Segundo a agência de notícias Interfax, o Ministério da Defesa russo planeja reduzir os recursos que seriam alocados para a reparação e modernização do seu único porta-aviões, o Admiral kuznetsov.
Uma fonte informou que o orçamento previsto de 50 bilhões de rublos, foi cortado pela metade, permanecendo apenas os planos de reparos do navio, que segundo esta mesma fonte serão realizados na sua totalidade, mas que o corte atinge diretamente o programa de modernização.
Segundo uma outra agência de notícias, o reparo e a modernização será realizado agora pelo valor mínimo. É um reparo de pouco mais de US$ 800 milhões, se comparando com os US$ 2,3 bilhões gastos pela Marinha da Índia para modernizar o ex-Admiral Gorshkov, para virar o INS Vikramaditya (foto abaixo).
Conforme relatado, os reparos do Admiral Kuznetsov vão se concentrar na revisão das suas caldeiras, mas as atualizações dos seus radares, dos equipamento de rádio-eletrônica, bem como sistema de navegação aérea serão afetados pelos cortes no orçamento.
Em fevereiro de 2017, uma Força Tarefa (FT) da Frota do Norte, baseado em Severomorsk e capitaneado pelo Kuznetsov, retornou após uma longa viagem ao Mediterrâneo. A FT russa contava, além do seu porta-aviões, com o cruzador Petr Veliky, e realizou diversas missões militares na Síria. Durante as operações aéreas, ocorreram dois acidentes, causando a perda de duas aeronaves de seu grupo aéreo embarcado.
Ambos os acidentes estão relacionados diretamente com a operação aérea embarcada do navio-aeródromo.
FONTE: Interfax
TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: DAN
A necessidade de uma marinha muito potente, hoje focada em Porta-Aviões, está associada onde se precisa manter o poder. Os impérios que têm colônias fora do seu território (UK, Espanha, França) e hoje EUA, precisam ter capacidade de “acalmar” insurgentes. E uma Marinha forte é a forma de se fazer isso. Antes mandando encouraçados para assustar e hoje com Porta-Aviões. Na Russia, todas as colônias que estão “coladas”, o território é enorme e consegue atingir via terra quase todo o hemisfério norte, assim, a Marinha convencional serve apenas como forma de defesa, por isso que Porta-Aviões não interessam muito. Por outro lado, a premissa da última estratégia de defesa deles é: se houver um ataque ao território russo, ele será seguido por bombardeio nuclear massivo ao país agressor (mais claro impossível).
Para se ter uma gama de possibilidades (principalmente contra os EUA) eles investem em vários vetores (Misseis ICBM, bombardeiros de longo alcance) , sendo o mais mortal os SSBN. Assim quando o pessoal de forum fica conjecturando como seria um ataque à Russia ou aos EUA, é igual a criança que fica dizendo que a Lamborghini é melhor que a Ferrari, e o meu pai é mais forte que o seu. A resposta é simples será destruição total de quem atacou.
Sabia decisão: investem nas caldeiras do navio, mantendo-o em condições de navegação e poupam os demais recursos para a construção de um novo porta-aviões.
O porta aviões russo não é essa tranqueira toda como alguns dizem,ele da para o gasto,assim como os EUA a Rússia sempre luta com países com pouca expressão bélica, ou seja assombração sabe para quem aparece !
Aos que duvidaram que a conta chegaria, taí a prova. A economia russa não comporta essa extravagância toda (Síria, Ucrânia, rearmamento, etc). Não há como suportarem esforços tão custosos, por tanto tempo. A máquina econômica russa simplesmente não tem essa punjança toda, e essas aventuras ainda vão cobrar seu preço. Alto por sinal.
Não existe almoço grátis.
Amigos,
No que tange a marinha russa, não tenho dúvidas de que a prioridade para os russos é a renovação de sua força de submersíveis; em particular os SSBN, que se constituem no principal pilar dissuasor das forças armadas russas por esses dias; e que certamente crescerão em importância no futuro, haja visto a “contenção” sistemática do poderio dissuasório nuclear russa ( escudo europeu ).
Certamente que irão alocar a diferença do montante inicialmente previsto para o inicio das obras de um novo PA (classe Storm)… visto o relativo bom desempenho do Kuznetzov na Síria nas condições em que está seria interessante investir uma fração dos recursos só para manter a belonave enquanto se injeta o restante num ponta pé inicial de um inevitável e muito mais moderna classe substituta
Se o objetivo do Rússia era demonstrar poder com essa incursão do Kuznetsov à Síria, o tiro saiu pela culatra.
Surpreende ver que a Rússia não conte com porta-aviões decente(s) na sua frota, e isto desde os tempos da URSS, em se tratando de uma potência militar. Fica a dúvida se isso se deve só a questões financeiras.