A fiscalização na hidrovia do rio Paraguai e seus afluentes, abrangendo os Estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso sofrerá um incremento a partir dos próximos dias.
O trabalho, que não possui previsão de término, trará como consequência o emprego conjunto de tropas e meios operativos da Marinha do Brasil e da Polícia Militar Ambiental.
No dia 25 de janeiro, o Contra-Almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, Comandante do 6º Distrito Naval, e o Capitão Cleiton Douglas da Silva, Comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Corumbá, definiram as ações que serão executadas em conjunto, as quais têm os propósitos de aumentar a fiscalização das embarcações, mantendo a segurança do tráfego aquaviário e, coibir possíveis crimes ambientais em toda a região, como por exemplo, a pesca predatória e desmatamentos clandestinos.
O acordo em pauta, além permitir as Instituições desempenharem as suas principais tarefas, com o fundamental apoio mútuo, permitirá a troca de conhecimentos entre os militares sobre a forma de atuação de cada órgão e propiciará maior ação de presença integrada do Estado, nos rios da região pantaneira.
FONTE: 6º DN
Tarefa típica de Guarda Costeira e digo isso sem ironias. Quando comento sobre a necessidade do Brasil ter uma Guarda Costeira independente, muitos acham que é uma critica a Marinha ou que é um desejo de ver a marinha relegada a tarefa de guarda costeira e é justamente o oposto, hoje o papel da nossa marinha é cada vez mais ser uma força policial e menos uma força militar ofensiva, de dissuasão, com seus meios quase no limite do sucateamento. A própria marinha se impõe essa tarefa e não abre mão, por quais interesses não sei ao certo (novamente sem ironias, gostaria que alguém me esclarecesse, o porque da marinha não desejar uma guarda costeira) medo de perder verbas ou sua relevância?
Acredito que quando a marinha deixar de fazer o papel de polícia, de fiscal, dentro do Brasil (nos rios) e em suas aguas costeiras, ela irá se voltar 100% a sua vocação, que é ser uma marinha de águas azuis e direcionada a operações de além mar. A marinha deveria estar caçando piratas no Indico, mostrando a bandeira nos países asiáticos e África, escoltando nossos navios por todos os mares do planeta. Poderia ser uma marinha enxuta, mas bem equipada, com menos efetivos (esse excesso de pessoal é necessário para manter os distritos navais), mas altamente profissional, (não digo que não o sejam hoje em dia, mas sempre existe espaço para melhorar). O exército chileno fez uma reestruturação (e ninguém pode dizer que seus oficiais não eram profissionais) e ficou menor e muito melhor, li em um artigo que diminuíram a quantidade de generais, de soldados, mas se tornaram mais letais. É isso que desejo para nossa marinha. O pessoal (que faz um excelente trabalho) da patrulha, fiscalização, nos distritos navais, nos rios e fronteiras terrestres, assumam como o que eles são, guarda costeira, que eles sejam alocados para as tarefas policias (li um artigo que isso ajudaria em algumas questões legais sobre a abordagem de embarcações e outras) suas atribuições até aumentariam, suas carreiras poderiam até ter melhores perspectivas. Essa guarda costeira deveria ser subordinada ao ministério da justiça, como a polícia federal e a marinha ficaria livre de um lastro, que na minha opinião “trava” o seu desenvolvimento pleno. Uma coisa é certa, do jeito que está hoje, ela caminha na direção de se tornar uma guarda costeira vitaminada.
Só mais uma coisa, quando opino sobre colocar a guarda costeira sob jurisdição do Min. da Justiça só tenho uma coisa em mente, verba, não tem a ver com política, partidos, ou o que seja. O ministério da justiça sempre existirá em qualquer governo (que espero mude em 2018, senão antes) e a patrulha tem mais a ver com as atribuições da justiça do que com os meios militares. Ela (a verba) é curta e sempre será, então os recursos da patrulha viriam do outro departamento que não os ministérios militares e em épocas de crise a guarda costeira ficaria (e deve ficar) subordinada a marinha. Argumentaram em alguns fóruns que a Marinha perderia relevância e verbas para essa guarda costeira, mas aí é que está a questão, se a marinha não puder justificar a razão de ser, qual a razão dela existir? Eu tenho certeza das razões para nossa marinha existir, afinal, qualquer país que queira ter alguma relevância tem que ter uma marinha forte, preparada e equipada, mas não esse “mastodonte”, com mais efetivos (e muito menos meios) que a Royal Navy e que tem que fazer o esforço máximo para enviar um (1) navio para patrulhar o Mediterrâneo, ainda por cima, desfalcando a patrulha de nossas águas costeiras. Os almirantes deveriam pensar nisso.
Precisamos de mais lanchas que LPR comprados dos colombianos ou a CB-90 se for ficar na compra de somente 4 era melhor não adquirido nada.