Por Igor Gielow
A Marinha dos Estados Unidos decidiu reativar sua Primeira Frota, baseada no oceano Índico, visando ampliar a pressão sobre a China no momento em que Pequim tem reforçado sua posição militar nos mares.
A intenção foi confirmada pelo secretário da Marinha, Kenneth Braithwaite, durante uma audiência no Senado americano na semana passada. “Vamos reconstituir a Primeira Frota, estipulando sua responsabilidade primária pelas regiões do Índico e sul da Ásia como uma força expedicionária”, afirmou.
Ela será “ágil e terá um comando no mar” em princípio, descartando inicialmente o estabelecimento de uma base em terra, que o próprio Braithwaite já havia especulado poder ser em Singapura.
A Primeira Frota existiu de 1947 a 1973, quando suas funções foram absorvidas pela Sétima Frota, baseada em Yokosuka, no Japão.
Hoje, essa força é responsável por uma área que vai do Havaí até a costa indiana, banhando 36 países. Ela sempre opera 1 porta-aviões, 1 cruzador, 11 destróieres e diversas outras embarcações, com 21 mil marinheiros.
Pelo plano apresentado por Braithwaite, a Sétima Frota poderá compartilhar navios com a Primeira rediviva.
A região é crucial para os interesses chineses. O estreito de Málaca, na Indonésia, é a porta de entrada mais conveniente para as importações e exportações de Pequim. Cerca de 80% do petróleo e do gás que o país compra passam por ali.
Ele liga o Índico ao mar do Sul da China, área que a ditadura comunista considera 85% sua, e na qual busca asseverar seu domínio por meio da militarização de um anel de ilhotas artificialmente aumentadas e de atóis.
Desde que Donald Trump assumiu, em 2017, a Guerra Fria 2.0 com a China foi uma de suas prioridades externas. Isso envolveu de questões como disputa comercial e tecnológica ao apoio para manifestantes em Hong Kong.
O mar do Sul da China, e áreas como o estreito de Taiwan, vieram logo a seguir. Washington afirma que são águas internacionais e faz manobras chamadas operações de liberdade de navegação seguidamente nessas áreas.
Pequim, por sua vez, intensificou sua capacidade aérea com diversas simulações ao longo do ano. O governo chinês não aceita um julgamento das Nações Unidas de 2016, que considerou a região de uso compartilhado por diversos países.
Como ainda é incerto o tom que o novo presidente americano, Joe Biden, dará ao conflito quando assumir o cargo em 20 de janeiro, também a reativação da Primeira Frota carrega um ponto de interrogação. Uma coisa é certa: o embate estratégico entre Pequim e Washington irá seguir.
Hoje os EUA têm sete frotas navais ativas. Em 2008, reativou a Quarta Frota, que opera no Atlântico Sul, gerando protestos de políticos brasileiros que viram na medida uma volta do imperialismo americano na região —na prática, nada de mais aconteceu.
Se confirmada a volta da Primeira Frota, ela poderá contar com os esforços do chamado Quad, o grupo de nações do Indo-Pacífico que foi reanimado por Trump e inclui ao lado dos EUA o Japão, a Austrália e a Índia, todos países com contenciosos estabelecidos com Pequim.
Em graus diferentes, como a aproximação do novo governo japonês com Xi Jinping mostra, essas nações têm trabalhado para mostrar a determinação de cercar a China por todos os lados. Em novembro, fizeram seu primeiro exercício conjunto, ampliando uma manobra na baía de Bengala (Índico) com a participação australiana.
FONTE: Folha de São Paulo
É muito preocupante (para a própria Marinha Americana) que a política governamental americana mantenha esta frequente atitude de Ativar Frotas Americanas em várias partes do mundo…
Ativar uma nova (velha) frota significa aumentar mais staff dirigente de frota em terra multiplicando estruturas de gerência operativa naval e o estabelecimento de ou “Frotas Fantasmas” sem navios OU o enfraquecimento das Frotas existentes para compor de unidades as novas frotas…
Quando se é o caso de se realocar unidades para outras frotas significa muitas vezes despesas IMENSAS de realocação das tripulações e seus familiares para novas sedes/portos de base.
