Por Diogo Schelp
A organização sem fins lucrativos Skytruth, baseada nos Estados Unidos, publicou na sexta-feira (15), em sua página na internet, um artigo sobre um navio que demonstrou comportamento suspeito ao longo da costa brasileira no período que, acredita-se, ocorreu o vazamento de petróleo que está poluindo as praias do Nordeste e matando a vida marinha na região.
O artigo foi escrito por Bjorn Bergman e afirma que nenhuma das análises de satélite até agora foi capaz de apontar a origem do desastre ambiental. Bergman diz que decidiu, então, partir primeiro da análise das rotas dos navios que percorreram a costa brasileira, para só depois procurar indícios de manchas no mar.
Ele afirma ter encontrado alguns exemplos de embarcações que se comportaram de maneira estranha nos últimos meses, por exemplo, parando em alto-mar sem necessidade aparente. O autor da Skytruth também afirma que alguns desses navios aparentavam estar despejando restos de óleo no mar, um produto conhecido como bilge water, ou “água suja” do porão.
Outros navios analisados desligavam o sistema de rastreamento quando em águas brasileiras, em violação às normas marítimas internacionais.
Um navio em especial, porém, chamou a atenção de Bergman: o The Amigo, de bandeira das Ilhas Marshall, que partiu da Espanha com destino à Argentina e parou em alto-mar por mais de 14 horas em duas ocasiões, entre os dias 24 e 26 de julho, a 200 milhas náuticas do litoral brasileira, ou seja, dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil. Segundo o autor do artigo, paradas tão longas são suspeitas porque representam um custo muito alto para a logística do transporte marítimo.
O próprio autor da Skytruth, no entanto, reconhece que analisou imagens satelitais das áreas onde ocorreram as paradas, mas não encontrou nenhum indício de manchas de petróleo.
O The Amigo, que transporta asfalto/betume, atracou em Campana, na Argentina, no dia 10 de agosto. A embarcação já foi usada para transportar asfalto venezuelano para os Estados Unidos.
A Skytruth, que reúne entre seus fundadores empresas e organizações como Google e Oceana, questionou recentemente as investigações do governo brasileiro que apontam como principal suspeito do vazamento o navio grego Bouboulina.
FONTE: UOL
Infelizmente quanto mais o tempo passa mais pizza cheira, assim como o caso “Marielle”, não acredito que algum culpado seja definido após tanto tempo do ocorrido, se havia alguma prova cabal provavelmente ela já se perdeu!