Apesar de estar sendo tratado pelo Governo como não-prioritário e, portanto, de menor importância, a Marinha do Brasil continua a trabalhar no projeto do SisGAAz sistema destinado ao monitoramento, vigilância e gerenciamento do mar brasileiro chamado de Amazônia Azul. Recentemente, a força armada apresentou a uma comitiva do Tribunal de Contas da União (TCU) o que é o SisGAAz e como será a estratégia para implantar e operacionalizar o sistema. Ficou estranho a reunião não ser reservada, contando com a presença da Fundação Ezute (nome atual da Atech) que teve fortes ligações com a Embraer, uma das principais concorrentes à implantação do sistema.
A operação Lava a Jato tem motivado muitas ações preventivas de alguns órgãos do Governo e este pode ter sido o caso da reunião da Marinha com o TCU. O SisGAAz fez com que diversas das grandes empreiteiras nacionais criassem subsidiárias destinadas à Defesa tais como Andrade Gutierrez, OAS, Queirós Galvão, Engevix, Iesa, Odebrecht e Embraer. Algumas destas até obtiveram a certificação com Empresas Estratégicas de defesa EED.
Os estragos do escândalo da Petrobras levaram a que, entre os gigantes, somente Embraer e Odebrecht Defesa tenham entregado propostas. Mas muita água ainda pode rolar sob esta ponte. A Odebrecht Defesa vem reduzindo seu quadro de pessoal qualificado e a Embraer ainda tem processo de corrupção tramitando nos Estados Unidos. A Lava a Jato também pode se expandir inclusive a outros setores estatais, resultando em mais atrasos na contratação por possível falta de concorrentes levando a iniciar novo processo de seleção.
Hoje, há quem defenda a necessidade de reiniciar o processo, pois o volume de dinheiro, inicialmente divulgado como necessário, assusta aos responsáveis pelo orçamento. O SisGAAz completo, conforme teria sido definido pelo trabalho contratado à Ezute, estaria estimado em cerca de R$ 12 bilhões.
Alguns especialistas em defesa garantem que, no fundo, a Marinha não precisa de um caro sistema novo. A força armada já tem como gerenciar suas águas jurisdicionais, restando demonstrado pelas Operações Amazônia Azul, a última realizada neste mês. Falta apenas contratar sensores radar e ópticos, com satélites e com links de troca de dados e isso pode ser feito paulatinamente, sob controle e coordenação direta da Marinha. Essa opção mais barata poderia ser ruim para empreiteiras, mas agradaria ao ministro Joaquim Levy.
FONTE: Monitor Mercantil
12 bilhões? Se não há este valor todo, então deveria ser iniciado uma alternativa com abrangência menor (Bacias de Santos e do Espírito Santo talvez, para começar), com finalidade de desenvolver pesquisas, tecnologia e centros formadores de profissionais qualificados. Aí, porque não há 12 bilhões, não se faz nada? Nem mesmo um projeto piloto ou modular? Por que? Requer algum líder ou pessoas extremamente dispostas?
Talvez falte planejamento e visão empreendedora. Não dá para contar com política orçamentária de defesa séria. Todos sabem disso há muito tempo.
No caso do submarino nuclear, por exemplo, não havia orçamento pleno para todas as etapas. Então foi feito de forma modular, até que o dia fosse levado a frente por algum governo, mesmo com seus defeitos e erros.
Cria-se um norte para o IME e para ITA, além de outras universidades, como foi no caso da COOPE. Daqui há alguns anos…
Alguma das FFAA´s poderia analisar?
Há mais de cem anos, Ruy Barbosa afirmara: “Esquadras não se improvisam”. Será que nossas autoridades conhecem Ruy Barbosa? Será que alguém nesse governo quer ou sabe ler?
Hoje fui visitar alguns navios da Marinha que estão no porto de Itajaí. Também visitei um helicoptero. Foi deprimente, navios velhos, remendados, literalmente em frangalhos. Equipamentos velhos, cheguei a ver um FURO no piso do navio devido a ferrugem. Em conversa com os marinheiros, um deles falou, nunca atiraria em um canhão daqueles instalados no navio, de peito aberto para qualquer inimigo.
E o governo vem me falar en SUBMARINO NUCLEAR? CAÇAS DE COMBATE GRIPEN? Sabe, acho que o problema não chega nem a ser a falta de dinheiro e sim o destino dele.
E, ao lado de onde estavam os “navios de guerra” brasileiros temos a volvo ocean race, com uma feira nautica, e vi sistemas de navegação em barcos CIVIS melhores, e bem melhores, do que os instalados nos nossos navios.
