O uniforme azul com a qual membros de todos os escalões da Marinha do Brasil aparecem tanto em ações operacionais quanto em eventos oficiais apresenta, entre suas fibras, uma tecnologia revolucionária, capaz de resistir ao fogo e ao arco elétrico. E é muito mais confortável e segura do que as versões anteriores, feitas de algodão.
Chamado de Conjunto Operativo, a roupa de proteção é feita com a fibra Nomex®, material produzido pela DuPont que é extremamente resistente às chamas. Esse material, por exemplo, também é utilizado na proteção de militares da marinha americana e de astronautas da NASA.
“Dentre os diversos perigos existentes nas atividades diárias dos militares da Marinha do Brasil, o risco de sofrer graves queimaduras resultantes de incêndios a bordo, de serviços elétricos e de outras atividades operacionais é bastante elevado. O uso desse novo Conjunto Operativo não só aumentou o grau de proteção desses militares, como também o conforto”, afirma Marcelo Fonseca, líder do segmento de Defesa da DuPont para a América Latina, oficial da reserva e mestre pelo Instituto Militar de Engenharia, em Ciências de Materiais.
Os testes do novo uniforme, chamado de Nomex® Essential Arc 650, foram concluídos no segundo semestre de 2019 e o Conjunto Operativo foi aprovado para uso na Marinha do Brasil devido ao alto desempenho frente ao algodão. Em um dos ensaios, os uniformes foram vestidos em um manequim monitorado por sensores e submetidos a chamas por segundos.
“A diferença da proteção é brutal. O macacão de 100% algodão protegeu apenas 15% do corpo, deixando o restante com bastante queimaduras de segundo e terceiro grau. O Nomex® Essential Arc 650 protegeu 80% do corpo, além de só deixar queimaduras de segundo grau. É uma redução de 76% da área de dano, sem contar a menor gravidade dos ferimentos. Diferenças como essas salvam vidas”, afirma Fonseca.
Empresa e Produto Estratégico de Defesa
Esse incremento do nível de tecnologia têxtil de proteção na Marinha foi possível graças a uma parceria entre a DuPont, que fornece o tecido, e a BDS Confecções, empresa amazonense que produz as vestimentas e que é a primeira EED (Empresa Estratégica de Defesa) na área têxtil/confecção do país utilizando produtos Nomex®.
“As novas vestimentas da Marinha do Brasil têm o selo PED (Produto Estratégico de Defesa), ou seja, foram desenvolvidas com aprovação do Ministério da Defesa, em regime de cooperação tecnológica”, afirma Fonseca. “É um projeto pioneiro entre as Forças Armadas do país para a utilização da Lei de Fomento à Base Industrial de Defesa na busca de produtos com vocação nacional, com custos menores, sustentáveis e de alta qualidade.”
Outras vantagens
Outra mudança nos uniformes foi a introdução do conjunto composto por gandola e calça, que substituiu o macacão: a modificação permitiu melhor caimento, mais flexibilidade à movimentação no trabalho nas embarcações e em outras áreas, bem como otimização nos custos, uma vez que, em caso de avaria, só uma das peças precisa ser substituída.
Além disso, o Nomex® é uma tecnologia inerente, ou seja, as moléculas que o compõem são inerentemente ignífugas, o que significa que protegem, não importando o número de lavagens. Vestimentas quimicamente tratadas, ou de algodão, podem perder a proteção de forma gradativa com a lavagem indiscriminada.
Por fim, os tecidos de algodão têm, em média, gramatura (peso) maior do que os de fibras inerentes, diminuindo o conforto do usuário. Já as fibras sintéticas inerentes têm estrutura química que provém mais resistência mecânica ao tecido, quando comparadas aos de algodão, o que garante maior durabilidade e redução no custo com novas aquisições. Isso, aliado à proteção inerente, garante a proteção completa enquanto a vestimenta se mantém íntegra, não importando o tempo de uso.
FONTE: 2PRÓ Comunicação
Sou bombeiro e estamos justamente adotando esse material para nosso uniforme como forma de aumentar a segurança.
Fico muito feliz por ver esta preocupação nas forças armadas. A evolução das forças deve ser constante.
Parabéns a MB!
Quem não usa dizendo que eh mais confortável….kkkk parece piada…melhor coisas eh ir nos meios navais e perguntarem qual a tropa prefere, esse novo ou o antigo macacão….. Todos preferem macacão, mto mais confortável e mto mais rápido de colocar em alguma emergência por exemplo em posto de combate…no macacão já cai do beliche dentro…nesse aí..milhões de botões pra colocar…o guarnecimento eh mto mais demroado….
Você usa e não gostou? O que incomodou para achá-lo desconfortável? Não levantaram/ consultaram vocês do operacional a respeito me parece uma falha.
