As fronteiras fluviais brasileiras contam com mais uma arma no combate ao crime: as novas lanchas blindadas de operações ribeirinhas, projetadas e construídas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).
As primeiras já atuam no patrulhamento fluvial de Guaíra e de Foz do Iguaçu, no Paraná. Em dezembro, a Força Naval entregou ao Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM), a primeira de quatro encomendadas pelo Exército.
O novo modelo é construído em alumínio de alta resistência, equipado com proteção balística e metralhadoras .50 e MAG 7,62mm, capazes de disparar de 600 a mil tiros por minuto. Os motores de 320 hp (cavalos de força) permitem desenvolver a velocidade máxima de 35 nós, cerca de 65 km/h, transportando um total de 17 pessoas. A capacidade do tanque garante uma autonomia de 13 horas na velocidade de cruzeiro (média alcançada para economia de combustível).
“O projeto da lancha é semiautomatizado, ou seja, existe um projeto em 3D, em que nós conseguimos fazer modificações de forma antecipada à construção, na fase de projeto. Com isso, conseguimos mitigar qualquer tipo de problema e visualizar futuras melhorias, além de reduzir custo e acelerar a produção”, conta o gerente de Construção de Embarcações até 200 Toneladas do AMRJ, Servidor Civil André Patrocínio de Castro.
Outro fator que contribui para imprimir mais velocidade à produção é o emprego de máquina de corte CNC (do inglês Computer Numeric Control), controlada por computador e capaz de produzir peças em série com precisão. “Em relação à montagem da chapa de proteção balística, o corpo técnico do Arsenal desenvolveu um sistema de montagem de forma que qualquer erro dimensional na construção da lancha não seria suficiente para impedir a montagem da proteção, nem seria necessário qualquer serviço adicional”, explica o gerente.
As lanchas construídas pelo AMRJ são uma evolução da lancha Classe “Excalibur”, projetada e construída pela Base Fluvial de Ladário, no Mato Grosso do Sul. Esse protótipo, batizado de “Cuiabá”, foi entregue ao Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Mato Grosso (GrEOPRibMT) em julho de 2021. Esta e outras três lanchas similares que pertencem ao Grupo atuam na contenção de incêndios, nos levantamentos hidrográficos e no treinamento militar.“Durante o ano, a gente opera, por exemplo, no combate aos incêndios florestais, transportando equipe de bombeiros, brigadistas, materiais, combustível para uso de outras embarcações em lugares mais remotos. Também realizamos a coleta de dados de trechos navegáveis do rio Paraguai e do rio Cuiabá, e fazemos parte de exercícios militares, em apoio aos outros navios”, conta o Encarregado da Divisão de Manutenção e Reparos do GrEOPRibMT, Primeiro-Tenente Marcus Bezerra.
Para além da Marinha
A partir da lancha blindada de operações ribeirinhas “Cuiabá”, o Arsenal projetou a “Sinop”, entregue à Delegacia Fluvial de Guaíra, em maio de 2022, e a “São Félix do Araguaia”, em agosto do mesmo ano, à Capitania Fluvial do Rio Paraná. Em setembro de 2023, foi assinado o Termo de Execução Descentralizada (TED) para a construção de quatro unidades, como parte do Projeto de Obtenção de Embarcações Blindadas do Exército Brasileiro.
FONTE: MB
Muito ruins. Fica o dia inteiro exposto ao sol pra ver. As dgs raptos sao bem melhores
Colombelli vc poderia ser mais profundo em seu comentário? Acho que um comentário assim fica meio “torcida de futebol”. Tente ser mais técnico por favor para embasar o que você escreveu por favor. OK? Detalhe: Os militares testaram, testaram, e testaram, até chegar a esta opção. Estariam eles errados ou o outro produto não atendia o que eles queriam? Você saberia dizer? Se sim, conte aqui para nós.
Basicamente plataformas de tiro e desembarque blindadas porém também muito vulneráveis.
Seria muito bom que a MB também pudesse contar com algo como a CB90.
Prezado Paulo, concordo com uma eventual aquisição de CB90 ou similar, ficando a lancha blindada como embarcação orgânica dos NPaFlu apenas. Cordial abraço !