha Naval – já que o fato de ser civil não o deixaria imune a ataque. No nosso caso seria viável! Mas em uma hipotética crise semelhante ao citado há um risco considerável. Resumidamente: sim, concordo com sua ideia de vigilância com radar e apoio e fui até mais além com função SAR mas mesmo que não haja a conversão da plataforma em um meio de guerra é necessário realizar “estudos profundos”, como diz o texto, para se colocar em prática tal projeto.
Mas mantendo o raciocínio que expus no post anterior é preciso ter uma política de Estado sólida que dê suporte a essas ideias. Lembremos que a FAB, através da chamada “Dimensão 22” (o próprio site da FAB menciona a ZEE ), também guarnece nosso território oceânico com aviões patrulha, os SC-105 Amazonas SAR e de preferência os R-99 – mas, claro, que quanto mais apoio melhor no caso dos meios navais. Segue 2 trechos do site oficial da FAB: “Em cumprimento a acordos internacionais, o Brasil também é responsável por prestar esses serviços (apoio de tráfego aéreo) além do continente, sobre o Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões de km². Ainda, em toda essa área, a FAB cumpre missões de busca e salvamento para localizar, socorrer e resgatar pessoas em perigo na terra ou no mar.” Outro trecho do site merece destaque: “… se relaciona com a defesa dos interesses nacionais na chamada Zona Econômica Exclusiva. Com unidades operacionais em regiões estratégicas, a FAB utiliza sua estrutura de defesa aérea com aeronaves de Caça, Transporte, Patrulha Marítima, Reconhecimento, Asas Rotativas e Alerta Aéreo Antecipado.”
Saudações amigo!
Sou oficial da marinha mercante e trabalhei na petrobras por 25 anos.Fui comandante de embarcaçôes que fazian abastecimento das plataformas com agua diesel e rancho..
Percebo que esse projeto e concebivel de se colocar em prática.
Um navio catamara grande com um heliporto grande no convés, não será a dicotomia p seu projeto e pensamento?!….
Em particular, o q acho bacana ou interessante, é q todos reconhecem as atuais necessidades das forças armadas brasileiras e querem mudar a atual situação, e cada um se esforça no q sabe ou quer ajudar…
Seja qual for as escolhas ou projetos, terá q ter drones e equipamentos de auxílio p situações de emergências de submarinos, prevenção, pois estará mais perto do q o pessoal do continente.
Abraço
Eu acho a ideia de uma base flutuante em pontos estratégicos no Oceano muito válida….
Mas na minha opinião teria q ser um navio, pois plataforma de petróleo mesmo q modificada e com poder de fogo de defesa ou ataque, é um alvo muito grande e lento no deslocamento ou fuga, e outra em caso de conflito e guerra, o inimigo iria “babando” p afunda-la, e ao meu ver teria q ser um navio específico modificado com grandes porões p cargas, alojamentos, áreas de entretenimento e principalmente barcos ou lanchas p apoio ou ataques e um grande heliporto com hangar p helicopteros grandes. Nesta linha de pensamento os navios q seriam interessantes ao meu ver seriam navios docas e porta helicópteros com algumas modificações mas com tripulações reduzidas.
Gostaria de citar o porta avião ligeiro, modificado da classe wasp dos eia, acho ele como um bom conceito p estudar como base flutuante de longa distância da Costa. Em caso de emergência ou acidente o navio liga os motores e vai em direção da embarcação “sinistra”, e as partes vazia do navio vira tanques de combustível p reabastecer outras embarcações.
Tanto p quem optar por plataforma ou navio como base flutuante distante, a marinha terá q ter uma força aero naval com caças, aviões de patrulha, helicopteros medios, grandes e drones p apoio, suporte e proteção.
Namastê
Abraço
Super Válida a ideia.
Temos meios para monitorar a partir das plataformas, me refiro aos radares.
Saber M60 e Saber M200
Gaivota
Mansup /Astros 2020
Drones fabricação nacionais
Podíamos criar um mesmo adquirir a licença para construir uma família de Navios Patrulha com capacidades aprimoradas se armamentos. De custo acessível para inflarmos nossa costa e mais submarinos convencionais para cobrirem essas plataformas.
Sem dúvidas teríamos que ter mais 3 bases aéreas navais com caças como o Gripen destinados as demandas desse cenário para reação rápida.
Helis, embarcações de apóio, sistemas de mísseis com radares em terra OTH0100 da IACIT onde poderíamos facilmente monitorar o limites de nossas fronteiras apoiadas por sistemas tbm de mísseis terrestres além das que fossem instaladas nas plataformas.
Uma cobertura digna de proteção aos nossos mares, a nossa pátria.
De tudo o problema seria onde instalar os radares OTH.
E ainda consegue operar um F35 VTOL! Cheguei a falar sobre isso com um amigo da Marinha, na época que compramos o Oceano.
Em caso de conflito militar, as plataformas seriam os primeiros alvos visados pelos inimigos. Se for assim, por que não transformar Fernando de Noronha numa gigantesca base aeronaval com a utilização de vetores a jato, fazendo da ilha um gigantesco ‘porta – aviões’?
Fernando de Noronha também seria um alvo. E dos bons. Aliás, creio que num bloqueio naval ele já é um alvo preferencial. De qualquer forma, num conflito, tudo vira alvo. Veja na Ucrania e em Gaza, ninguém tem dó de escolas, nem hospitais. Atacando o inimigo e ao mesmo tempo aterrorizando a população civil.
Mas seria um alvo móvel (as plataformas não são fixas) e elas teriam radares com grande alcance e lançadores de mísseis antiaéreos. Ou seja, poderiam se defender apesar de quase estáticas. Se fosse loucura a US Navy não estaria vislumbrando isso.
Sim, seria excelente fazer dessa ideia um componente do SisGAAz… veremos… forte abraço…
Obrigado XO, seus comentários são sempre bem vindos!
Se “num conflito tudo vira alvo”, Talisson o próprio Ponto de Conexão (que podemos chamar de PC) é inviável justamente por ser mais um alvo.