O chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) levantou alguns pontos que precisam ser trabalhados — como a questão do combustível — para o projeto brasileiro receber carta verde do órgão. A permissão ainda deve levar cinco anos até ser concretizada, afirmou Rafael Grossi.
Em outubro do ano passado, a Marinha do Brasil começou a etapa inicial da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, projeto idealizado há 45 anos e que deve ser o primeiro do gênero a compor a frota das Forças Armadas brasileiras, com previsão para ficar pronto em 2029.
Mas de acordo com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, o Brasil só terá aval da ONU para operar um submarino de propulsão nuclear se abandonar as posições históricas de resistência a inspeções detalhadas de suas instalações atômicas.
O diretor-geral também afirmou que a autorização final para operação do submarino deve sair em cinco anos, mas com chance de acontecer em “menos de tempo”.
As negociações com a agência da ONU para o sinal verde ao Álvaro Alberto, nome dado ao submarino em homenagem ao ex-vice-almirante da Marinha e cientista brasileiro que faleceu em 1976, começaram em junho de 2022.
Grossi afirmou que deu o mesmo tempo para a aprovação à Austrália, que entrou com pedido semelhante também em 2022, no âmbito da aliança AUKUS (com os Estados Unidos e o Reino Unido), que prevê, entre outras coisas, a construção de submarinos de propulsão nuclear em solo australiano. No entanto ressaltou que “há diferenças entre os dois casos”.
“O caso do AUKUS está dentro de uma realidade política totalmente diferente. É uma questão de alta politização, diferente do caso do submarino nuclear brasileiro. O AUKUS é um projeto trinacional, o Brasil tem um desenvolvimento autóctone do ponto de vista de salvaguardas e inspeções”, afirmou o diretor-geral, segundo o jornal.
Grossi acredita que “negociações muito difíceis” estão por vir no caso do AUKUS, uma vez que “os projetos lamentavelmente ocorrem em um momento de tensões internacionais mais altas, em especial no Indo-Pacífico, no mar do Sul da China. Imediatamente, há uma leitura política e militar sobre o porquê desses submarinos americanos na Austrália e qual o impacto que terão”.
Questionado sobre se a complexidade das tratativas do AUKUS pode impactar o projeto brasileiro, a autoridade disse que sua função é “manter a mente asséptica e contar com a boa-fé de todos”.
Uma outra preocupação levantada por ele é o combustível dos submarinos, já que a agência mantém rígido controle sobre material físsil e o Brasil, mesmo sendo signatário do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), sempre se recusou a aderir aos chamados Protocolos Adicionais de 1997.
O chamado Procedimento Especial é um protocolo de contagem do material antes e depois de uma missão, com o devido acesso a diversas áreas sensíveis da embarcação e de seu apoio em terra, relembra a mídia.
Ao mesmo tempo, Grossi afirma que as negociações trarão outro problema central para o Brasil: a origem de seu combustível nuclear.
Apesar de dominar o ciclo completo de produção, o país não tem capacidade hoje para fazê-lo de forma certificada. Por fim, o diretor-geral disse que pretende visitar o Brasil neste ano para debater a questão.
FONTE: Sputnik
China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão nunca deram atenção para essas imposições da ONU, diga se USA. Quem tem a tecnologia não quer que os outros tenham. Lembrei de uma frase “faça o que eu mando, não faça o que eu faço”
Gostaria de saber se o nosso submarino nuclear terá lançamento vertical de mísseis. alguém pode dizer ?
Não terá. Será igual a classe Riachuelo neste quesito.
O Brasil depende de inúmeras tecnologias para a construção e operação desse sub, quem forneceria? Mesmo com o “OK” da ONU já seria difícil obtê-las imagina o contrario.
O Brasil como país soberano que é não tem que precisar de aval de Onuzinha nenhuma, agência com muitos interesses obscuros ao redor do mundo. Teremos sim nosso primeiro de muitos submarino nuclear Álvaro Alberto. Nós construímos a tecnologia do zero já que país nenhum do mundo que domina tal tecnologia vende para outro país e agora os cara querem saber como fizemos isso? Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.
Espertalhão!!!, vc o que são embargos internacionais ?, basta uns dois embargos para o Brasil QUEBRAR !!!,
Alguns aqui já externaram basicamente o que penso sobre essas “agências”… por mim, sairíamos inclusive da ONU, quanto mais das demais agências transnacionais…E todo argentino tem de ser FDP com brasileiro?
Sinceramente eu sou muito a favor do Brasil estar em alianças e participar de projetos de desenvolvimento conjunto, mas se eu fosse o presidente do Brasil e de manhã lesse/assistisse no jornal que um certo ser/organização alegou que o Brasil precisa de seu AVAL, no mesmo momento eu pediria uma reunião de imprensa e divulgaria que estamos estudando aumentar o orçamento para ao invés de construir 1 SNBR agora seriam 10 e ainda iniciaríamos pesquisa e desenvolvimento de misseis balísticos intercontinentais.
