Por Tom Cotterill
O ex-HMS Clyde foi desativado em Portsmouth em dezembro, apenas algumas horas depois que voltou de um período gigantesco de 12 anos guardando as Ilhas Falkland.
A embarcação de patrulha offshore havia sido arrendada a Royal Navy (Marinha Real), pela gigante da defesa BAE Systems. No entanto, o arrendamento expirou no final de março.
Havia esperanças de um acordo para manter o Clyde com a Royal Navy para reforçar seu esquadrão de proteção da pesca enquanto o divórcio da Grã-Bretanha com a União Européia estava sendo finalizado.
No entanto, o ministro das Forças Armadas, James Heappey, confirmou agora que o Ministério da Defesa (MoD) ‘não tem planos para uma nova função’ para o navio.
A notícia preocupou o almirante Lord Alan West, que argumentou que o navio deveria ter sido mantido nas mãos da Royal Navy até que um importante acordo de pesca com a UE fosse resolvido.
O ex-First Sea Lord disse: ‘Como ainda não sabemos qual será o acordo final sobre a pesca e a proteção da zona econômica exclusiva quando nós estivermos totalmente “brexited”, devemos garantir que temos bens suficientes caso precisemos aumentar isso.
Acho que é tolice se livrar do Clyde no momento. Ele deveria ser cuidado e mantido ainda na Marinha Real até sabermos exatamente o que vai acontecer em termos de proteção da pesca.
A Grã-Bretanha ainda terá três navios de patrulha da classe River rondando as costas do país, realizando “tarefas de patrulha de pesca juntamente com outras tarefas de defesa”, disse Heappey.
Questionado sobre os planos para o Clyde e a proteção da pesca pelo ex-presidente do comitê de defesa Julian Lewis, o ministro disse: ‘HMS Mersey, Tyne e Severn são, e continuarão sendo, usados para cumprir os compromissos da Marinha Real sob o memorando de entendimento entre a Marinha Real e a Organização de Gestão Marinha.
‘Além disso, a Marinha Real mantém várias forças de alta prontidão nas águas britânicas que poderiam ser solicitadas para ajudar, se solicitadas.’
Falando do Clyde, o Sr. Heappey acrescentou: ‘O Ministério da Defesa não planeja um novo papel para o HMS Clyde‘.
Entende-se que a BAE Systems está no processo de venda da embarcação. Relatórios do ano passado afirmavam que o Clyde poderia ser vendido para a Marinha do Brasil. Mas esse boato foi dissipado desde então.
Falando do futuro do navio, um porta-voz da BAE Systems disse: ‘Devido às contínuas sensibilidades comerciais, não podemos comentar o que acontecerá agora que o período de locação do HMS Clyde terminou.’
Lord West disse que poderia haver outras opções em cima da mesa, incluindo o arrendamento do navio para a Força de Fronteira do Reino Unido, que opera em Portsmouth.
“Se ele vai ser utilizada pela força de fronteira, isso não seria tão ruim”, acrescentou o colega trabalhista.
O Clyde foi lançado em 2006 e foi construído inteiramente na Base Naval de Portsmouth. Durante seu tempo de defesa das Malvinas, mais de 800 marinheiros serviram a bordo.
FONTE: The News
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Padilha boa noite. A MB não comprou os direitos da classe Amazonas? Não pode fazer aqui navios maiores e melhores do que o Clyde?
Na época isso foi dito, mas não sei se seria isento de pagamento de royalties. Alias, nem sei se essa informação é verdadeira, pois se fosse, acredito que a MB seguiria com o projeto porque o navio agradou a todos.
Padilha amigo você poderia nos dizer se a MB está negociando
alguma compra de oportunidade no momento?
No momento nada.
A MB já não tem navios suficientes e as oportunidades surgem e eles dizem não, até parece que da noite para o dia o Brasil vai construir os navios que precisam…
Porque um único navio faria toda essa diferença Carlson? Além disso a Marinha aproveitou a oportunidade do Bahia e do Atlântico que são maiores e mais importantes do que o ex-Clyde.
Cavalo arreado
Padilha ainda acho que o Clyde vem para MB.
Não vai não. Vai para outro país ou o MoD fica com ele.
se oferecerem ele bem baratinho dá até para ficar , mas tem que ser bem baratinho
Nem assim. A MB já disse que não.
O motivo é a falta de recursos ou desinteresse mesmo, Padilha?
Sei que ele é anterior à classe Amazonas, mas é relativamente novo. Tem 14 anos de uso.
A uns dois anos tinha surgido a informação de que já tínhamos iniciado negociações sendo até cogitado um modelo de leasing.
A MB atualmente tem outras prioridades em andamento as quais consomem seus recursos. Talvez seja essa a razão. O que se sabe é que a MB declinou da oferta.
Ah se uma dessas prioridades fosse a continuidade da construção local da classe Amazonas…
Do mais, obrigado.
Barco patrulha com vida útil operacional 20/25 anos, operou 12 anos Malvinas, provavelmente esta bem desgastado. Brasil deveria produzir aqui mais uma dezena de barcos desta classe aproveitando conhecimento da classe Barroso, temos conhecimento técnico, capacidade de produzir e estaleiros com capacidade. Teríamos emprego qualidade e aumentariamos em muito patrulha Atlântico Sul. Se for aplicado sensores e armamento capaz da até para arriscar conflito baixa intensidade ( vide barcos israelenses desta categoria ).