O mais novo porta-aviões da Grã-Bretanha ficará fora de combate em Portsmouth até maio do ano que vem, depois que um segundo alagamento destruiu os sistemas elétricos vitais da embarcação. O HMS Prince of Wales foi proibido de zarpar de seu porto natal por motivos de segurança, depois que milhares de litros de água do mar inundaram a casa de máquinas do navio por mais de 24 horas nesta semana e danificaram a parte elétrica.
Isso ocorre poucos meses depois que o navio de última geração que custou £ 3,1 bilhões, que deveria partir para os EUA para realizar testes com os caças stealth F-35 este ano, foi inundado a uma profundidade de 3 pés após um vazamento na sala de máquinas em maio. Os engenheiros agora estão avaliando quilômetros de cabos dentro do navio depois que o incidente deixou os gabinetes elétricos do porta-aviões submersos. A inundação foi contida e uma investigação foi iniciada.
Uma fonte disse ao The Sun: ‘É constrangedor. A viagem à América levou anos de planejamento e tivemos que dizer que não podemos ir. ‘Vai demorar meses para reparar o dano. Os custos chegarão a milhões.’
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: MSN News
Isso é uma nova amostra de um tipo de incidente que ocorreu em novas unidades navais do Reino Unido que aconteceu com novos submarinos e outras unidades de superfície.
O maior indício aponta que o cenário de grande escassez de recursos no orçamento militar e os inúmeros cortes e cancelamentos de programas atinge particularmente forte a industria de construção naval britânica.
A carência de recursos e os cortes profundos em pessoal de engenharia e trabalhadores especializados na área de construção naval fez com que a qualidade geral de serviço e principalmente o controle de qualidade posterior tenham sido significativamente afetados por uma política generalizada temerária e desesperada de corte de custos, inclusive (no caso dos submarinos) com substituições de material/equipamentos abaixo do especificado no projeto que resulta em processo criminal e de complexos/críticos problemas de correção de projeto…
Cenário de degradação de qualidade do sistema impensável a apenas uma década…
Quando a ideologia entra no debate o nível técnico do mesmo vai à lona não é mesmo meu caro Giga!?
Boa mesmo é a MB, que enterra R$ 21 bilhões em um programa onde um dos beneficiários foi a notória empreiteira e ficou absolutamente sem recursos para tocar os outros programas de reequipamento não é mesmo!? É falta de planejamento, politicagem ou o quê que a gente chama isso ???
Ademais, ao menos os britânicos estão levando adiante um plano de reconstrução naval após anos de negligência na esteira dos cortes de gastos que vieram com o fim da guerra fria tendo sido inclusive anunciado um aumento dos gastos de defesa que dentre outras coisas irá contemplar uma nova classe de fragatas que serão construídas depois das TYPE 31. Com isso certamente a RN irá aumentar a sua presença ao redor do globo inclusive para evitar qualquer aventura populista argentina no que diz respeito às Falklands (que eles juram que se chama Malvinas)
Por fim é sempre bom lembrar que essa retomada nos gastos de defesa é mérito do governo de Boris Johnson pois caso o vencedor da eleição geral fosse o infame Jeremy Corbyn (recentemente suspenso do Labour por seu atávico antissemitismo) certamente a Royal Navy iria enfrentar um desmanche sem precedentes.
Novamente ideológico tu vai discutir FATOS com teus pré-conceitos…
Os novos submarinos Astute tem tido problemas de CONSTRUÇÃO.
O que acontece na Royal Navy vem de um problema estrutural externo e uma cumplicidade/fragilidade dos processos de acompanhamento e inspeção de recebimento dos meios navais britânicos.
Como tu mesmo reconheceste HOUVE um longo tempo de NEGLIGÊNCIA nos planos de construção naval no Reino Unido.
Vens argumentar sobre um SUPOSTO plano mirabolante de Boris Johnson…
Meu caro não INSULTE a inteligência…
Boris Johnson é primeiro Ministro Britânico desde o segundo semestre de 2019, PORTANTO este plano que falas é RECENTÍSSIMO em termos navais. É um plano em estágios iniciais que TENTA reverter problemas de mais de uma década!!!
