Por Gidget Fuentes
O mais novo “Cutter” da Guarda Costeira está iniciando sua primeira patrulha operacional no Atlântico Sul para conter a pesca ilegal, não regulamentada e não declarada na América do Sul.
O USCGC Stone (WMSL 758) pertence a classe Legend, e sua tripulação de 120 homens e mulheres na semana passada transformaram o que é tipicamente uma comissão de “shakedown” em preparações de curto prazo para conduzir operações de segurança marítima na América do Sul após a partida de Pascagoula, Miss.
A Guarda Costeira recebeu o Stone do estaleiro Huntington Ingalls Industries, em 10 de novembro e planejou seu comissionamento em sua futura Homeport, em Charleston, SC, para após seu retorno do deployment.
O navio suspendeu após uma restrição de duas semanas a bordo, em que os tripulantes permaneceram atracados. Depois de deixar Pascagoula pouco antes do Natal, a tripulação estava ocupada com exercícios e treinamentos, incluindo operações de pequenos barcos, exercícios de abandono de navio e operações com helicóptero.
A viagem inaugural é “uma viagem de vários meses no Atlântico Sul contra a pesca ilegal, não regulamentada e não declarada, ao mesmo tempo que fortalece as relações de soberania e segurança marítima em toda a região”, de acordo com um comunicado à imprensa da Guarda Costeira.
“Esta é a primeira patrulha da Guarda Costeira à América do Sul, envolvendo parceiros como Guiana, Brasil, Uruguai, Argentina e Portugal.” Um observador da marinha portuguesa embarcou no navio durante a Operação Southern Cross na região do Comando Sul dos Estados Unidos.
“A patrulha do Stone demonstra nosso compromisso com a ordem baseada em regras estabelecidas, ao mesmo tempo em que aborda a pesca IUU onde quer que um navio da Guarda Costeira seja implantado”, disse o vice-almirante Steven Poulin, comandante da Guarda Costeira da Área Atlântica, em um comunicado.
A Guarda Costeira considerou a Illegal, Unreported, and Unregulated (IIU), como a principal ameaça à segurança marítima e sua aplicação como uma missão importante. Os “Cutters” apóiam a aplicação da lei internacional, rastreando atividades ilícitas e patrulhando pescas estabelecidas, geralmente em conjunto com parceiros e aliados regionais. O maior esforço foi no Pacífico, onde em 2020 os Estados Unidos, Canadá, China, Japão, Rússia e Coréia do Sul implantaram navios, aeronaves e outros ativos durante a Operação Guarda do Pacífico Norte.
Em setembro, o almirante Karl Schultz, comandante da Guarda Costeira, emitiu o “Panorama Estratégico da Pesca IUU”, que ele descreveu como “o compromisso de liderar um esforço global para combater a exploração ilegal dos estoques de peixes do oceano e proteger nossos interesses nacionais”. A contribuição da Guarda Costeira seria tripla: operações de fiscalização direcionadas e dirigidas por inteligência, comportamento contrapredatório e irresponsável do Estado e cooperação multilateral de fiscalização da pesca.
“Nem todas as nações marítimas têm a capacidade de vigiar suas águas soberanas ou a consciência moral de policiar suas frotas; esta falta de responsabilidade compartilhada cria oportunidades de exploração na forma de pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU)”, escreveu Schultz. “Esta exploração corrói a segurança regional e nacional, mina a ordem baseada nas regras marítimas, coloca em risco o acesso e a disponibilidade de alimentos e destrói economias legítimas.
“A pesca IUU substituiu a pirataria como a principal ameaça à segurança marítima global. Se a pesca IUU continuar sem controle, podemos esperar a deterioração dos Estados costeiros frágeis e o aumento da tensão entre as nações pesqueiras estrangeiras, ameaçando a estabilidade geopolítica em todo o mundo.”
