MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
NOTA OFICIAL
Brasília – DF Em 20 de janeiro de 2023
A Marinha do Brasil (MB), por meio da Autoridade Marítima Brasileira (AMB), informa que a empresa Sök Denizcilik Tic Sti (Sök), proprietária do casco do ex-Navio Aeródromo (NAe) São Paulo, após receber determinações da AMB, não adotou as providências necessárias para a manutenção do casco em segurança, em área marítima indicada, situada a 24 milhas náuticas (cerca de 46 km) da costa brasileira, fora do Mar Territorial.
Diante desse cenário, a fim de garantir a segurança do tráfego aquaviário e a prevenção da poluição ambiental, a AMB realizou inspeção pericial no casco, na qual foi constatada uma severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade. Além disso, o casco não possui cobertura do Seguro P&I (Protection and Indemnity – proteção e indenização), tampouco contrato para atracação e reparo, firmado com empresa/estaleiro com capacidade de execução dos serviços necessários, ambos de responsabilidade da empresa Sök. Acrescenta-se, ainda, a interrupção do pagamento à empresa contratada para realizar o reboque desde o mês de novembro de 2022.
Dessa forma, a AMB determinou maior afastamento do comboio (rebocador conectado ao casco) da costa, para região com maior profundidade; e a designação da Fragata “União” e do Navio de Apoio Oceânico “Purus” para realizar o acompanhamento do reboque.
Por fim, com o propósito de garantir a segurança da navegação e a prevenção da poluição ambiental na costa brasileira e seus portos, a AMB, dadas as condições em que o casco se encontra, não autorizará a aproximação deste de águas interiores ou terminais portuários, em face do elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado brasileiro.
Entenda o caso
O casco do ex-NAe São Paulo foi arrematado por empresa estrangeira em processo licitatório, cujo termo de transferência de posse e propriedade datado de 21 de abril de 2021. Acrescenta-se que todas as ações foram conduzidas em plena consonância com a legislação brasileira e internacional vigentes.
Após a decisão de desmobilizar o Navio e analisadas as opções para sua destinação, a MB optou pela alienação do casco para “reciclagem verde”. Trata-se de um processo inédito de Reciclagem Segura e Ambientalmente Adequada (Safe and Environmentally Sound Recycling of Ships). O vencedor do leilão e atual proprietário do casco é o estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti, credenciado e certificado para realizar a reciclagem ambientalmente segura.
A MB fez constar em edital exigências que obrigavam o proprietário do casco a cumprir normas internacionais, como: o cumprimento da Convenção de Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito (1989); e a apresentação de Inventário de Materiais Perigosos (IHM), auditado por testes de laboratório credenciado e aprovado por Sociedade Classificadora independente, com base nas Resoluções da Organização Marítima Internacional (IMO).
Em relação ao IHM, cabe destacar que o Navio, enquanto pertencia à Marinha Nacional Francesa (MNF), realizou, na década de 1990, ampla desamiantação dos compartimentos da propulsão, catapulta, máquinas-auxiliares e diesel geradores, culminando com a retirada de aproximadamente 55 toneladas de amianto.
Sobre a transferência do casco para a Turquia, os procedimentos foram integralmente conduzidos de acordo com as normas emitidas pelo IBAMA, que, no Brasil, é a autoridade competente para emitir a autorização para a exportação de resíduos perigosos ou controlados, perante a Convenção de Basileia.
A MB, embora não fosse proprietária do casco, acompanhou, com atenção, os processos e trâmites administrativos para a liberação ambiental realizados pela empresa Sök, responsável pelas ações, em perfeita observância às solicitações do IBAMA e do correspondente órgão ambiental da Turquia. A permissão para exportação foi concedida após notificação e consentimento dos países envolvidos.
