Segundo presidente do órgão, toda tentativa de invasão será identificada. Tecnologia deverá ser instalada na Presidência em novembro deste ano.
O presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni, afirmou nesta segunda-feira (14) que o novo sistema de e-mails desenvolvido pelo órgão para proteger dados será capaz de “livrar o governo completamente da espionagem”.
De acordo com ele, uma tecnologia chamada Expresso V3 e desenvolvida pelo órgão – que presta serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações para o setor público – é capaz de identificar quaisquer tentativas de acesso ilegal de informações.
Todo o tráfego de dados ocorrerá em servidores do Serpro e por fibras óticas de empresas públicas, como a Telebrás, sem uso de redes estrangeiras.
“O uso do Expresso na comunicação, nos sistemas de comunicação do governo, livra o governo completamente da espionagem”, afirmou. O anúncio de instalação da nova tecnologia de e-mails ocorre após revelações, pelo programa Fantástico, de que o governo dos EUA espionou a Petrobras e a presidente Dilma Rousseff e de que o Canadá espionou o Ministério de Minas e Energia.
Com o objetivo de evitar o acesso de comunicações do governo brasileiro por outros países, a própria presidente determinou que o Serpro desenvolvesse uma tecnologia segura de transmissão de informações pela internet.
Mazoni afirmou que o Expresso V3 será implantado a partir de novembro, primeiramente na Presidência da República. O sistema é uma atualização de outra tecnologia de internet desenvolvida pelo órgão, o Expresso V2, já utilizado por 20% do governo federal.
Tecnologia
Com esse software, a conexão à internet, troca de e-mails e videoconferências ocorrem por uma rede interna, o que deve dificultar o acesso de espiões às mensagens trocadas pela presidente, ministros e funcionários públicos. Já os e-mails enviados por autoridades a terceiros serão criptografados, ou seja, são protegido por uma série de códigos.
O acesso ao sistema de e-mails e internet pela presidente e ministros ocorrerá por certificado digital também desenvolvido pelo Serpro. O objetivo é evitar o uso de computadores e dados por quem não possui autorização.
“Esse programa é seguro e roda exclusivamente dentro do nosso sistema. Todos os nossos clientes estão hospedados na nossa infraestrutura. Temos controle do tráfego. Tudo é auditável e dominamos completamente os códigos. Nossa infraestrutura nós garantimos que não há invasão”, disse o presidente do Serpro.
O sistema interno de tráfego de dados foi desenvolvido em 2004 e implantado em órgãos federais em 2007, como no Ministério da Fazenda e na Receita Federal. No entanto, a Presidência da República e demais pastas nunca optaram por essa tecnologia, apesar das maiores garantias de segurança.
“Nunca se preocupou com o fato de que essas ferramentas de comunicação pudessem criar tanta possibilidade maliciosa de uso. Saber que tecnologias precisam ser auditadas, se sabe. A nossa preocupação maior [no uso de tecnologia própria] era com sigilos”, disse.
De acordo com Mazoni, a presidente Dilma utilizava o Outlook, programa de e-mail que pertence à empresa norte-americana Microsoft. O Ministério de Minas e Energia, que também foi alvo de espionagem, não utilizava a tecnologia do Serpro.
“Os softwares desenvolvidos nos Estados Unidos seguem a legislação americana que determina a entrega de dados caso sejam solicitadas pelo governo norte-americano”, explicou o presidente do Serpro.
Marcos Mazoni afirmou ainda que o sistema anterior, o Expresso V2, já se mostrava eficiente contra invasões, especialmente na proteção de dados de Imposto de Renda. “Temos tentativa de invasão todo ano de dados do Imposto de Renda e sempre são evitadas.”
Economia
De acordo com o Serpro, o uso da tecnologia trará economia, já que não haverá cobrança para o tráfego de dados e uso dos servidores. Segundo Marcos Mazoni, só a licença para uso do servidor de internet custa cerca de R$ 80 por e-mail.