Embora muita atenção tenha sido dada ao Pacífico, onde as autoridades americanas dizem que a expansão das frotas pesqueiras e de patrulha da China alardeou o direito internacional e ameaçou a segurança econômica e a soberania das nações, existem preocupações semelhantes nos recursos naturais do Atlântico Sul. As crescentes preocupações com as atividades ilícitas na pesca ao largo da América do Sul, incluindo avistamentos de mais embarcações de pesca chinesas e asiáticas, levou a Argentina a comprar novas embarcações de patrulha offshore para sua guarda costeira.
A implantação do Stone no Atlântico sul ocorre quando sua tripulação se preparava para o shakedown, mesmo enquanto permaneciam a bordo do navio para uma quarentena pré-comissão obrigatória.
“Não é fácil montar uma tripulação e preparar um navio para o mar, mas esta tripulação teve que realizar essa difícil tarefa enquanto observava as medidas de proteção associadas à pandemia do Coronavirus 19”, disse o capitão Adam Morrison, oficial comandante do Stone. em um comunicado. “A tripulação e eu estamos ansiosos por esta primeira viagem histórica, enquanto o Stone inicia uma carreira histórica de serviço a esta nação. Enquanto equilibra os requisitos de treinamento e qualificação, a tripulação do Stone se envolverá com nações parceiras na América do Sul em uma busca semelhante para conter as táticas de pesca ilegal.”
“Não consigo pensar em um final melhor para 2020 do que ver a expressão de orgulho nos rostos de nossos construtores navais enquanto o Stone sai de nosso estaleiro para se juntar à frota da Guarda Costeira”, disse o presidente do Ingalls Shipbuilding, Brian Cuccias, em um comunicado à imprensa. “Nossa força de trabalho forneceu à Guarda Costeira outro “Cutter” de última geração e altamente capaz que trabalhará por décadas para garantir a segurança marítima de nossa nação.”
O Stone será baseado em Charleston, homeport para dois outros “Cutters”, o USCGC Hamilton (WMSL 753) e USCGC James (WMSL 754).
O nome do navio vem do falecido comandante Elmer “Archie” Fowler Stone, que em 1917 se tornou o primeiro aviador da Guarda Costeira e, dois anos depois, foi um dos dois pilotos que realizaram com sucesso um vôo transatlântico em um hidroavião da Marinha.
Características
- Deslocamento 4.500 toneladas
- Comprimento 418 pés / 127 m
- Boca 54 pés / 16 m
- Velocidade 28 nós / 32 mph / 52 km / h
- Alcance 12.000 NM / 13.809 milhas / 22.224 km
- Endurance 60 dias
- Tripulação 120
- Radar de busca aérea 3D AN/SPS-75
- SPQ-9B Fire Control Radar
- AN/SPS-79 Surface Search Radar
- AN/SLQ-32B(V)2
- AN/UPX-29A IFF
- AN/URN-25 TACAN
- MK 46 Mod 1 Optical Sighting System (WMSL 750 – 753)
- MK 20 Mod 0 Electro-Optical Sighting System (WMSL 754 – 760)
- Furuno X and S-band radars
- Sea Commander Aegis derived combat system
- Link-11 and Link-16 tactical data links
- AN / SLQ-32B (V) 2 Sistema de guerra eletrônica
- 2 × SRBOC / 2 × NULKA contramedidas lançadores de chaff e flares
- 1 × canhão MK 110 57 mm uma variante do Bofors 57 mm e sistema de controle de tiros
- 1 × 20 mm Bloco 1B Linha de base
- 2 Sistema de armas Phalanx Close-In
- 4 × metralhadoras (12,7 mm) Browning M2
- 2 × metralhadoras M240B de 7,62 mm
- Proteção balística para arma principal
- Aeronave transportada: 1 × MH-65C Dolphin MCH e 2 × sUAS
- Instalações de aviação: convés de voo de 50 por 80 pés (15 m × 24 m)
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: USNI News
FOTOS: Wikipedia
Co este governo os EUA vão ficar com o Atlântico Sul pra eles, simples assim. Nossa MB esta sucateada.
Está na hora de governo liberar a fabricação de pelo menos mais 4 unidades de Navio de Patrulha Oceânica com opção para mais 8 unidades, se depois vai efetivar ou não a as poções de compra e se vai ser 1 ou as 8 isso decide depois , só deixa engatilhado. E nos só com 3 NaPaOc. classe Amazonas.