As coisas só passam a funcionar quando se admite os pontos de melhoria, e literalmente melhoramos eles.
Sabe, básico bem feito?
E, a não ser que um dia caças de qualquer outro país resolvam atacar o Brasil, ou mesmo navios de guerra venham sorrateiramente nos atacar, não estou nem ai para os submarinos e caças de guerra. Quero saber é de navios de patrulha e salvamento, helicopteros com visão noturna, avioes eficientes em combater o tráfico de drogas, que realmente funcionam. Porque sim! É desse tipo de coisa BÁSICA que eu cidadão brasileiro preciso.
Esta história de nascionalizar tudo, participacao de empresas brasileiras, sei nao, parece que é feito por encomenda, visto varias empreiteiras entrarem nesta área.
E o custo só sobe
projetos mais importantes…é uma pena..
….como na diz na Biblia chegou o tempo das vacas magras……tudo agora vai pras contas, prova real e dos nove…o ministro quer cortar e justo nos
Resumindo: não se trata de economizar com gastos em defesa, mas sim com os gastos em propinas. O polvo do Partido Terrorista está com seus tentáculos grudados nos cofres de várias empreiteiras e o seu apetite é voraz.
Quer economizar ? é só tirar essa exigencia de nacionalização e tudo será entregue rápido e barato!
Sim, podemos economizar em defesa , esses super gastos que temos visto é em decorrência da
ingerência política vinculada as empresas viciosamente instaladas nos bastidores do poder a décadas … originou a lava jato .
É tanta grana perdida que estamos com navios velhos e encostados e não podemos comprar outros, sem dizer a FAB com seus aviões encostados em hangar esperando reforma.
Hoje o setor mais forte da FAB é o de transporte de políticos .
A lava jato está preocupando muita gente , quem diria que o Ministério Público e o Poder Judiciário poderão fazer parte da Segurança Nacional de modo ativo, simplesmente caçando, apurando e prendendo os Judas desse país.
Abs.
Não vai demorar muito e teremos que terceirizar a defesa do nosso país, quem sabe os EUA ofereçam uma esquadra pra “proteger” nossos mares…
Nem dê essa idéia. Vai que alguem de Brasilia lê?
A Marinha se descola da realidade….
É assustador
Do jeito que a coisa está andando não vamos ter nenhuma coisa nem outra nem os sensores e nem os navios de superfície.
na boa sei que é um projeto muito importante não só para marinha mais como também para todo o país,mais 12 bi é muito coisa…mesmo q dividido em anos a medida em que vai se executando o projeto ao meu ver só seria viável se esse dinheiro fosse em partes pagos pelas indústrias petrolíferas que aqui estão instaladas como uma espécie de royates…pq com esses 12 bi daria pra montar uma ….. esquadra de respeito …..pq infelizmente a nossa quase já não existe mais…..tirando é claro os navios patrulhas de 500,uma corveta,3 patrulheiros oceânicos;e algumas fragatas capengando ….até nossos subs estão fora da ativa restando apenas um operacional e os outros em pmg ou sabe lá deus oque estão passando
FAVOR NÃO UTILIZAR PALAVRÃO NOS COMENTÁRIOS
R$12 bi não dá para montar uma esquadra de respeito. Isso é menos de R$4 bi, ou seja, suficiente somente para umas 4-7 fragatas.
É fundamental ter o SisGAAZ, com uma rede de radares, sonares, data-links, etc, em parte de nossa costa, assim optimizando o uso dos nossos meios navais e aeronavais para proteger a área marítima brasileira.
Nada em matéria de Defesa é barato e paga-se o preço pelo atraso em investimento tecnológico, inovação e ciência. O preço dos Gripens, do PROSUB, do PROSUPER, e tantos outros, custará quanto? O Sirius irá custar quanto? Quanto custa cada hora de vôo de um caça, ou de um único de seus misseis? e um satélite? Vale observar que este projeto é da Marinha e do país, não de políticos. Ocorre que não se noticia o tamanho/alcance do projeto, como funciona, para que serve e nem quais sao os seus benefícios. A partir dai discutir o valor é esta sendo muito simplista. Se o projeto for cancelado, daqui a alguns anos irao se perguntar, e lamentar, o porquê de terem-no abandonado. Na minha opinião, só por mera comparação de custo x beneficio, caro mesmo é o Pantsir, pois não tem a amplitude, alcance do Sisgaaz e custa o que custa.
Bom dia Srs. leitores.
A História, é prova: Não pode-se economizar com defesa.
Cordialmente.