“Teremos redução de custo, porque se você não vai mais usar softwares que necessitam licença. A cada usuário, o governo tem que gastar 80 reais por licença, fora a operação. Se temos em torno de 1,8 milhão de funcionários públicos, estamos falando em alguns milhões de reais que não serão gastos em licença”, disse.
FONTE: G1
Há boatos de que a NSA consegue quebrar criptografia de até 512 bits, porém fazer isto em massa se torna inviável até mesmo para os “hectares de processadores” da NSA.
E atualmente já existe criptografia de 4096 bits!
Portanto, nada de derrotismo, nem ufanismo é claro!
Quanto a capacidade da NSA quebrar criptografia com força bruta, pode-se dizer com certeza que é limitada… Na verdade os métodos da NSA envolvem infiltração por método variados, desde suborno até ameaças legais e ilegais com chantagens… nas empresas que produzem as chaves criptográficas , obtendo assim acesso direto a descodificação.
Por isto a importância fundamental de se produzir criptografia nacional de alto nível, esta, com certeza a NSA não será capaz de quebrar (até o advento dos computadores quânticos…) .
Claro, que se através dos métodos tradicionais de espionagem , a NSA se infiltrar nas empresas nacionais que produzem os códigos , a criptografia produzida perderá o valor e será CONTORNADA, não quebrada…
Um exemplo de como a NSA trabalha preferencialmente contornando a criptografia (em vez de quebra-la com força bruta…)
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“Uma reportagem do New York Times relata que a NSA inseriu portas dos fundos em alguns chips de criptografia que empresas e governos usam para proteger seus dados e que a agência trabalhou com um fabricante dos EUA, cujo nome não é citado, para incorporar essas portas dos fundos em hardware prestes a ser enviado para um alvo.
A Declaração do presidente do Serpro mostra o QUÃO despreparados neste campo.
Qualquer um que tenha conhecimento de informática e dos recursos da NSA americana SABE que o máximo que se pode fazer num sistema informático proprietário desenvolvido pelo Serpro, se este sistema trafega por canais normais de internet o MÁXIMO que o Serpro pode conseguir é SABER que o tráfego foi interceptado. Não há como IMPEDIR que uma mensagem que trafegue por um rotedor com backdoor NSA que ela seja interceptada e/ou copiada.
E só se pode REZAR para que o encriptamento do software brasileiro seja capaz de resistir aos softwares e ao poder computacional BRUTO da NSA não seja capaz de quebrar sua cifra de segurança…
Com POUCA esperança…
Gilberto,
aconselho que você leia com atenção a matéria, as redes usadas serão internas :
“Todo o tráfego de dados ocorrerá em servidores do Serpro e por fibras óticas de empresas públicas, como a Telebrás, sem uso de redes estrangeiras.”
“Com esse software (Expresso V3), a conexão à internet, troca de e-mails e videoconferências ocorrem por uma rede interna…”
“Esse programa é seguro e roda exclusivamente dentro do nosso sistema. Todos os nossos clientes estão hospedados na nossa infraestrutura. Temos controle do tráfego. Tudo é auditável e dominamos completamente os códigos.”
E a Microsoft vai tomar prejú…merece, afinal está totalmente mancumanada com a espionagem do governo do EUA !
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“Uso do Expresso do Serpro será um duro golpe na Microsoft”
:: Luiz Queiroz
:: Convergência Digital :: 14/10/2013
“De acordo com Mazoni, a presidente Dilma utilizava o Outlook, programa de e-mail que pertence à empresa norte-americana Microsoft.”
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Muita ingenuidade, além do Outlook, tinha conta no gmail…
Isto pode ser reflexo de uma falta de cultura digital que acomete as pessoas acima dos 60 anos… Porém não é desculpa e a culpa na verdade é dos serviços de segurança que deveriam orientar a presidente sobre praticas de comunicação segura…Só não sei se falha dos serviços de inteligência e segurança foi devida a incompetência ou a falta de autoridade para se fazer ouvir pelos altos funcionários do governo, que simplesmente podem ter preferido seguir o caminho mais fácil e cômodo, em vês de adotar medidas de segurança, que sempre dão mais trabalho…