Objetivo é levantar necessidades da guarda costeira do local e elaborar proposta de acordo de cooperação entre os dois países
A Marinha brasileira anunciou a criação de um Núcleo da Missão Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe, com sede em São Tomé, na República Democrática de São Tomé e Príncipe (STP). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11):
PORTARIA Nº 533/MB, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2014
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA MARINHA
GABINETE DO COMANDANTE
DOU de 11/11/2014 (nº 218, Seção 1, pág. 8)
Cria o Núcleo da Missão Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe.
O COMANDANTE DA MARINHA, no uso das atribuições que lhe conferem os art. 4º e 19 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, alterada pela Lei Complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010, e o art. 26, inciso V, do Anexo I ao Decreto nº 5.417, de 13 de abril de 2005, resolve:
Art. 1º – Criar o Núcleo da Missão Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe, com sede em São Tomé – República Democrática de São Tomé e Príncipe (STP), apoiado pela Adidância de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutica em Angola e São Tomé e Príncipe, com estrutura administrativa subordinada ao Estado-Maior da Armada.
Art. 2º – O Núcleo da Missão Naval terá as seguintes atribuições:
I – efetuar o levantamento das reais necessidades da Guarda Costeira de STP, com a finalidade de elaborar uma proposta de Acordo de Cooperação entre os dois Países;
II – acompanhar e apoiar as atividades do Grupo de Apoio Técnico de Fuzileiros Navais em São Tomé e Príncipe, subordinado ao Núcleo;
III – administrar os recursos humanos, materiais e patrimoniais sob sua responsabilidade; e
IV – assessorar o Embaixador do Brasil, em São Tomé e Príncipe, quanto aos assuntos sob a responsabilidade do Núcleo.
Art. 3º – O Estado-Maior da Armada baixará os atos complementares que se fizerem necessários à execução desta Portaria.
Art. 4º – Esta Portaria entra em vigor na presente data.
JULIO SOARES DE MOURA NETO
O objetivo do núcleo é efetuar o levantamento das reais necessidades da guarda costeira de STP com a finalidade de elaborar uma proposta de acordo de cooperação entre os dois países.
A iniciativa vai acompanhar e apoiar as atividades do grupo de apoio técnico de fuzileiros navais em São Tomé e Príncipe, subordinado ao núcleo, e administrar os recursos humanos, materiais e patrimoniais.
O núcleo contará com o apoio da Adidância de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutica em Angola e São Tomé e Príncipe, com estrutura administrativa subordinada ao Estado-Maior da Armada.
FONTE: Portal Brasil
FOTO: Ilustrativa
(Completando meu comentário acima) Concordo com o leitor Carlos B. Crispin quando ele defende que devemos ter relações especiais com Portugal, e também concordo em parte, quando ele constata, ou melhor, observa que “o Brasil renega Portugal”. Felizmente é meia- verdade, por ser uma generalização. Mas é verdade que muitos brasileiros e mesmo muitas autoridades brasileiras incidem no equívoco e cometem o erro de desprezar e renegar nossos fundamentos históricos e nossos laços indeléveis com Portugal. Por outro lado acredito também que o Brasil, especialmente a Marinha e o Exército brasileiro, cultivam relações especiais com a nação fundadora do Brasil.
Bem haja pois a Marinha Brasileira e nossa Diplomacia por instalar Núcleo da Missão Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe.
Bem haja a Marinha do Brasil por mais esta iniciativa. Sabemos que São Tomé e Príncipe “não é um país que possa nos oferecer algo de relevante em troca”, se por “algo relevante” se entende apenas grandes trocas comerciais, tecnológias, lucros, etc. Talvez seja isso que o sr. Leandro quis dizer. Mas isso é uma visão míope da missão da nossa Marinha, das realidades globais que envolvem geopolítica e estratégia, é ignorar nossas responsabilidades de país com dimensões continentais, e de nossa posição privilegiada no Atlântico Sul, onde, do outro lado, temos quatro nações que falam nossa língua, ou seja, além da pequena São Tomé e Príncipe, temos Angola, um dos principais países africanos, Guiné Bissau e Cabo Verde. Com todos eles temos relações históricas e culturais e laços de afinidade muito fortes, onde o termo “países irmãos” não é apenas força de expressão. Concordo também com o leitor Carlos B. Crispin, no que diz respeito ao conceito justo de q
Bem haja pois a Marinha Brasileira, e
Nossa… Deus me livre de tanta confusão e desinformação.
sem contar o tanto de empresas brasileiras …principalmente na área de construções e minérios que estão instaladas lá…..ganharemos relevância para outros países na área de construção naval como os colegas já mencionaram ai em cima…e por ai vai…a china mesmo está planejando até 19 bases militares (se for mesmo confirmado) no continente devido a sua geoestratégia e grande volume de investimentos …é assim q funciona as coisas…quando termos maiores capacidades militares e de projeção com certeza vamos fazer a mesma coisa,pq não se pode investir tanto sem a devida proteção;também é um forma de mostrar a outros países que aqui tem um dedo meu..e na outra mão o meu porrete !! kkkkk
Eu concordo plenemente com o Leandro, não vejo nada interessante para ganharmos com isso, é um país minúsculo e miserável, acho perda de tempo e dinheiro, por quê não estreitar a cooperação militar com Portugal? Os EUA mantém estreitos laços com a Inglaterra, mas o Brasil renega Portugal, em vez de construir um porto em Cuba, por quê não ajudar Portugal? São os nossos ascendentes, devemos tudo aos portugueses, que já tiveram a maior marinha do mundo, hoje estão desempregados e a economia ruim, o Brasil devia entrar maciçamente com investimentos lá, a porta de entrada da europa, talvez o Brasil fosse melhor visto, já compramos a Suécia, nada mais justo que ajudar Portugal, eu acho. PS1 Não sou português. PS2 Como essa torreta de canhão é feia! É um monstrengo, putz grila!
Leandro,
Reflita um pouco antes de postar. Essas relações bilaterais são fundamentais para o país. Boas relações diplomáticas costumam trazer lucros empresariais. Com a MB participando do planejamento crescem as chances de estaleiros daqui ganharem algo com essa aproximação. Você acha que vamos vender nossos navios para países de primeiro mundo que já os produzem, ou que são sócios na OTAN? Talvez sim, mas as dificuldades são imensas. Um dos lucros diretos que o nosso país pode ter com esse acordo é justamente a venda de navios de patrulha da Classe Grajaú, como esse da foto. Não foi sem motivo que o DAN postou a foto do Guaratuba. Em 2009 o Inace construiu um igual a ele para a marinha da Namíbia. Por que outras marinhas africanas não comprariam?? Há ainda a possibilidade de vender algo da Classe Macaé (de 500 t) e até mesmo o nosso futuro NaPaOc derivado do projeto Barroso NG.
Não entendo, não é um país que possa nos oferecer algo relevante em troca, é ridículo, ao invés de cuidarmos dos nossos problemas internos, que não são poucos, gastamos dinheiro em outro país… Vamos ajudar a Guarda Costeira, logo a nossa MB será uma marinha costeira com um Submarino Nuclear, sem escoltas porque o PROSUPER não anda e com um NAe mesmo que depois da manutenção de 3 anos ainda não vai ser o ideal pra uma força de respeito. O Cisne alem de estar perdendo suas garras sacrificando a frota atual em pró da esquadra do futuro logo vai estar sem bico também. Sacrificando desnecessariamente porque com esses recursos gastos em Angola, Namíbia, treinando fuzileiros de lá e agora em São Tomé poderiam ao menos ajudar na manutenção um uma modernização mais leve em alguma Niterói.