Como sempre a ONU iria alegar que o Brasil não ganharia o AVAL, e nisso eu iria novamente na imprensa dizer que devido a manifestação de algumas organizações internacionais que se acham no direito de comandar os assuntos de segurança nacional do Brasil, o Brasil estaria adotando uma postura de defesa, priorizando sua soberania e defesa nacional, dessa forma não iremos mais permitir que órgãos internacionais efetuem a fiscalização de nossas instalações com tecnologias sensíveis.
Como dizemos na região em que moro “O Brasil precisa colocar o pau na mesa e mostrar que tem culhões”.
o Irã fez e faz o que quer. Coreia do Norte nem se fala. A Turquia idem. e Quererem cantar de Galo aqui….
Deveríamos sair desses acordos. É mais do que evidente que não querem que o brasil tenha esse navio. Não duvido que haja futuras sabotagens.
Excelente forma de unificar a opinião nacional incluisve vencendo brigas internas entre esquerda e direita… para bens Sr. Grossi, não só sua agência é absolutamente inútil e irrelevante em 2024 como você conseguiu um milagre em unificar o povo brasileiro em algum tema. Nossa resposta unificada: Gentilmente pegue suas inspeções e seu aval e enfie no fundo de seu….. nos vamos fazer o que quisermos dentro de nossa soberania e jurisdição, ainda mais em temas de defesa e tecnologia na área
E tinha que vir de um “argentino”.
E para ajudar, uma materia da Sputnik, sendo que o Putin também deu um não (a certificação) a solicitação de aval do Brasil. Restando um po$$ivel acordo do governo francê$ para fazê-lo.
Lembrando que havendo um aval de uma potência nuclear a certificação fica mais fácil e que não será problema para os australianos. Internamente sim eles tem que driblar leis.
Só para esclarecer que a matéria saiu na Folha e o Sputnik apenas reescreveu.
Isto está com cara, mão, braço dos eia querendo saber até q ponto chegou o desenvolvimento intelectual brasileiro e se tem “alguem” auxiliando o Brasil “por fora…”, só p tirar dúvidas e prova, lembra do avião dos eia farejador…
No meu entendimento é necessário desenvolver o(s) submarino(s) nuclear(es) brasileiro, e como é uma tecnologia muito complexa e perigosa, e o alto valor gasto durante décadas no projeto, significa q não existe volta, logo p não perder tudo e não ficar submisso ou “capacho dos outros”, o Brasil deveria pagar o q pedir e comprar a tecnologia nuclear dos russos, chineses e até da Índia, visto q eles já ofereceram outrora, e qd o “maionete dos eia” quiser saber sobre a tecnologia ou fazer inspeções, manda ele fazer a tal inspeção na matriz ou na Rússia, ou China ou Índia.
O Brasil tem jazidas de urânio, só por esta afronta, deveria fazer boicote e aumentar o valor de venda das matérias primas, e se não quiserem pagar, vá comprar de outros….
Abraço
Não é burocracia.
Na realidade eles permitem que países desenvolvam o que eles acham que devem desenvolver.
Se eu fosse presidente, o Brasil estaria fora da OEA e da ONU e também cancelava todos os vínculos com o US ARMY, NAVY or USAF.
É a ” governança global” do amor….
Tá certo, todos os países seguem e respeitam tais regras em assuntos ligados a energia nuclear para Defesa, vejam o exemplo da Coreia do Norte e do Irã!
(contem ironia)
Lembro bem que Lula queria um governo mundial que se sobrepusesse aos interesses nacionais; Está aí um exemplo disso kkk
Mais uma da ONU sem NOÇÃO.
O Brasil não quer e nem precisa de Autorização da ONU para fazer seu submarino nuclear.
O Brasil ERRONEAMENTE deu ciência ao organismon da ONU da sua atividade e não PEDIU PERMISSÃO!!!
Espero que o governo atual não receba este tal de Grossi se ele manter esta postura…
Ele que enfie seus 5 anos para AUTORIZAÇÃO onde bem lhe aprouver…
Mas não pode deixar de se COMENTAR que a iniciativa de DAR CIÊNCIA a ONU sobre o projeto foi do bufão presidente ANTERIOR e seus integrantes PATÉTICOS e neste caso específico o infame Alte Garnier…
Comandante da MB da SEGUNDA TURMA…
Pressão infundada. Não precisamos de autorização para desenvolver e operar os submarinos nucleares. Não assinamos o protocolo adicional e nem precisamos assinar. Mas mesmo assim, temos um acordo com a França, já está bastante avançado, para que esta forneça o certificado a ainda faça a transferência do know-how para o Brasil fazê-lo por si só futuramente.
Só da instalação do reator e não do desenvolvimento nuclear. Isso, evidentemente, não está no acordo.
Só vai autorizar se nos abrirmos a perna toda kkk.
Ou mostra tudo que queremos ou então nada feito.
Esse é o modo que os países de primeiro mundo trata um possível futuro concorrente e faz de tudo para dificultar e faz de tudo para manter essa sua colônia na suas regras .
Nessa questão específica o país deveria construir o submarino sem o aval da AIEA.
Tem que mandar a essa instituição inominável pra …….
Toda essa burocracia viola a soberania brasileira, tanto da inspeção como dos interesses da ONU. O que tem a ver a inspeção detalhada dessas instalações com material nuclear? Querem passar essas informações para os EUA, para a França ou para os britânicos?