Rio de Janeiro, 10/05/2016 – O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, assinou, nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro (RJ), com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acordo de cooperação técnica para facilitar o acesso das empresas nacionais de defesa a financiamento. O acordo permitirá que os mecanismos de financiamento, garantias e outras ações do BNDES sejam readequados às particularidades das empresas do setor. O objetivo da iniciativa é o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID).
O acordo prevê a constituição de um grupo técnico para “estudar, discutir e propor ações voltadas para o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, com foco em suas empresas, incluindo, mas não se limitando, a políticas adequadas de financiamento”. O texto afirma que a parceria deve “avançar na proposição, desenvolvimento e avaliação dos mecanismos financeiros-institucionais de fortalecimento das Empresas Estratégicas de Defesa naquilo que cabe dentro das atribuições do BNDES e do Ministério da Defesa”.
O ministro Aldo Rebelo destacou que o acordo dá sentido de continuidade à parceria já existente entre o MD e o BNDES. “Esse acordo traduz e coroa o esforço vitorioso e a cooperação entre o Ministério da Defesa e o BNDES, especificamente, em relação à área responsável pelo desenvolvimento da indústria de defesa”, afirmou.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ressaltou a importância de se fortalecer a indústria de defesa. “(O acordo) faz parte do reconhecimento da relevância de uma indústria de defesa forte”, afirmou. “Temos muito apreço pela estratégia nacional de defesa e pelo conceito de empresa estratégica nacional. O BNDES compreende a necessidade de o país ter capacitação própria”, acrescentou.
O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), acompanha os assuntos relacionados à reorganização da BID, com base na Diretriz 22 da Estratégia Nacional de Defesa. Ela diz que é na base industrial de defesa que estão situadas as capacidades tecnológicas e produtivas necessárias ao cumprimento do que do determina a Estratégia Nacional de Defesa: “capacitar a BID para que conquiste autonomia em tecnologia indispensável à defesa.
A diretriz destaca a importância de que regimes jurídico, regulatório e tributário especiais protejam as empresas privadas nacionais de produtos de defesa contra os riscos do imediatismo mercantil e assegurem continuidade nas compras públicas. E defende que a BID seja incentivada a competir em mercados externos para aumentar sua escala de produção.
Na assinatura do acordo, o ministro Aldo Rebelo estava acompanhado pelo secretário-geral do Ministério da Defesa, Joaquim Silva e Luna, pela secretária de Produtos de Defesa, Perpétua Almeida, e pelo chefe de Assuntos Estratégicos, brigadeiro Alvani Adão da Silva.
FONTE: MD
FOTOS: Felipe Barra
Enfim um mecanismo nacional para alavancar o desenvolvimento e venda dos produtos de defesa. Demorou, mas enfim saiu.
Outros mecanismos/instrumentos que ainda deveriam ser implementados seria a secretaria de compras, concentrando as compras no MD (claro, com representantes técnicos de cada uma das forças), bem como um mecanismo de financiamento às empresas nacionais (em parceria ou não com empresas estrangeiras) de equipamentos a serem desenvolvidos/produzimos conforme as demandas das forças, seja na substituição de equipamentos/armamentos obsoletos, seja na implantação de novos, fortalecendo ainda mais a Base Industrial de Defesa (BID), reduzindo assim à poucas compras de prateleira e sem padronização. É o que penso.
Até mais!!!
O BNDES financiou projetos na Bolívia ,Venezuela ,Cuba a fundo perdido pelo menos na industria de defesa vai gerar empregos no pais que ultimamente está em falta . Se o projeto for bem concebido pode contribuir para aumentar a fatia do bolo do brasil na industria de defesa mundial.
Estão mandando bem