Tudo isso num cenário de forte expansão da Marinha Chinesa e de envelhecimento (sem reposição em número equivalente) de unidades de superfície mais antigas.
Descompasso gerado em boa parte por programas navais recentes, muito caros e que estão dando problemas e atrasando a entrada de novas unidades, como os programas LCS (Littoral Combat Ship) e os contratorpedeiros (destroyers) Classe Zumwalt
Meu caro Giba, reitero: Quando a ideologia entra no debate o nível do mesmo vai parar no chão…..
Essa medida, o restabelecimento da I Frota, não é um delírio populista do pato manco laranja que está com prazo de validade vencendo na Casa Branca mas sim uma medida administrativa da própria US Navy tomada exatamente com a finalidade de otimizar forças e especialmente o apoio aos meios da USN que estiverem deslocados para a área de atuação da recém criada frota que, como podemos observar do texto estará responsável pelo Mar do Sul da China e o Oceano Índico.
Ademais, essa medida também atende aos anseios das marinhas de países aliados como Austrália, Cingapura, Malásia, Índia e até mesmo o antigo inimigo Vietnã, que desejam uma presença mais firme da USN nesses mares.
Agora, se o seu intuito for passar pano para o crescente expansionismo e agressividade da Ditadura totalitária chinesa, que constrói ilhas artificiais em águas reclamadas por outros países, aí a conversa é outra….
Justamente o que eu falei, a medida pode atender anseios POLÍTICOS de Aliados e daquela parte mais política do Almirantado já que estabelecer FROTAS em primeiríssimo lugar significa em criar um monstrengo de Comando com muitas vagas para os mais antigos.
NAVIOS é OUTRO ASSUNTO, pois construir unidades navais leva tempo e neste campo a US Navy está tomando DE GOLEADA dos Chineses…
Programas navais americanos que citei (e tu não disse UM AI sobre o assunto) sofrem da mesma falta de noção de prometer mundos e fundos, dezenas de unidades programadas e no caso dos LCS dois projetos paralelos e concorrentes tocados no mesmo programa e AMBOS estão com sérios problemas.
Os destroyers Zumwalt dispararam num custo tão astronômico que cancelaram a aquisição da munição de canhão mais cara que um míssil de cruzeiro e o programa patina sem saber o que fazer com um canhão ultramoderno que será obrigado a usar munição normal.
A quarta frota (também reativada) é o exemplo de Frota Fantasma, o comando existe e se decidir a fazer uma operação real tem de pedir unidades para compor suas operações pois não tem unidades reais organicamente a ela vinculada.
Quem está usando argumentos IDEOLÓGICOS é você eu estou falando de REALIDADE E ADMINISTRAÇÃO NAVAL…
Salvo Melhor Juízo…
Para alguém que adora dar carteirada se apresentando como “ex-oficial da MB” (está mais para grumete de aquário) você mostra incrível desconhecimento básico acerca da organização da USN meu caro Giba!
Diante disso o titio aqui vai desenhar para você tentar aprender taokei!?
Como eu disse anteriormente a divisão em “Frotas” dos meios navais da USN é meramente administrativa e ao contrário da sua cantilena serve para otimizar a utilização dos meios navais quando nessas áreas, inclusive para facilitar a ligação entre o alto comando das marinhas. E mesmo a sua desculpa de que haveria um aumento de pessoal é descabida pois o mesmo será deslocado de outras funções dentro da marinha.
Outra coisa que você não entende é que salvo poucos navios como os navios de comando os meios navais da USN não estão vinculados a essa ou aquela frota ainda que geograficamente as bases terrestres estejam. Assim, se um NAe deixa a Base de Norfolk (costa leste dos EUA) em direção ao Golfo Pérsico irá passar pela responsabilidade da Segunda Frota (Atlântico Norte), Sexta Frota (Mediterrâneo) até chegar a área de responsabilidade da Quinta Frota sediada no Bahrein.
