Por Luiz Padilha
Em cerimônia que contou com a presença do Comandante da Marinha do Brasil, AE Almir Garnier Santos, foi realizada a assinatura do contrato para a construção do Navio de Apoio Antártico (NApAnt), entre a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e a Polar 1 Construção Naval SPE Ltda., Sociedade de Propósito Específico constituída pelo Estaleiro Jurong Aracruz Ltda. e SembCorp Marine Specialised Shipbuilding (SMSS) PTE. LTDA.
Estavam presentes no evento o Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, três ex-comandantes da Marinha, AE (RM1) Moura Neto, AE (RM1) Leal Ferreira e AE (RM1) Ilques Barbosa Jr., representantes da Marinha, da EMGEPRON e das empresas envolvidas na construção do navio.
O navio será construído nas instalações do Estaleiro Jurong-Aracruz (EJA), localizado no Estado do Espírito Santo. Quando pronto e comissionado, o NApAnt contará com equipamentos hidroceanográficos, como Ecobatímento Multifeixe, Ecobatímento Monofeixe de Tripla Frequência, ADCP (Perfilador decorrente por Efeito Dopler), estação meteorológica automática, termosalinográfo e MVP (Moving Vessel Profile), equipamentos modernos que possibilitarão estudos mais detalhados e eficientes da região Antártica.
Durante a cerimônia, o Diretor-Presidente da EMGEPRON, VA (RM1-IM) Edesio Teixeira Lima Junior, discursou enaltecendo a importância da assinatura do contrato, por se tratar do primeiro navio novo, construído para o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
O presidente da Polar 1 Construção Naval, Sr. Thangavelu Guhan, falou do desafio da empresa em construir um navio polar 100% no Brasil. Ele mencionou que o NApAnt terá algumas semelhanças com o navio de pesquisa RV Investigator, construído em Cingapura, porém, com capacidade para navegar em campos de gelo, e por isso, terá um casco em formato específico e reforçado, para poder navegar na região onde se encontra a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
O Diretor Geral de Material da Marinha (DGMM), AE José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, agradeceu a presença de todos a cerimônia. Ouça abaixo as palavras do DGMM.
Ao final, o Diretor-Presidente da EMGEPRON com o Presidente da Polar 1 Construção Naval, assinaram o contrato, iniciando assim, o compromisso de que em 36 meses, a Marinha do Brasil terá o seu novo Navio de Apoio Antártico.
Após sondar sobre qual será o nome do navio e seu indicativo, nos foi dito que a Marinha ainda não “bateu o Martelo” quanto a esse assunto. É esperar para ver.
No fim do evento, o Ministro Paulo Alvim elogiou a assinatura do contrato e ressaltou a sua importância para a pesquisa científica brasileira. “Esse é o ano do bicentenário. É um ano de entregas que marcam os esforços de muitos brasileiros ao longo desse tempo. Gostaria de agradecer as parcerias que a Marinha, a Força Aérea e a ciência brasileira fazem no continente antártico. Lá é um pedaço do Brasil onde brasileiros trabalham a favor do Brasil e do planeta”.
Características
Comprimento: 93,9 metros
Boca: 18,5 metros
Calado: 6 metros
Autonomia: 70 dias
Propulsão: diesel-elétrica
Tripulação: 95 marinheiros, incluindo 26 pesquisadores
FOTOS: Marinha do Brasil
Esse navio vai ter uma doca dobravel , Igual ao do atlântico , ou uma lançada pesada para facilitar o desembarque de carga?
Qual a nescessidade desta torre na proa do navio? trem feio
O mastro de vante acomoda as luzes de navegação previstas no RIPEAM.
kkkkkkkkkkk o navio antartico vai ficar pronto primeiro que a tamandare , e a qual ja teve o contrato feito a anossss e nada de casco
Já foi dito que o casco da primeira FCT vai ter a construção iniciada em Setembro desse ano
Qual o problema?
Oxi
A escala do helicóptero na maquete esta correta? se sim eita vai ser grande a embarcação, eu ficava me questionando o porque a MB nao ia alongar esse navio para comportar mais contêiner de carga
Complementado meu comentário anterior, percebe-se pelos desenhos dos posts do DAN, que o navio brasileiro aparenta possuir um lay-out mais adequad do que o argentinoo, possibilitando, por exemplo, o acesso interligando proa-popa por intermédio de passarelas externas, tanto a bombordo quanto estimbordo, com guindastes posicionados de forma mais abragente e com várias sacadas de trabalho muito importantes para permitir visualização ampla. O hangar para helicópteros e as portas para desembarque de botes de apoio também aparentam dar mais facilidades.
Por outro lado, nota-se que a solução argentina aparenta representar um conforto térmico/perdas de energia mais otimizado (nas laterais a superestrutura dá continuidade às faces do casco e reduz as perdas de calor pois não possui uma superfície/portas para o exterior).
Abraços