No dia 23 de dezembro de 2024, em cerimônia realizada na Base Naval Captain P N Sacharia, na cidade de Walvis Bay, o Contra-Almirante Alweendo Paulus Amungulu passou o Comando da Marinha da Namíbia para o Contra-Almirante Sacheus Randy !Gonteb. Os dois Almirantes tiveram formação em instituições de ensino da Marinha do Brasil (MB), no contexto do Acordo de Cooperação Naval Brasil-Namíbia, que completou 30 anos em 2024.
O Contra-Almirante !Gonteb formou-se Oficial na Escola Naval, concluindo seus estudos com a Turma Almirante Ary Rongel, em 1999.
Em seu primeiro discurso como Comandante da Marinha da Namíbia, o Contra-Almirante !Gonteb declarou que sua visão para a Marinha namibiana reside na construção de uma Força que seja exemplo de profissionalismo militar e naval, excelência operacional e inabalável compromisso com os valores da nação. “Esta visão nos guiará no cumprimento de nosso papel regional, nacional e internacional, na proteção das nossas águas, participando de missões de segurança marítima e de esforços humanitários”, destacou.
Presidida pelo Chefe das Forças de Defesa da Namíbia, Marechal do Ar Martin Kambulu Pinehas, a cerimônia contou com a presença de diversas autoridades do país. Militares da MB, que integram a Adidância de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutica, a Missão de Assessoria Naval e o Grupo de Assessoramento Técnico de Fuzileiros Navais na Namíbia, também compareceram ao evento.
Esta foi a terceira troca de comando da jovem Marinha namibiana, que completou 20 anos em outubro de 2024 e que conta com o suporte da MB desde antes do seu comissionamento, quando ainda era denominada Ala Marítima das Forças de Defesa da Namíbia. O apoio da MB à Marinha da Namíbia, sobretudo nas áreas de assessoramento, treinamento e formação de pessoal, é o principal vetor do Acordo de Cooperação Naval Brasil-Namíbia, a mais longeva e bem-sucedida parceria militar do Brasil no continente africano, que serve de modelo de atuação conjunta para a promoção e fortalecimento da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.
FONTE: MB
Se tivéssemos uma indústria naval consolidada, poderíamos estar equipando nossos “irmãos de águas” na costa africana e, assim, compartilhando e desenvolvendo doutrinas. Deveríamos ter portos navais em conjunto e um tráfego constante de patrulhas cruzando o oceano, visitando-se e revezando na proteção do Atlântico Sul. Mas, hoje, mal conseguimos construir navios de 500 toneladas para patrulha para nós mesmos, imagine construir, vender e prestar suporte pós-venda.
Um sonho que ficará só no sonho mesmo.