Pelo menos e costurado aqui, muito boa notícia para tropa que ficará mais confiante . Toda evolução e bem vinda. Quanto ao custo, defesa custa caro, neste caso barato sai caro.
O camuflado utilizado pelo CFN é um uniforme da Marinha do Brasil, está normatizado no RUMB e é utilizado a critério da Autoridade local. O CFN o adota no dia-a-dia. Como oficial da Armada, o utilizei por diversas vezes, compondo EM Conjunto onde o Comandante assim o determinava. Como dito, o uniforme é da MB.
A camiseta azul, conforme sugerida por um colega, pode sim ser uma evolução a ser adotada no futuro. Os uniformes seguem um processo evolutivo. Se a MB julgar útil, pode ocorrer.
Uniformes operacionais acho que não deva ter essa coisa de força A pode usar e força B ou C não possa…O que diferencia as forças são modus operandi mas com um intuito só.
Uniformes de passeio, de gala, aí sim, são característico de cada força. Opinião de um simples reservista do CFN.
O uniforme camuflado não e exclusivo do fuzileiro, e um uniforme operacional, bem como o macacão operativo. Quer exclusividade , sai da Marinha e manda fazer um uniforme único pra vc! A utilização diária do camuflado pelo naval e devida o possibilidade de mobilização a qualquer momento da tropa. No passado o marinheiro, utilizava diariamente o mescla e os sargentos e oficiais o cinza, com o surgimento de se criar uma vestimenta que desse maior mobilidade, nós navios foi criado os macacão operativos. Um único uniforme qual se diferencia as divisas e insignias. Hoje e adotado o uso do macacão operativo, mesmo em Organizações Militares de terra, para militares de efetivo serviço, para viabilizar o atendimento de mobilização em situação de emergências pelos militares. O corpo de fuzileiro , também tem seu uniforme de uso administrativo. Imagina está situação, todos no uniforme administrativo e do nada uma
mobilização de tropa, seria muito tempo perdido para trocar de uniforme. Só vejo um problema no pessoal que fica o dia todo de camuflado no quartel. Eles demoram a lavar, pois e um uniforme que demora a mostrar a sujeira, foi feito para isso, é um uma vestimenta para combate. E como o indivíduo se acostumar com seu odor, não percebe o mal cheiro.
ficam fedendo. Apoio as medidas tomadas em preocupação com a segurança pessoal. A vida abordo traz inúmeros riscos para os militares embarcados. Realmente o custo e elevado, se considerarmos as diferenças de ganhos entre postos e graduações. O valor e único, coisa que acho injusto para os cabos e marinheiros, que deveria ter um custo menor. Pois são os elementos primários de execução das tarefas diárias. Todos temos nosso valor na tropa, seja embarcado ou em terra. “Adsumus” “Nosso Barco, nossa Alma”
Infelizmente o custo deste uniforme é muito alto para os militares e podeia ser mudado tbm a camiseta branca que fica em baixo pra um tom de azul para que os militares pudessem tirar a gandala como no uniforme camuflado
Mais um Almirante “Sem escola” esse Rodrigo. Se o uniforme foi desenvolvido por especialistas militares, por que o nobre “civil” se acha no direito de opinar? Que conhecimento tem sobre os ambientes onde os militares utilizam os uniformes e da forma como foram desenvolvidos? E vai usar camiseta azul debaixo do uniforme branco? E pessoal da armada usando camuflado…………. putzzz!!!! Nota zero para você.
Para que tamanha grosseria? O Rodrigo fez uma observação pertinente, esse uniforme não deve ter baixo custo, devido a tecnologia anti chamas nele empregado. O Rodrigo se refera a uma camisera azul, fazendo a comparação com as demais forças, onde os soldados, retiram suas gandolas nos quartéis.
Respeito amigo respeito, respeito e educação ao próximo são coisas que se aprende em casa ou não no seu caso.
Acho que houve um equívoco amigo, ele disse como se faz no camuflado, onde a gandola é retirada e se utiliza apenas a camiseta verde o 6.7 na Marinha. E existem muitos militares da armada utilizando o camuflado e boot marrom( apesar de eu achar um erro).
Boa noite amigo, gostaria, se possível que vc falasse um pouco do porque vc acha um erro usar o camuflado atual dos FNs com o coturno marrom? Pergunto, porque sou um entusiasta de fardamentos, em especial dos FNs, pois acho muito eficientes, em especial nas fotos tiradas nos exercicios realizados em Formosa GO. Confesso que achei estranho as forças especiais Grumec usarem o camuflafo multicam.
Somente curiosidade, respeito seu ponto de vista.
Abs
Acho que tem coisas que são históricas e o boot marron no CFN faz parte da historia… então não tem o que se falar sobre isso!