Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 350, de 21 de novembro de 2016, do Comandante da Marinha, realiza-se, na presente data, a Mostra de Desarmamento do Navio Tanque “Marajó”.
Construído na década de 60, pelo estaleiro Ishkawagima do Brasil, como Petroleiro de Esquadra, teve sua quilha batida em 13 de dezembro de 1965 e foi lançado ao mar em 31 de janeiro de 1968, tendo como madrinha a Sra. Ruth Lair Rademaker Grunewald, esposa do então Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Augusto Rademaker Grunewald. Na ocasião, estavam presentes o Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva e diversos Ministros de Estado. Incorporado à Armada em 8 de janeiro de 1969, em mostra de Armamento presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Adalberto de Barros Nunes, foi o terceiro navio da Marinha do Brasil (MB) a ostentar o nome da maior ilha flúvio-marítima do mundo.
A sua incorporação foi considerada um marco da retomada da construção de navios de guerra pela indústria nacional. Foi o primeiro a ser construído através do Programa de Construção Naval, conhecido atualmente como Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM). O Programa de Construção Naval incluía a aquisição e construção de diversos meios navais, como os Navios-Patrulha Fluviais, Navios-Hospital e as Fragatas Classe Niterói.
Dotado de considerável capacidade de armazenamento, mais de 12 milhões de metros cúbicos de combustível e água potável, tinha como principal missão transportar e transferir óleo combustível tipo OCMT ou MF-40 a outras unidades navais em operação no mar, a fim de permitir o aumento de suas autonomias. Tais características permitiam garantir a capacidade estratégica de permanência do Poder Naval em quaisquer áreas de operação. Vale ressaltar que no período compreendido entre 1969 e 1977, atuou em proveito da PETROBRAS, auxiliando no abastecimento de combustível nos mais distantes rincões da Pátria, contribuindo assim para o desenvolvimento do País.
Conhecido como “Elefante da Esquadra”, referência feita aos mangotes do sistema, o “Marajó” realizou 1855 fainas de transferência de óleo no mar em apoio à Esquadra, tendo participado de quase todas as operações de vulto realizadas ao longo de seus 48 anos de vida operativa, com destaque aos exercícios UNITAS, ÁFRICA, SPRINGBOARD, DRAGÃO, FRATERNO, VENBRAS, TROPICALEX, TEMPEREX, ASPIRANTEX e muitas outras, tendo visitado inúmeros portos no Brasil e no exterior, dentre eles, Abidjan na Costa do Marfim, Mindelo em Cabo Verde, San Juan em Porto Rico, Cartagena na Colômbia, Willemstad em Curaçao, Luanda em Angola, La Cruz na Venezuela, Estação Naval de Roosevelt Roads em Porto Rico, Montevidéu no Uruguai e Base Naval de Porto Belgrano na Argentina, perfazendo um total de 2922 dias de mar e 614.656,18 milhas náuticas navegadas.
É com muito júbilo que nos despedimos desta gloriosa Nau. Agradeço a todos os honrosos marinheiros que aqui navegaram, conduzindo o Pavilhão Nacional por tantos mares, proporcionando maior autonomia aos meios da nossa Esquadra.
Como justa homenagem pelo cumprimento exitoso de sua missão, receba o distinto “BRAVO ZULU”. “MISSÃO CUMPRIDA”
AIRTON TEIXEIRA PINHO FILHO
Almirante de Esquadra
Chefe do Estado-Maior da Armada
FONTE: BOLETIM DE ORDENS E NOTÍCIAS DA MARINHA
A coisa ta feia..O numero de reposição dos meios não está igualando o numero de baixas. Não sei onde vamos parar assim.
Quando tu pensa que a situação não tem como piorar e ai…
E assim caminha a nossa ex-quadra…
A Petrobras, através da Transpetro, deve ter um elefantinho destes a disponibilizar como um panamax adaptado. Se a recíproca fosse verdadeira poderia ser a saída., considerando que justamente ele o G27 serviu a Petrobras por um bom tempo. Bem, sem maledicências, apenas uma observação.
Agora é só esperar a Inhaúma, q vai pro sal amanhã, e já pode pedir música no fantástico!!!!!
Johan…
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você está certo…os EUA lançaram 18 “Kaisers”, 15 estão a serviço da US Navy e serão retirados de serviço gradualmente a partir
de 2020, um está com a marinha chilena e 2 que foram lançados porém não terminados, foram desmantelados.
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Ainda há talvez um par de “Cimarrons” na água, mas, eles não foram bem mantidos para o caso de serem reativados, apenas aguardam uma decisão final, provavelmente, desmantelamento
Que eu saiba o Chile comprou foi um da classe Henry J. Kaiser. Os da classe imarron já foram descomissionados a bastante tempo e não sei se ainda tem algum na reserva.
Infelizmente o navio tinha quase 50 anos e não teve outro jeito,Padilha sera que vem aquele navio classe Cimarroom
da us navy que voçe gosta e o Chile comprou um?e o Mattosão escapa da degola amigo Padilha?
Mas o Marajó não tinha voltado à ativa pouco tempo atrás, após passar por PMG?