Caminhão equipado com sistema de desintoxicação da empresa italiana Cristanini, de quem a Marinha brasileira adquiriu US$ 1,28 milhão em equipamentos de defesa contra ameaças químicas, biológicas, nucleares e radiológicas
A Marinha do Brasil está adquirindo equipamentos de defesa contra ameaças NBQR (Nuclear, Biológica, Química e Radiológica) para serem utilizados pelo Corpo de Fuzileiros Navais no esquema de segurança que será posto em prática durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Na edição da última sexta-feira (7) do Diário Oficial da união foi publicada a aquisição, junto à empresa italiana de material de defesa Cristanini, de equipamentos defensivos NBQR no valor total de US$ 1.283.190,88, ou R$ 3,27 milhões, pelo câmbio da última terça-feira.
A Marinha não informa as especificidades do material adquirido, mas a compra complementará sistemas já adquiridos e utilizados durante a Copa das Confederações (2013) e a Copa do Mundo, realizada em junho deste ano.
Entre os equipamentos, estão caminhões-tanques equipados com jatos que disparam substâncias descontaminantes, equipamentos individuais de descontaminação e detoxificação, tendas de descontaminação de pessoal e materiais, além de equipamentos de varredura contra itens que emitem radiações.
Desde 2013, o Corpo de Fuzileiros Navais treina militares para enfrentar eventuais ameaças terroristas que envolvam armas químicas, biológicas e nucleares. O equipamento adquirido neste mês também é eficaz no combate a exposições ao vírus ebola.
A aquisição da Marinha é feita com dispensa de licitação, justificada pelo inciso XIX do artigo 24 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações):
“Art. 24. É dispensável a licitação:
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto”.
O Corpo de Fuzileiros também está adquirindo 42 pistolas 9 mm da fábrica brasileira Taurus, que serão utilizadas pelos militares responsáveis pela segurança dos Jogos Olímpicos do Rio. Esta compra, no valor de R$ 75.474, também está sendo feita sem licitação, sob alegado amparo do inciso I do artigo 25 da Lei de Licitações:
“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes”.
FONTE: UOL
FOTO: Ilustrativa
COLABOROU: Paulo Bastos
NOTA DO EDITOR: Equipamentos de descontaminação da Cristanini também foram utilizados pelo 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, na descontaminação da aeronave da FAB que transportou um paciente com suspeita de estar contaminado com o vírus Ebola.
Caro Guido Battaglia
Obrigado pela resposta.
Porem, como afirma o comentário de Boiler, o nexo causal tem inconsistências, mesmo a se considerar esta suposta germanidade da Schultz. De todo modo, experiências negativas no meio empresarial são rotineiras, mas daí a responsabilizar brasileiros em geral me parece exagero.
Abs
Schultz e Karcher, fabricantes de compressores, secadores de ar, lavadoras industriais e domésticas, além de outros equipamentos…interessante uma empresa italiana ter ” preconceito” com os brasileiros, sendo que ambas as citadas tem raízes alemãs e se houve algum problema no passado, em um mundo globalizado e voltado a eficiência comercial, não conseguimos ter visibilidade do porque a relação de nexo causal entre a Cristianini e o povo brasileiro.
Aliás, amigos amigos, negócios à parte…
FA
Estimado Roberto CR. Pelos comentarios que, ao longo dos anos escuei, o Sr. Adolfo não se dá bem com os brasileiros e o Brasil, tb devido a uma experiencia negativa com a Shultz de Joinville SC e uma certa disputa com a Kärcher ltda de Campinas SP, antiga e consolidada empresa brasileira.
Olá Guido Battaglia
Poderia ser um pouco mais específico quanto a “…Cristanini não gosta de brasileiros…”?
Abs
Trabalhei muitas vezes com a Cristanini s.p.a. de Rivoli Veronese, perto de Verona, no norde da Italia. Inclusive com equipamentos QBN (Defesa Quimica-Bacteriologica-Nuclear) e colaborei com o quartel QBN do Exercito brasileiro de Realengo RJ, unico da A.L. O maior problema é que Cristanini não gosta de brasileiros e a Scultz de Joinville SC pode confirmar a minha opinião.