O submarino NRP Arpão (S 161) iniciou o trânsito para norte e no dia 29 de abril escrevendo uma importante página, na já significativa história dos submarinos da classe “Tridente”, com a passagem pelo mítico paralelo 66º33’N, que marca a fronteira do Círculo Polar Ártico, algo que se assemelha a passagem do Equador, um marco relevante para todos os Marinheiros, e que ainda não tinha sido alcançada pelos submarinistas portugueses.
O “feito” inédito, do NRP Arpão de navegar em imersão profunda com um teto de gelo, confirmado pelos sonares ativos e sonda, trouxe à todos os tripulantes um sentimento de expectativa realizada, que justificava todo o tempo e a dedicação na preparação da missão que contou ainda com a presença do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo.
Depois de 39h30 em imersão profunda sob o gelo, o navio cruzou novamente a Marginal Ice Zone (MIZ) para leste e regressou à superfície com o sentimento de missão cumprida.
Com a conclusão desta missão o NRP Arpão tornou-se, se não só o primeiro, mas um dos poucos submarinos convencionais a navegar debaixo do gelo, uma área normalmente reservada aos submarinos de propulsão nuclear.
O submarino português permaneceu debaixo da placa de gelo num total de cerca de quatro dias, tendo também explorado a operação na MIZ, com grande densidade de gelo solto, área em que nenhum outro submarino do ocidente se atreveu a operar desde a II Guerra Mundial, com total sucesso.
Deste modo, o NRP Arpão adicionaou uma nova capacidade aos submarinos portugueses e, consequentemente, também à Marinha.
FONTE: Marinha Portuguesa
ADAPTAÇÃO: DAN
Sei do que leio, sei do que falo, mas não vou entrar em dialogo, mas não me esqueço de Fevereiro de 2020
Parabéns!!!!
É muito perigoso tal exercício, vai q os portugueses fizessem algum erro ou atrapalhada poderia ser fatal….
Provavelmente os “camaradas da 0tan”, devem ter os orientados ou ajudados no passado.
Sangue de militar, em desafiar o perigo, ou atrás de novas “emocoes”…., certamente todos os tripulantes devem ser solteiros, pois se fossem casados, não aventuariam a tal feito com risco do sub ficar preso ou errar a trajetória ou outros….
Abraço
Os submarinos brasileiro têm essa capacidade? Já foi feito isso também? Se não, alguém sabe o porquê ainda não o fizeram, sendo que existe base Brasileira lá também.
Lucas,
Precisa de uma preparação específica para essa navegação no Ártico.
Que eu saiba, nenhum submarino brasileiro cruzou o círculo Polar Ártico. Talvez possamos “ticar” esse evento com a Classe Riachuelo, quando estiver participando em algum exercício no Atlântico Norte.
O Submarino português cruzou o Ártico (Polo Norte). A base brasileira é na Antártica (Polo Sul). São hemisférios diferentes.
E o artico é uma placa de gelo boiando, não existe “terra”. A antartica é sim um continente, o que obviamente não permite passar por baixo.
Os editores que me desculpem mas isto me cheira a inveja. Para veres o texto completo https://www.marinha.pt/pt/media-center/Noticias/Paginas/OPERACAO-ARTICO-2024—NRP-Arpao-navega-debaixo-do-gelo-pela-primeira-vez.aspx, e lembra-te sempre que nem o Brasil é melhor que Portugal e nem Portugal é melhor do que o Brasil e se em vez de inveja houver cooperação, é bem melhor para ambos e deixo-te um vídeo para veres a partir do 4:50, https://www.youtube.com/watch?v=628Rc0seEQk&t=316s&ab_channel=INESCTEC
Carlos,
Obrigado pelo comentário, mas não vi como inveja e sim como uma curiosidade se já havíamos realizado tal feito.
Brasil e Portugal são nações, e Marinhas, amigas e fomos muito bem recebidos pelo NRP Arpão e seus tripulantes quando de sua escala no Rio de Janeiro, no ano passado.
Abs
Menos Carlos, menos! Parabéns ao Arpão e aos tripulantes pelo feito.
Pela forma como o Lucas indaga a situação nota-se que ele é leigo no assunto, procure compreender que nem todos tem conhecimento militar inclusive de seu próprio país. Nossa Classe Riachuelo tinha a opção, assim como a Classe Tridente, de ser equipado com AIP e pelo jeito o Lucas não sabe disso (nem sei se ele conhece a Classe Riachuelo). Então a Marinha optou por estender o casco para ampliar o espaço que seria usado o sistema AIP para o tanque de combustível e maior conforto da tripulação.
Nós temos outras prioridades submarinas que está longe de percorrer calotas polares sem necessidade técnica, operacional e principalmente para causar inveja: a Marinha está mais preocupada em construir navios ao invés de expô-los (e tripulantes) ao risco de perder os poucos que ainda temos. Pode ficar tranquilo Carlos! Não temos inveja de Portugal, respeitamos e não invejamos e nem deixe o orgulho te cegar a ponto de ver tudo para o lado negativo. Estrategicamente essa capacidade que o Lucas quer saber na verdade nem precisamos ter já que nossas operações submarinas não contemplam ambientes ainda mais claustrofóbicos do que o próprio submarino, como essas calotas polares. Em outras palavras esse tipo de habitat não é para nossa Força de Submarinos, mesmo tendo um submarino nuclear contratado.
Fique com Deus!
Grato pelo comentário