No período entre 20 de novembro a 2 de dezembro de 2021 ocorreu, nas instalações da Thyssenkrupp Marine Systems GmBH (tKMS) em Hamburgo, na Alemanha, o encontro técnico de avaliação do Projeto Preliminar das Fragatas Classe Tamandaré. A Emgepron e a Marinha do Brasil se fizeram representar por integrantes da Gerência do PFCT e da Diretoria de Engenharia Naval que assinaram, conjuntamente com representantes da SPE Águas Azuis, em 24 de novembro, a documentação relativa ao atingimento do Marco de Engenharia de Revisão Preliminar do Projeto, nas dependências industriais da tKMS em Kiel, na Alemanha (foto).
Na oportunidade, foi acompanhada também a realização dos testes de cavitação do propulsor no tanque de cavitação do HSVA (Hamburg Ship Model Basin), realizada visita técnica aos departamentos da tKMS para acompanhar o desenvolvimento do projeto detalhado e empreendidas discussões técnicas e gerenciais relacionadas à execução dos trabalhos de detalhamento do Projeto Preliminar, com vistas à consecução do próximo marco crítico do Projeto, a Revisão Crítica do Projeto, prevista para junho de 2022.
O Diretor-Geral de Material da Marinha, AE Cunha, acompanhado pelos titulares da Diretoria de Engenharia Naval, CA (EN) Ximenes e da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha, VA Calheiros, marcaram a presença da Marinha, complementando as atividades com a visita às instalações da Atlas Elektronik GmBH, em Bremen, onde atualmente está sendo desenvolvido o sistema de Controle de Armas (CMS) das Fragatas, visita ao navio da classe F-125 na Marinha Alemã, em comissionamento no estaleiro Blohm+Voss, visita à Corveta da classe K-130, na base naval da Marinha Alemã em Höhe Dune e, em seguimento, foram recebidos na sede do Almirantado Alemão em Rostock, para discussões de caráter técnico e operacional com oficiais do Alto Comando da Marinha Alemã.
Não sei se é “wishful thinking” da minha parte, mas penso que isso irá acontecer e seria bom, até para driblar os problemas orçamentários: depois das 6 Tamandarés iniciais — que eu acredito que estarão operacionais até o início da próxima década –, teremos um segundo pedido com Tamandarés ligeiramente mais pesadas, com deslocamento na faixa das 4.500 toneladas… E podendo ser construídas em casa, no mesmo estaleiro, em Itajaí. Esse projeto não é modular? Então é possível, penso. 3 focadas em AAW e 3 para ASuW, ou algo do tipo. Teríamos em 15 anos uma marinha de respeito, com 12 belonaves modernas. Já li almirante falando sobre essa possibilidade. Me soa muito mais realista do que A-400 ou FREMM, caríssimas de adquirir e manter.
Eu sinceramente espero que haja uma extensão desse projeto. Umas 6 Mekos “150”, outras 6 Mekos 200 e mais Mekos 400. 18 combatentes de superfície de última geração.
Sequim, para que isso aconteça é preciso grana. Bilhões são difíceis de se conseguir. Mas a MB deseja 6 Classe Tamandaré. Quanto ao futuro, tem muita água pra passar debaixo dessa ponte.
Padilha, eu sei disso. Mas tudo se resolve com um bom financiamento. Veja o caso dos Gripens. Com uma boa articulação financeira, é possível reconfigurar a MB com meios modernos. Chega de coisa usada, de segunda mão.
Sequim, de nada ter financiamento internacional se não tiver como pagar. Esse é o pequeno problema.
Também acho que o “ideal” seria termos meios novos, mas nem sempre isso será possível.
Estão revisando o projeto? O projeto executivo não existia quando da contratação? Normalmente isso é pré-requisito para licitações técnicas, com precisão de alternativas técnicas de m determinados itens… Ou o Brasil contratou essas Corvetas só com projeto básico? Aliás revisão de projeto só agora? Quase dois anos após a contratação? Haja cronograma… Não acredito nessas Corvetas antes de 2028…
Fernando, a fragata Tamandaré é um projeto”baseado” no modelo A100 da TKMS. Por essa razão, muitas modificações foram necessárias, transformando num modelo, digamos assim “A150”. Muitas alterações foram feitas a medida em que as negociações iam ocorrendo, tipo motor, canhões, sensores e etc. A cada um que o consórcio fechava, evidentemente que era necessário adequá-los ao projeto. Isso agora acabou. A Tmandaré está definida e como o AE Cunha disse em sua entrevista, em 2022 já teremos o primeiro bloco pronto. Quando anunciaram o modelo vencedor, haviam diversos sensores e sistemas prévios, muitos dos quais foram mudando durante as negociações. Dai a demora.
Criticar não irá alterar em nada o cronograma, então vamos torcer para que nada mais atrase a construção da fragata Tamandaré.
DAN, vocês sabem qual drone será usado nas Tamandaré?? Usarão o Scaneagle mesmo ou já estão pensando em um de decolagem vertical?
Drone na Tamandaré será o ScanEagle
Vão cortar a primeira chapa ou vamos esperar mais oito anos.
Sugiro ver a entrevista com o DGMM aqui no DAN. Vai lá e tenha a sua resposta.
Ótimos avanços com o intuito de modernização das nossas forças armadas!