Por Hélio Schwartsman
Armas nucleares, ao contrário de tanques e fuzis, são feitas com o propósito de jamais ser utilizadas. Seu teatro de operações não é o território inimigo, mas a mente do adversário. Ganha quem convence a outra parte de que não tem nada a ganhar iniciando o conflito. Obviamente, quem não pode ser atacado (pelo menos não numa guerra total) se torna poderoso.
Durante a maior parte da Guerra Fria, EUA e URSS atuaram sob a lógica da doutrina MAD (acrônimo inglês para “destruição mútua assegurada”), que, ironicamente, significa “louco”. Pela MAD, você deve acumular arsenais suficientemente grandes – de preferência capazes de destruir a Terra várias vezes – e mantê-los fora do alcance de inimigo, de modo a conservar a capacidade de responder mesmo depois de sofrer um primeiro ataque – daí a ênfase em mísseis e submarinos atômicos, que podem passar anos submersos.
Numa descrição mais formal, EUA e URSS operavam para consolidar a situação em que nenhum jogador teria nada a ganhar mudando sua estratégia unilateralmente. É o que, em teoria dos jogos, leva o nome de equilíbrio de Nash.
Funcionou, já que Washington e Moscou puderam manter alto nível de belicosidade por meio século sem trocar diretamente um só tiro.
O pressuposto da teoria dos jogos e também o da MAD e mesmo o de investidas não tão ambiciosas no tabuleiro nuclear é o de que todos os participantes são atores racionais. É aí que a coisa pega. Não nos sentimos seguros quando a segurança planetária depende de figuras como Kim Jong-un agirem racionalmente.
Psicologicamente, é verdade. Mas, mais objetivamente, apesar da imprevisibilidade do regime norte-coreano, ele não deu mostras de que age irracionalmente. Ao contrário, todos os passos que ensaiou até aqui, incluindo suas chantagens nucleares, não só são lógicos como tiveram êxito.
FONTE: Folha de São Paulo
Por mais bem preparada que seja as forças do Sul .. Sua posicão geográfica “peninsula ” seu tamanho e proximidade da capital com o inimigo já os deixam em desvantagem sem contar com a chuva de artilharia foguetes e misseis que viria sobre Seul. no final eles poderiam ate ganhar a guerra com apoio americano , mas a um custo muito alto tanto humano como econômico .
Apesar dos comentaristas de “super trunfo”, foi o que sempre advoguei aqui. Diversas vezes tive que chamar alguns à realidade para o fato de que arma nuclear só é utilizada como último recurso, como numa invasão de uma força desproporcional visando a ocupação, coisa que, nos dias de hoje, é algo raro.
ricardo,
Sigo linha de raciocínio similar.
O uso de uma arma nuclear em um conflito, por si só, teria implicações políticas e econômicas catastróficas… Ninguém teria coragem de usar contra o território de outro sob o risco de uma retaliação que poderia ser desproporcional ou de um isolamento econômico que o levaria a miséria…
Logo, em um conflito, armas nucleares só teriam algum uso para bloquear uma imensa ofensiva em solo pátrio. É o único caso em que não se poderia considerar uso de força igual retaliatória. E ainda assim, artefatos de poderio limitado, abaixo dos 5 KT…
Até sem armas nucleares o custo de um confronto com os norte Coreanos seria terrivel para o Sul
já que Seul fica muito proxima da fronteira e sofreria baixas terriveis .. .
Assim isto vai seguir sempre assim o ditador para se manter vai ficar falando horrores e investindo tudo que tem em seu exercito, e a Coreia do Sul seguira forte crecimento economico e social com a proteção militar do Tio San.
as forças terrestres da coreia do sul são bem preparadas, os norte coreanos não iriam conseguir chegar a capital tão facil assim…
O Bush acusou tanto a Coréia do Norte e o Iraque de terem armas de destruição em massa
O Saddam inventou de dizer que não tinha e tomou uma invasão em 2003…
lógico que tinha armas, tanto que as mesmas foram transportadas pra Síria antes da invasão e foram utilizados tempos atrás na Guerra Civil da Síria
O Sadam não só tinha armas químicas como também biológicas, tanto que usou armas químicas em Halabja contra os curdos iraquianos, agora o arsenal químico sírio,creio não ser uma contribuição do Sadam, pois ele já era mencionado desde os anos 70, e segundo os relatos servia para contrabalancear
o arsenal atômico dos israelenses !
Eles acusaram o Saddam mas nunca acharam, sequer mostraram as tais armas para justificar a invasão? Desculpe mas não existe lógica nisso.
A única diferença do Nhonho nuclear da Coréia do Norte,dos demais lideres nucleares por assim dizer,é a propaganda pejorativa que a mídia faz em cima do Sr. Kim Jomg-un ,mas na verdade ele não faz nada de muito diferente de Netanyahu , o Kim e seu antecessor sempre se limitaram a falácias e pirotecnias para chamar a atenção, Kim até o momento não se aventurou além de seus domínios não promoveu invasões é apenas um cão que late !
Pra quem acha que o gordinho é maluco hein. Ta jogando o xadrez dos grandes.