Em 4 de agosto, o casco foi levado do Brasil em boas condições de estanqueidade e flutuabilidade. Ao chegar às proximidades do Estreito de Gibraltar, no dia 26 do mesmo mês, o órgão ambiental turco decidiu cancelar unilateralmente a autorização previamente concedida. A partir dessa decisão, o IBAMA suspendeu a permissão de exportação que havia emitido, determinou o regresso do casco para o Brasil e notificou o atual proprietário, o Secretariado da Convenção de Basileia e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Por ocasião do regresso, foi identificada avaria no costado, que tem afetado a condição de estanqueidade e flutuabilidade. Atualmente, o casco apresenta progressiva degradação, observada a partir da comparação dos relatórios de inspeção dos meses de outubro e dezembro de 2022, ensejando medidas adicionais de segurança.
Desde o retorno do casco, com o propósito de viabilizar o reparo e posterior reexportação para estaleiro certificado pela União Europeia, a AMB determinou à empresa Sök o cumprimento dos requisitos para a entrada em águas interiores, dentre os quais destacam-se:
• A necessidade de manutenção de cobertura de seguro P&I, o qual seria acionado para custear eventual desencalhe ou reflutuação/remoção (em caso de afundamento) e para cobrir um período de trabalho atracado em determinado estaleiro; e
• Apresentação de um contrato para atracação e reparo do casco, firmado com empresa/estaleiro com capacidade de execução dos serviços necessários, com respectivo plano de trabalho detalhado e tempo estimado, cujos termos estabeleçam os deveres e responsabilidades de cada parte, no que se refere à vigilância e manutenção de equipamentos e sistemas, durante todo o período em que o casco permanecer docado/atracado.
Centro de Comunicação Social da Marinha
Pq nao pode afundar logo isso? nao entendo pq esta novela.
quero ver dinheiro pra isso e nao vou carregar culpa disso
Quem foi o responsável pela compra dessa lata velha?
Quanto custou aos nossos cofres?
Pelo jeito então é rebocar para longe em águas profundas e deixar afundar. Parece que é isso que vai acontecer.
Boa tarde
Poderia ser usado como alvo para testes de armamentos e/ou exercício de tiro real?
A embarcação se encontra desativada, sem os motores, combustível e outros contaminantes fluidos. O caso citado na mídia referente ao amianto depositado em seu casco oferece baixo risco de contaminação devido a forma em que foi aplicado junto ao aço, de qualquer forma merece uma verificação aprofundada.
Pernambuco possui tradição no afundamento de embarcações para formação de recifes artificiais, inclusive possuindo um parque estadual com legislação especifica vigente. O Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco abriga mais de 30 naufrágios que fomentam o turismo e a pesquisa cientifica.
O atrativo iria colocar o Brasil na lista dos poucos países que possuem um equipamento desse porte como atrativo. O turismo de mergulho movimenta bilhões de dólares anualmente. Um estudo realizado pela UFRJ (Turismo de mergulho: análise do comportamento de viagem dos mergulhadores brasileiros) demonstra que no mundo existem mais de 23 milhões de mergulhadores credenciados, e que o Brasil possui apenas um ponto de mergulho entre os 100 mais visitados no mundo todo. Esses números demonstram o grande potencial existente nesse mercado.
https://drive.google.com/file/d/1kAk9MTiVidExaJ2Npq3tL1g0afF7mdSe/view
Manda essa trosoba pra alto mar e afunda logo isso!
e agora , o que MB vai fazer? vai deixar eles citarem ou vai deixar bem na nossa porta
E ai?
Vão esperar o casco se desintegrar como açucar e deixar ele para o fundo do oceano e deixar Inês morta?
É o que se dá a entender.
A empresa turca já abriu mão do casco e parou de pagar o reboque a três meses e como dizem que o casco está em nível crítico de flutuabilidade, esta será a solução. A mb irá rebocá-lo para aguas profundas para que possa afundar a uns milhares de Km de profundidade e não haverá responsabilidades por isto.
E daqui a 100 anos, quando a mb tiver uma frota com pelo menos 8 Fragatas, 10 Corvetas e 12 submarinos, além de uns 30 NPo, poderá pensar em possuir um porta aviões novo em folha. Sucatas nunca mais.