Prescisa de ajuda america pra patrulhar o atlantico sul mais nao é de graça,na hora de assinar acordos comerciais tem que abrir a pernas pra eles sempre ,sempre os acordos sao sempre vantajosos pra eles,nao existe almoço 0800 !!!!
A matéria cita que o Navio americano irá realizar patrulhamento em AJB? Alguem leu isso? O atlântico sul nao se resume ao Brasil. Entao
Kd o greenpeace ? Esqueci .. os chineses eles não peitam
Tirando o comentário do Padilha os outros são sempre de críticas nunca estiveram em um convés ou numa OM e mais agora nossas forças armadas estão tomando corpo , por q muitas q falam na trilogia eram comunistas ligado ao partido do PT que arrebentou o meu BRASIL mais vamos sair dessa ser grande Por q o BRASIL E grande
Sem dúvidas uma ajuda muito bem vinda, mas a que ponto chegamos, depender da guarda costeira de outro país para patrulhar nossa região porque não temos navios.
80 mil contingentes, a maioria em terra, fazendo o quê? Ganhando salário para quê?
A interação será boa, trará novos conhecimentos, beleza. Mas a interação seria melhor se tivéssemos navios dedicados a isto para interagir com este USCG.
Situação vergonhosa. Melhor demitir este contingente inútil e oneroso e fechar um contrato com os EUA para nos defenderem.
Enquanto 80% do orçamento das nossas forças armadas foram para salários, pensões e outros benefícios, continuaremos tendo uma quantidade mínima de equipamentos.
Com certeza o envio desse navio deve ter partido de varios paises aqui da regiao ligando em Washington e pedindo providencia contra as mega frotas chinesas fazendo a limpa na regiao !!!!
Como a america do sul é quintal deles nada mais prudente mandar a guarda costeira deles verificar como está o quintal deles !!!!
Dependemos de patrulha americana pra fazer o papel que seria de nossa responsabilidade e pra nossa segurança e estabilidade regional !!!!
Temos os piores politicos do mundo !!!!
Os piores políticos do mundo porque o pior povo do mundo os colocou lá. Me poupem, temos muita culpa nesse cartório. Quem coloca pode muito bem tirar.
Caramba serão 11 dessas belezas. Com canhão de 57mm e dois phalanks, fora o deslocamento de 4500 ton.
Marinha dos EUA realmente está em outro patamar.
Marinha não, Guarda Costeira!
São duas instituições diferentes. O interessante é que sua atribuição é defesa costeira estadunidense. Ah, me esqueci! O litoral deles estendeu-se até aqui!!!
A Guarda Costeira Fluminense limita-se malmente ao interior da baía da Guanabara. A maior Marinha terrestre do mundo, com 80.000 pessoas, que não têm nem navio para pintar.
Sugestão para novo livro: “A Morte do Cisne”.
Ocorre que, caso fosse preciso afundar algum pesqueiro chinês, isso seria menos problemático se fosse feito pelos EUA do que por uma Guiana da vida.
Os americanos vão fazer oque a marinha do brazil não consegue fazer.
Tenho que concordar, infelizmente.
Padilha, isso vai ser muito bom para ajudar a conter aqueles navios chineses pesqueiros.
Acredito que o mais importante será a interoperabilidade entre as marinhas que irão operar com este navio 0Km da GC americana. O ganho para ambas as partes será enorme e antes que alguém venha falar em soberania, patrulha o AS não interfere em nada na soberania dos países, pois eles deverão operar em conjunto com as Marinhas dos países visitados.
Ah com certeza, será um grande reforço conjunto este navio.
Um grande apoio desse para ajudar a nossa Marinha foi um presente pra nós.
Guarda Costeira… Seria uma boa o Brasil possuir uma.
Quase nem nossa marinha tem navios, imagine um outro ramo?
Pois é, mas poderia começar com navios de patrulha fluvial e lanchas, e deixar os de patrulha oceânica e os meios de esquadra com a Marinha.
Se começasse assim, a Marinha ficaria menos sobrecarregada.