Ademais basta lembrar que a importância das frotas aumenta e diminui de acordo com as necessidades geopolíticas da nação. Um exemplo disso é que por conta das tensões com a Líbia de Muamar Kadafi nos anos 80 uma das frotas mais importantes foi justamente a Sexta Frota sediada em Nápoles.
Quanto aos seus espasmos de alegria com o frenético programa de construção naval chinês cumpre lembrar que antes de se contrapor à USN a Marinha da ditadura totalitária de Xi Jinping precisa substituir uma grande quantidade de navios obsoletos muitos deles ainda oriundos de velhos projetos soviéticos. Ademais muito são navios costeiros.
Por fim, você está como de costume desinformado acerca dos programas de construção naval dos EUA. Os programas LCS e Zumwalt foram interrompidos e agora a ênfase está nas novas Fragatas da Classe Constitution (derivadas da FREMM italiana) e em mais Arleight Burke, dotados do novo radar SPY-6 AESA, superior aos sensores chineses.
Espero que o Biden faça um bom governo e não dê nenhuma brecha para a China, e continue lutando contra as pretensões daquele país.
O problema maior dos americanos Trumpianos e em breve dos Bindeanos é combinar com os chineses para eles se conformarem “da sua inferioridade inquestionável” e não OUSEM tentar desafiar a autoridade e superioridade americana no MAR DA CHINA e nos mares do resto do planeta que pertencem a US Navy…
ACHO que não vai rolar…
O problema maior de Xi Jinping e sua camarilha meu caro Giba é que os países da região já deixaram claro que não aceitam o conceito oriundo do PC chinês segundo o qual aquelas águas seriam uma espécie de Lebensraum da China.
E uma vez que não aceitam a agressividade e expansionismo chineses trazem para perto de si a USN. Agora se você quiser continuar passando pano para a ditadura totalitária da China sinto muito….
Discurso ideológico novamente Incansável…
CAMARILHA ????
Ressuscitasse a Camarilha dos Quatro da Revolução cultural Chinesa (1966/76) 50 anos atrasado…
Que CRIATIVO!!!
Os países da região do Mar da CHINA são contra??? Que surpresa!!!
Ahn ahn…
Eles não aceitam e DAÍ, da mesma forma que os EUA impõe suas visões com NAVIOS os chineses farão o mesmo…
Os países da região não tem poder naval para se opor eficazmente…
E quero ver o EUA confrontar DE VERDADE a CHINA tão perto da CHINA…
E o poder marítimo chinês só faz crescer em quantidade e tecnologia que até os EUA está com dificuldade de acompanhar…
As coisas estão mudando FAST… VERY FAST…
Querer negar que Xi Jinping e seus asseclas compõem uma camarilha de corruptos com planos expansionistas e imperialistas é querer o óbvio meu caro Giba……
Agora negar os direitos dos países da região em exercer sua soberania sobre suas águas territoriais além de intelectualmente desonesto é ideologicamente doentio….
Quanto à confrontar a gloriosa “Marinha do exército de libertação popular” a USN já faz isso, vide as missões de liberdade de navegação conduzidas regularmente por navios e aviões da USN junto às ilhas artificiais ilegalmente construídas pelos chineses. Veremos se eles têm coragem de apertar o gatilho não é mesmo!?
No mais apenas vemos o seu desejo incontido de bater continência para a bandeira chinesa, e quem sabe no futuro para soldados de olhinhos puxados não é mesmo!??😉
Ah como eu queria que o Brasil tivesse ao menos uma frota de respeito, apenas UMA 😐
Com mais essa medida os EUA tornam-se mais assertivos no intuito de brecar as pretensões expansionistas e imperialistas da ditadura totalitária chinesa.
Agora é esperar pelo choro e ranger de dentes das hienas sino russas…..