Por Primeiro-Tenente (T) Paulo Yan Carlôto de Souza
Para que sua execução fosse possível, os veículos e equipamentos do Corpo de Fuzileiros Navais se deslocaram do Rio de Janeiro (RJ) para Brasília (DF), num percurso de mais de 1.400 km, evidenciando sua capacidade expedicionária.
Realizado desde 1988, o exercício deste ano ocorreu no período de 2 a 10 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa (CIF), e contou com 3.500 militares das três Forças. Desde 2021, a operação passou a incluir a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Foram empregadas cerca de 160 viaturas e equipamentos diversos, incluindo carros de combate, veículos blindados, Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), aeronaves de asa fixa e rotativa, obuseiros de artilharia e Lançadores Múltiplos de Foguetes (LMF) ASTROS. O treinamento com tiro real contou, pela primeira vez, com pelotões de Fuzileiros Navais de Belém (PA), Natal (RN), Salvador (BA), Ladário (MS) e Rio Grande (RS). Também houve a participação de um destacamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América (USMC).
Presente na demonstração operativa, o Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ressaltou que “a Operação Formosa foi concebida inicialmente com o propósito principal de assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais como força estratégica de pronto emprego e de caráter anfíbio e expedicionário, capaz de atuar no País e no exterior, conforme previsto na nossa Estratégia Nacional de Defesa. Com a inclusão de uma série de atividades conjuntas, em especial relacionadas ao apoio de fogo e ao controle do espaço aéreo, essa operação passou a representar uma imperdível oportunidade para treinar e integrar os militares das três forças armadas”.
Também presente em Formosa, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, destacou que a operação prepara a MB para atender às necessidades do país.
“A Marinha estará sempre na vanguarda de acordo com as necessidades do povo brasileiro. O que a sociedade pode esperar é sempre muito comprometimento, muita dedicação e muito empenho. Não é à toa que essa operação simulada aqui, a operação Anfíbia, é operação de maior atrição de todos os tipos de operação naval. Os Fuzileiros Navais são comprometidos, a Marinha é comprometida e essa combinação da força de desembarque com a força tarefa anfíbia torna a Marinha do Brasil uma Marinha com capacidades únicas do mundo”.
O Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou a importância do treinamento para a Força de Fuzileiros da Esquadra. “Essa operação integra o plano geral de adestramento do Comando de Operações Navais e trata-se de uma operação de grande envergadura e complexidade dentro deste plano ela, já realizada no segundo semestre, atinge um grau preparo e emprego da Força bastante destacado”, ressaltou.
O exercício
Em resumo, a demonstração operativa, realizada, simulou um ataque coordenado durante uma Operação Anfíbia, a fim de conquistar um dos objetivos finais da Cabeça-de-Praia. Na demonstração desta quarta-feira foram empregados aviões, helicópteros, carros de combate e blindados, com bombas e metralhadoras; disparos de fogos de artilharia de tubo e de foguetes; infiltração de paraquedistas; montagem de Unidade Avançada de Trauma (UAT) com telemedicina, posto de descontaminação Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), laboratório móvel de detecção de agentes químicos, entre outras atividades. Devido às características do terreno do CIF, todos os armamentos e sistemas de armas utilizados no exercício puderam empregar munições reais.
Para a demonstração, foram utilizados CLAnf, viaturas M-113, UNIMOG 5000, viaturas PIRANHA, obuseiros 105 mm, foguetes SS-30 e SS-60. Além disso, foram utilizados meios de artilharia do Exército Brasileiro, como obuseiros 105mm e LMF Astros. A fim de apoiar as ações das tropas em terra, foram utilizadas aeronaves AF-1 e aeronaves Esquilo do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, da Marinha do Brasil, e as aeronaves R-99, A-1, A-29 Super Tucano e C-130 Hercules, da Força Aérea Brasileira.
As características de mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade do Poder Naval, materializadas no contexto de uma Operação Anfíbia, permitem o cumprimento da tarefa básica de proteção de poder sobre terra, abrindo o caminho para os elementos de manobra mais robustos característicos da Força Terrestre, tudo isso em conjunto com as ações da Força Aérea.
Também foram realizadas ações de salto livre operacional, com a participação de militares paraquedistas das três Forças. Experiência destacada também pelo Segundo-Sargento (Fuzileiro Naval) Wellington Ferreira da Silva. “O terreno aqui proporciona uma diversidade bem grande de missões que a gente pode cumprir. Formosa tem um clima bem atípico, bem parecido com o deserto. A ambientação com esse tipo de clima favorece nosso treinamento para podermos atuar em qualquer área do território nacional”.
A Capitão-Tenente (Md) Franciane Zamparetti Callegari, médica radiologista e nuclear com especialização em Defesa NBQR que teve a oportunidade de saltar com o Sargento Wellington, ressaltou a importância dessa experiência. “Essa foi a primeira vez que participei da Operação. Eu fiz dois saltos durante a operação e o último foi muito especial porque foi com a entrega da bandeira do Brasil ao Ministro da Defesa”.
Força de Fuzileiros da Esquadra
A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) é a tropa anfíbia da Marinha do Brasil que atua em Operações de Guerra Naval, ações com emprego limitado da força e atividades benignas. Trata-se de uma força estratégica de pronto emprego, de caráter anfíbio e expedicionário. Em abril desse ano, a Força de Reação Rápida dos Fuzileiros Navais foi certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como nível 3 de prontidão para as Operações de Paz, o mais elevado nível operacional para aquela organização. A força foi assim a primeira do País a atingir tal certificação, sendo atualmente a única no mundo.
O Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, Vice-Almirante (Fuzileiro Naval) Carlos Chagas Vianna Braga, destacou os principais desafios para a execução de uma operação desse porte, “o primeiro foi um desafio logístico para trazer essa quantidade de fuzileiros navais e marinheiros do Rio de Janeiro para Formosa, especialmente pela quantidade de equipamentos, viaturas e veículos blindados que trouxemos. O segundo grande desafio é que nós estamos operando com munição real o tempo todo, ela requer tropa qualificada e profissional”.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Muinto bom o aguerricemento de nosso exercito Brazileiro , so asim vemos adificudade logistica, que precizamos melhorar e investir, se do rio pra brazilia ja tem deficudade imagina enviar nosso exercito aconbater fora ,muinto bom e inportante, mais preciza melhorar muinto ,nao podemos considérer Haïti uma vitorio ,pois conbater hommes e mulher sem armas justo com facao, e faca,e pedra n’a mao ,uma Guerra , isso no Rio vive os policiais todos os dias. Temos que continua , PARABENS camaradas das força Armada .