A situação HOJE de unidades navais como os Submarinos Classe Astute e os Porta-Aviões classe Queen Elizabeth é que eles (e outros meios navais) foram construídos no cenário tenebroso que vigorava até então e na sua construção SOFRERAM estas restrições.
Tua crítica imtempestiva e fora de lugar ao ProSub é RIDÍCULA no sentido de ser realmente uma opinião ideologizada (via Oderbretch), não ter NADA A VER com o assunto em pauta NESTE POST e critica o ÚNICO programa naval bem sucedido da MB atualmente.
Programa que está com uma base naval 100% nova e com área de reparos e construção anexa ENTREGUE E OPERACIONAL, com 4 unidades de submarino convencionais classe Riachuelo em vários estágios que vai das provas de mar para entrega, lançamento ao mar iminente da segunda unidade e duas outras em construção. E inicia a finalização dos procedimentos de projeto para iniciar a construção do Reator nuclear de terra e do início da construção do SN Álvaro Alberto…
Vai ser ideológico no Reino Unido de VOSSA Majestade. Brasileiro rastejante…
As inundações internas em navios não são um fenômeno novo. Os navios de guerra têm um duto de água salgada de alta pressão que está disponível para combate a incêndios. Há também uma tubulação que leva água para resfriar motores e equipamentos eletrônicos. A quantidade de danos causados por um tubo rompido ou falha de válvula depende muito de onde ela ocorre no navio e de quanto tempo a companhia do navio leva para isolar o vazamento e bombear os compartimentos. O HMS Queen Elizabeth sofreu um vazamento interno bastante sério em julho de 2019, que exigiu um retorno imediato ao porto, mas o dano foi contido e reparado sem afetar significativamente seu programa. A QE também teve um problema muito pequeno com vazamento nas vedações do eixo em dezembro de 2017, que muitos veículos de comunicação estouraram fora de proporção.
No caso do HMS Prince of Wales, parece que a inundação foi muito mais grave porque afetou os espaços de máquinas. Fotos que surgiram em outubro mostram compartimentos inundados em alguns lugares. Os portadores QEC são movidos por motores elétricos com energia de alta tensão fornecida por diesel e geradores de turbina a gás por meio de um complexo sistema de conversores, quadros de distribuição e cabeamento. Como os navios de guerra passaram a depender cada vez mais da propulsão elétrica, os perigos das altas tensões podem tornar o controle de danos mais complexo e perigoso. Felizmente, a inundação não ocorreu no mar com os motores funcionando e o sistema HV provavelmente não estava em uso. No entanto, se os elementos do sistema elétrico forem submersos em água salgada, será necessário remover e substituir, o que será caro e demorado.
Isto é muito comum na vida dos navios e seus projetos são preparados para isso em menor proporção.
Alagamentos grandes além do normal em unidades RECÉM-CONSTRUÍDAS apontam para problemas sérios no seu projeto e no seu processo de construção.
Problemas similares em duas unidades CAPITAIS como os dois Classe Elizabeth colocam a construção naval da BAE systems e da Babcock Marine, digamos, no mesmo patamar de confiança e eficiência da HAL indiana…
Imaginem se fosse aqui no BRASIL, os ABUTRES DE PLANTÃO iriam entrar em cena e meteriam o pau no governo e como sempre iriam dizer que o material nacional era caro e não valia nada.
Como se não bastasse a falta de grana para atingir o nível de operação ideal em relação a quantidade de meios, navios e caças F-35B, e sustentar os custos, segundo eles mesmo divulgaram recentemente, sofrem duas vezes seguidas o mesmo incidente de alagamento neste NAe novo em folha. Até parece notícia da Índia, que alagou seu sub nuclear.
A Royal Navy atual é realmente uma sombra constrangedora do que já foi.
É seria uma falha de projetos? De material? Ou apenas uma manobra errada de alguém?
Se for falta de conhecimento de alguém treinamento resolve, se for material a engenharia resolverá.
Mas se for falha no projeto, aí corre riscos de virar sucata
Também fiquei com essa duvida, li a matéria mais uma vez e continuo em duvida, enfim, se for um problema de projeto a RN tá muito ferrada