Ontem, o Daily Telegraph publicou um artigo com uma manchete muito enganosa “MoD desfaz o plano de fragatas de preço reduzido”, mas o resto do artigo corretamente disse que o preço máximo dos navios foi efetivamente abandonado. O projeto da fragata Type 31e não está sendo descartado, mas o MoD terá que encontrar mais dinheiro.
Ajustes aos termos do contrato da Type 31 permitirão ao proponente vencedor construir a plataforma por cerca de £ 250M, mas o MoD fornecerá uma parte maior do ajuste do equipamento. Sempre se entendeu que alguns Equipamentos Mobiliados pelo Governo (GFE, Government Furnished Equipment) poderiam vir diretamente das fragatas Type 23 quando forem desativadas. Isso poderia incluir itens importantes como o sistema de mísseis Sea Ceptor, canhão de 4,5 polegadas, radar Artisan e sonar montado no casco. Isso exigirá que as fragatas Type 23 sejam retiradas de serviço para remover esses sistemas, e então o tempo para instalá-los e integrá-los nos novos navios a tempo de evitar uma redução no número de fragatas. Há também muitas outras armas modernas, sensores, comunicações, sistemas de chamariz e eletrônicos que um Type 31 confiável pode precisar, o Type 23 não é um doador completamente compatível e não pode fornecer tudo.
O que quer que seja transferido das Type 23, o MoD terá que comprar um kit extra significativo. Também está concordando em subscrever mais do risco financeiro que poderia vir de mudanças nas taxas de juros e inflação. Provavelmente seria mais sensato e honesto aceitar o preço real que cada Type 31 terá em torno de 350 milhões de libras e assim se tornando um processo de aquisição mais “normal”.
Visto no contexto da Estratégia Nacional de Construção Naval, este desenvolvimento poderia ser o sinal de morte para as tentativas de estimular as exportações com a oferta de uma “fragata barata”. O Reino Unido sempre teve uma difícil batalha para vender a Type 31e, competindo em um mercado lotado com exportadores de navios de guerra europeus mais estabelecidos e concorrência barata da China. Alternativamente, uma oferta mais honesta para uma fragata de gama média baixa pode atrair alguns novos clientes que estão à procura de um navio de guerra com um preço realista. Infelizmente, muitas nações que podem pagar fragatas de médio porte podem ter suas próprias, ou querem desenvolver, uma capacidade de construção soberana e não estão interessadas em comprar do exterior.
Juntamente com muitos outros, previmos que o preço de 250 milhões de libras não era viável para uma fragata credível em 2015, então parece extraordinário que esta questão não tenha sido reconhecida e resolvida há muito tempo. É também um momento estranho, dado que o projeto está agora bem na fase de design competitivo para começar a mover os postes da baliza. Ou essa foi outra “conspiração de otimismo” para levar a Type 31 até o SDSR de 2015 ou uma tática para baixar o preço, com uma aceitação implícita de que o número sempre subiria no longo prazo. O artigo do Telegraph sugere que a suspensão temporária do projeto no verão de 2018 foi causada por preocupações da indústria sobre o preço, em vez de uma questão de direitos de propriedade intelectual, como muitos pensavam.
A Type 31 claramente explodiu seu orçamento de £ 1,25 bilhões e mais fundos terão que ser encontrados em algum lugar. Todos concordam que o futuro plano de equipamentos do MoD é inacessível em graus variados e encontrar algo na região de 500 milhões de libras será outro problema à espera da nova secretária de Defesa, Penny Mordaunt. Espera-se que o novo ministro seja ainda mais compreensivo com as necessidades da Marinha do que seu antecessor e isso será um exame interessante de suas prioridades.
Fontes dentro da Marinha dizem que continuam “relaxadas” com o progresso do projeto Type 31e e ainda esperam que o projeto seja entregue no prazo. O lance vencedor será anunciado em dezembro deste ano e o primeiro aço será cortado em 2020.
FONTE: Save the Royal Navy
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Nota do Editor: Com essa constatação do MoD, parece óbvio que dificilmente teremos fragatas Type 23 disponíveis para equipar a Marinha do Brasil (possível compra de oportunidade), uma vez que o HMS Argyll programado para ser a primeira Type 23 a dar baixa, deverá fornecer canhão, sistema de lançamento de mísseis Sea Ceptor e radar Artisan 3D para a futura Type 31. Isso ocorrendo em sequência, encerra de vez qualquer perspectiva da MB vir a adquirir esses navios, SALVO se o MoD abrir o cofre e resolver bancar todos os sistemas dos novos navios sem utilizar nada das Type 23, deixando-as disponíveis para venda. Vamos aguardar os próximos movimentos desse programa.
Temos que esquecer as compras de oportunidade exceto navios como o Atlântico, bom preço modernizado, e relativamente novo.
Navios acima de 15 anos não devemos nem analizar.
Com 20 bilhões de dólares teríamos uma marinha expedicionária, se parcelar por 10 anos o pagamento podemos ter devido ao juros 2,6 bilhões por ano, nada impossível.
Basta compras de prateleiras, sem o tal ToT.
Quando tiver a capacidade de realmente levar a guerra ao inimigo então sim, devemos pensar no TOT, geração de empregos, desenvolvimento de tecnologia, etc.
Brasil não tem hoje uma embarcação com real capacidade de deter um ataque aéreo 50 a 70 mísseis saturação.
Precisamos de inteligência, Honestidade e foco.
Dinheiro temos e muito, basta dispensar 50 % dos militares de carreira.
Temos que ter um sistema mais honesto nas promoções de militares para não virar uma árvore de emprego.
A cada 270 mil soldados temos que ter 5.400 cabos (50 soldados para cada cabo), a cada 5400 cabos ter 108 graduados, a cada 108 graduado ter 2 oficial e a cada 2 oficial ter 1 general.
Dinheiro tem mas não temos seriedade com os nossos recursos.
Bom dia. Padilha, sem contar que estes navios quando e se forem ofertados estarão com mais horas de mar que urubu de vôo, pois são eles que estão carregando o piano nas costas na RN.
Ainda e cedo para ficar chorando as type 23. Não tem nada decidido sobre isso, Sinceramente a Royal Navy não vai querer fazer desmonte de uma Type 23 para vestir uma nova Type 31, navios não são “Legos” aonde se tira isso e depois desmonta aquilo e fica somente o casco. De qualquer jeito a MB tem que acelerar as fragatas leves “Tamandare”, pois é isso a unica modernização de meios navais que temos de concreto no Brasil. Lembrando que o maior problema da MB não são as possíveis compras das Type 23, mas se haverão verbas para isso na época em que serão disponibilizadas, a MB ja perdeu muita compra de oportunidade pois não haviam verbas suficiente…..
O jeito é ficar de olho nas La Fayettes
As La Fayettes custariam quase o preço de uma corveta Tamandaré para serem atualizadas. Não vale a pena.