Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha
O Comandante da Marinha do Brasil, o Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, anunciou nessa segunda-feira (04/10), com a presença do Presidente Jair Bolsonaro a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, que o Estaleiro Jurong Aracruz/SEMBCORP Marine Specialised Shipbuilding venceu a concorrência para construção do Navio de Apoio Antártico (NAPANT).
Em breve, serão divulgadas novas informações.
A contribuição brasileira a ocupação da Antártica e lá executar pesquisas já é muito importante. Precisamos ter um navio dessa natureza. Seria necessário ser construído no Brasil, visto a quantidade de estaleiros que estão fechados aqui no país e podem ser ocupados para essa construção. A engenharia brasileira precisa ser valorizada, os investimentos saem dos nossos impostos. Temos a Projemar, empresa de projetos brasileira que pode executar a engenharia básica e de detalhamento, tranquilamente. Temos os estaleiros nacionais subutilizados, como o Vard Promar (comandada hoje pelo almirante Walter Bombarda) e outros que podem fazer essa construção pelo porte da empresa e da embarcação. A tecnologia de navios dessa natureza pode ser adquirida e também facilmente convertida por nossos engenheiros e técnicos. A cadeia de suprimentos pode ser ativada também. Participei pela primeira vez nos anos 80 no antigo estaleiro Caneco do projeto de navio polar que não foi a frente, a Marinha do Brasil decidiu comprar um navio de suprimentos na Noruega e o converteu (Ari Rongel que já está para ser aposentado). Ainda tenho em meus arquivos estudos sobre a máquina do leme e as preocupações quanto ao impacto de blocos de gelo, sobre os equipamentos de convés sob condições de frio intensas, etc. Acho que nós brasileiros devemos apoiar a nossa Marinha mas também contribuir com sugestões construtivas.
Sem querer polemizar. Mas ehta dinheirinho perdido com esse projeto Antártico. Décadas perdidas sem qualquer retorno ao país, apenas para encher o ego de que ” o Brasil está presente na Antártica”. Enquanto isso a esquadra míngua, quase desaparecendo. Ficamos nós aqui a enaltecer a compra de um navio polar por milhões, quando praticamente já não temos escoltas. É uma grande contradição. Compras de navios, construção daquela base, inclusive de uma novíssima já que a antiga pegou fogo, manutenção caríssima dela por dificuldades de acesso. Haja dinheiro pelo ralo. Mas não adianta falar, caminhamos para ter uma marinha sem navios de combate, esperando a entrega de ” quatro corvetas” que nem sequer começamos a fabricar. É o Brasil sendo Brasil.
Realmente é melhor não polemizar…depois de escrever uma besteira dessa…
Quais são as divisões de escopo entre a Jurong e a Sembcorp?
Tanto quanto conheço os Estaleiros Jurong e Sembawang, nunca construíram navios para operação em regiões geladas. Recordo-me que ao final do século passado o Jurong construiu um navio tanque de projeto sueco com reforço para navegação no gelo de acordo com regras do Báltico. Tenho curiosidade de saber qual empresa está fornecendo o projeto neste presente caso. O Sembawang em Singapura há vários anos deixou de ser estaleiro construtor e seu departamento de engenharia de projeto deixou de funcionar.
O grupo Sembcorp parece ter feito ao menos um cruzeiro classe polar pela subsidiaria LMG Marin – o LMG 600-PCS.
Boa!
Já não era sem tempo…!
???
Onde fica?
Fica no Espirito Santo em Aracruz.
Boa tarde, esse estaleiro é de Cingapura, eles tem um estaleiro no ES, Aracruz o nome é jurong, eu msm trabalho nesse estaleiro a mais de 1 ano.
e SEMBCORP Marine Specialised Shipbuildin CHINA
Sede: Cingapura
Capital: estatal de Cingapura e capital Indiano.
Alguem conhece o projeto da Sembcorp?
Surpresa.